10 de mar. de 2009

Suicidal Tendencies

Ainda estão vivos? Resistiram animicamente às notícias da crise? Ainda acreditam? Peguem lá na navalha, preparem os pulsos e vejam a entrevista de Medina Carreira ao Mário Crespo (Via Apdeites).




Uma única solução ouvida em 30 minutos: Tornar o regime presidencialista.

5 de mar. de 2009

It's oh so quiet...

Será que a Justiça de Fafe se afogou em processos? Será que os Yuppie Boys choram a queda do BCP? Será que Bulhão Pato se engasgou com as ameijoas? A ver, a ver...

Juros aos tombos

Em linha do que era esperado, o Banco Central Europeu baixou as taxas de juro para 1,5%. Também o Banco de Inglaterra avançou com mais um corte, colocando as «interest rates» britânicas nuns históricos 0,5% (algo nunca visto desde 1694). É verdade que para quem tem créditos, isto são boas notícias. Mas a verdade é que estamos a chegar à fronteira final daquilo que se pode fazer com os juros. E depois, como será?

PS: Os próximos meses poderão ser de festa para quem puder ir a Londres. A libra esterlina continua a sua trajectória descendente face ao euro (hoje às 14h00 um euro valia 0,82 libras) e não deve ficar por aqui. O Banco de Inglaterra já anunciou que vai imprimir 75 mil milhões de libras, como medida de combate à crise. E isso vai ter efeitos devastadores na divisa de Sua Majestade. Será desta que os ingleses se rendem ao euro?

1 de mar. de 2009

Marcação cerrada

Depois de o PS anunciar Vital Moreira como cabeça-de-lista às próximas europeias, só resta ao PSD e a Manuela Ferreira Leite um caminho: fazer avançar Pacheco Pereira... E sempre se despacham dois valentes chatos para Bruxelas!

Ainda a rir

Vital Moreira é o candidato do PS às eleições europeias. Agora percebo o trabalho do lacaio...

27 de fev. de 2009

Mais dinheiro...

Quando ouço falar em apoios do Estado às PME, não posso deixar de pensar no paradoxo em que a economia real portuguesa vive há longos anos. Se é verdade que são as PME que dão emprego à esmagadora maioria dos portugueses (fala-se em números a rondar os 90%), não é menos verdade que as PME portuguesas formam o tecido empresarial mais caduco, corrupto e oportunista das economias europeias. Com honrosas excepções claro... Toda a gente que está no mercado de trabalho conhece pelo menos um caso de empresários que vivem à custa dos subsídios do Estado, pagando salários miseráveis (quando pagam) e fugindo como lebres assustadas ao Fisco e à Segurança Social. Daí que mais uma chuva de euros sobre as PME me leve a desconfiar não da bondade da medida, mas sim da capacidade de calceteiros e proxenetas metidos a empresários aproveitarem estas verbas para modernizarem as empresas, segurarem postos de trabalho e criarem riqueza para o país. Uma inspecção rigorosa, actuante e sem piedade por parte do Estado deve saber explicar aos contribuintes onde foi aplicado cada euro do dinheiro aplicado nestes programas. Se assim não for, acredito piamente que a crise não se vai fazer sentir em 2009 nos concessionários Porsche, Ferrari, Bentley ou Jaguar...

PS: A história do negócio de Manuel Fino com a CGD é extraordinária. Não me choca que o banco público tenha aceite acções da Cimpor como pagamento de uma dívida. Afinal, trata-se de uma das maiores cimenteiras da Península Ibérica e a médio prazo pode revelar-se um bom negócio. Agora aceitar uma cláusula em que o pseudo-empresário as pode comprar de volta pelo mesmo preço? Qual o risco para Manuel Fino neste negócio? Menos que zero, penso eu de que...

26 de fev. de 2009

Não matem o anjo da guarda

A CGD comprou a Manuel Fino 9,58% da Cimpor por 305,9 milhões de euros, um preço 60 milhões acima do de mercado. No contrato a CGD acede ainda a uma futura recompra por parte de Manuel Fino o que a impede de movimentar as acções durante 3 anos. Se uns dizem que o negócio é ruinoso, já a Caixa diz hoje que é um negócio segundo as "práticas bancárias normais". A verdade estará, como sempre, no meio destas duas posições extremadas. Convenhamos que de normal a operação não tem nada. Imagine uma habitação sua comprada e à crédito a qual pegou fogo. O seguro vai se colocar de lado e o banco vai-lhe pedir uma renegociação pois os escombros não servem de garantia. Consegue imaginar um cenário em que o banco lhe fica com o que resta da habitação e paga os escombros com um prémio de 25%? Eu não... Por outro lado, a execução das garantias ou o "deixar andar" implicariam perdas significativas nas contas do Banco público algo que este tenta evitar a todo o custo. A apresentação de resultados é já daqui a um bocado e não se augura nada de bom. Este é só mais um caso em que a CGD se vê obrigada a tomar más decisões por força da cobertura de erros de terceiros, leia-se governo.

25 de fev. de 2009

Ministro das Trapalhadas Públicas

Em ano de eleições tudo é susceptivel de causar mossa. José Sócrates e equipa querem evitar a todo o custo crispações com os parceiros sociais. O último caso a vir à tona é a negociação salrial entre TAP e operadores de cabine, uma das classes mais bem pagas do país e paga a peso de ouro quando comparada com a concorrência. O ministério de Mário Lino, não o de Vieira da Silva como seria de esperar, encarrega-se agora directamente das negociações com o sindicato relegando a administração da TAP, quem na realidade vai suportar os custos, para segundo plano. Já é mal suficiente ter Mário Lino na frente de qualquer negociação mas a situação torna-se catastrófica quando com isso se fragiliza toda uma administração - que pode ser substituida a qualquer instante - e se abre um precedente grave oferecendo a vantagem negocial de bandeja a troco de votos.

22 de fev. de 2009

20 de fev. de 2009

Para além da curiosidade dos números

Ficarão as 20 horas do dia 20 de Fevereiro para a história da banca em Portugal?

Passo em falso?

Foi ontem noticiada, com algum destaque, a subida das taxas Euribor mais longas (9, 10, 11 e 12 meses em concreto). Hoje, a trajectória descendente voltou a todos os prazos da taxa o que pressupõe a subida de ontem como acto isolado e portanto desprezivel estatisticamente (comportamento no gráfico).
No entanto, é visivel o abrandamento de descida e previsivel a manutenção perto do valor de 2% da taxa directora actual podendo iniciar-se nova descida após o anúncio - se existir - de baixa por parte do BCE na reunião de Março. É ainda cedo para tirar ilações desta alteração de comportamento desde logo porque ainda naõ está confirmada e porque a crise traz novas permissas. Em situação normal, o inicio da subida das Euribor seria sinónimo, ou consequência mais propriamente, de uma recuperação da economia e subida da taxa directora visando controlar a inflação. Já em período de crise pode ser sinónimo de nova crise de confiança e prenuncio de novas e acrescidas dificuldades para familias e empresas. O tempo confirmará se a primeira, se a segunda... ficando a porta aberta para uma terceira via.

Da pequenez

Em todo o processo Qimonda, que é sem dúvida preocupante e que terá impactos graves na região e no país se não tiver um final feliz, é incrivel o papel reservado ao ministro Manuel Pinho. É certo que o Ministro da Economia, seja ele qual fôr, deve espalhar optimismo, enaltecer o bom trabalho e criar as condições necessárias ao investimento mas Pinho exagera. É precipitado, trapalhão e acima de tudo ingénuo. Havia, e há, muito pouco a fazer na Qimonda. Sendo certo que em Portugal não há investidores com envergadura suficiente para abarcar tamanho projecto fica claro de que tudo quanto possamos fazer se resume ao polo de produção Português, - grande (enorme mesmo) para nós, pequeno para a Qimonda. Prometer a sua manutenção, lançar optimismo não sustentado para no fim falhar - à semelhança de trapalhadas passadas (o fracasso Embraer está por horas) - são machadadas na confiança, cujo défice é mil vezes superior ao orçamental, já de si grande. Apelar a dEUS tambem não ajuda.

Presunção de inocência?

Quem? Quando? Como? Onde? O quê?
Não sei. Não me recordo. Nunca ouvi falar. Nunca estive com ele. Nunca falei com ele. Não assinei. Nunca vi o documento.
Assinei? Se assinei não me lembro.

19 de fev. de 2009

Muita parra, pouca uva

O QREN está parado. Sabe-se que quando voltar terá novas regras e não chegará para todos. Mesmo assim, o governo obriga altos quadros a uma roda viva de apresentações que por força das alterações a introduzir têm a mesma utilidade de um bicicleta sem pedais.

Da falta de confiança (act)

As acções do BCP perdem hoje mais de 4% em bolsa. O mercado reagiu mal aos resultados e não acredita que a instituição consiga o encaixe de capital, por via da emissão de titulos, necessário. Os seus ratings têm sido sucessivamente revistos em baixa e o preço-alvo por acção está agora nos 58 cêntimos, 12 abaixo da sua cotação em bolsa o que previsivelmente resultará em novas descidas.Quanto mais se sobe, maior é o tombo e no caso particualr do BCP parece que o chão não será o limite...

A vez da Bordalo Pinheiro

Não deixa de ser estranho que numa altura de crise e de consolidação a Visabeira tente expandir tanto o seu negócio. No cesto de compras, está agora a Bordalo Pinheiro, empresa cohecida pelos seus bonecos "catitas". Os tempos de crise são tempos de oportunidade e de compras baratas algo que VAA e Bordalo Pinheiro não são pois e apesar do capital necessário à sua compra ser baixo, as perspectivas de retorno e os buracos lá existentes tornam o pouco dispendido na compra no muito dispendido na manutenção e no restabelecimento, se algum fôr conseguido. Daqui se conclui que ou o grupo Visabeira foi contagiado pelo expansionismo megalómano dos irmãos Martins ou há dados que desconhecemos. Eu apostaria na última com uns pózinhos da primeira.

18 de fev. de 2009

Pois... (act)

Só por pura ingenuidade se pode acreditar que o pedido de opinião sobre os professores que não entrgaram os objectivos foi feita por "lapso" (link). A haver lapso é lapso de vergonha e de postura de um governo, à imagem do seu primeiro ministro, que se socorre de todas as artimanhas e truques sujos para manter a opinião públia controlada, numa altura em que ela começa a ferver. Este comportamento é vergonhoso e tem de ter um fim. Se tivessemos um Presidente da República...

Alguem tem aí uns trocados?

Ficou ontem claro que o BCP precisa de injecção de capital. Já se sabia há muito que com os accionistas não pode contar. Ficou-se a saber ontem que capital do Estado tambem não é solução, - Santos Ferreira sublinhou o "nunca". Que solução? Os clientes. Afinal, eles têm sido os maiores amigos do banco que mesmo em período de crise e com sombras sobre o banco se manteram fieis. Agora, Santos Ferreira pede-lhes 1 200 000 000 de euros. Quanto a mim, estou tranquilo, - não sou cliente. E você?

17 de fev. de 2009

Nunca?

É esta a palavra que marca a apresentação das contas do BCP. Fica é a dúvida do porquê ou porquês? Haverá na instituição algo que não se possa ver? Temerá a instituição que o Estado se imiscua? As grandes certezas suscitam-me sempre dúvidas.
No resto, só certezas e resultados em linha com o esperado. Um lucro de 201 milhões, 362 milhões abaixo do resultado de 2007. Se a este decréscimo retirarmos os 200 milhões perdidos na participação no BPI, ainda ficamos com um buracode 162. No entanto, Santos Ferreira está de parabéns. O barco continua à tona... e a tarefa d o manter não se vislumbrava nada fácil.

De que vale um relatório que se baseia em percepções e não em factos...

O episódio que aqui conto passou-se há já alguns anos. Na altura, via os jogos no camarote de uma conheciada empresa patrocinadora do clube e num deles - sinceramente não me lembro qual -fui surpreendido por um funcionário do clube que me pedia se o observador podia assitir dali ao encontro. Estava só com um amigo, espaço era coisa que não faltava e a companhia era bem vinda. Secretamente pensava (quiçá, pensávamos) poder influenciar a sua observação mas o tipo foi lesto a dizer que não queria ser incomodado e nem no intervalo se juntou à mesa para comer um daqueles saudosos preguinhos. Como já disse, não sei que jogo era, nem que avaliação teve o árbitro mas lembro-me do observador nunca olhar para a televisão onde podia ver as repetições e de esclarecer no fim que a observação é feita no momento, como se de um quinto árbitro se tratasse. Compreendo assim o relatório que hoje é noticiado no Público mas interrogo-me de qual a utilidade do mesmo...

Mais uma bolha para rebentar?

O Negócios noticia hoje que o BCP não necessitará de uma aumento de capital extra para cumprir os indices de solvabilidade exigidos. Avizinhava-se um bom dia mas aparentemente, o fraco desempenho das bolsas europeias fez soar os alarmes e o mercado bolsista apercebeu-se que na próxima quinta-feira serão anunciados os resultados do banco de Santos Ferreira. Há grandes dúvidas, até legais, quanto ao desempenho da instituição no ano de 2008 e ninguem acredita que esta consiga dispensar o tal aumento de capital. E aí começam, ou agudizam, as dores de cabeça de Santos Ferreira que tem um corpo accionista fortemente descapitalizado e que não poderá obviamente, acompanhar tal aumento. Fica assim a porta aberta, à entrada de novos accionistas mas a crecente sombra e suspeita afsta-os. Por tudo isto, as acções seguem a desvalorizar 6,85%, o que só faz aumentar a dor de cabeça, estensivel aos pequenos accionistas que se vêm no meio do turbilhão.
Esperemos então por quinta-feira e pelo anúncio dos lucros que seguramente serão afectados pela desvalorização do BPI, num valor a rondar os 200 milhões de euros. De lembrar que em 2007 o lucro apurado foi de 563,3 milhões estando o intervalo de valorees previsto para 2008 entre os 163 e os 276.

As 90 sessões... e a lenda do escorpião

A Euribor a 6 meses quebrou hoje a barreira dos 2%. Quer isto dizer que está abaixo da taxa directora do BCE e que o mercado aposta em nova descida por parte do Banco Central. Já aqui escrevi que tal aposta coloca Trichet entre a espada e a parede. Por um lado, não quer perder o podr de intervenção que fica manifestamente reduzido com os juros abaixo dos 2%. Por outro, pode provocar novo colapso no mercado caso decida manter a taxa provocando o défice entre Euribor actual e taxa directora o que terá como efeito imediato a subida vertiginosa da Euribor. Com este cenário, é previsivel que o BCE aceda mesmo à baixa de taxa e coloque a nova fasquia nos 1,5% o que só provará que o mercado é feroz e não hesita em ir contra quem o ajuda, um pouco à semelhança do escorpião.

Dedicada a Sócrates e Chávez

Eu não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço, o que é que me deu,
Pra votar tanto assim em alguem,
como Tu, como Tu...

Shoichi Nakagawa


Se o nosso Ministro das Finanças fosse assim, o País estaria melhor? Quiçá!

16 de fev. de 2009

O minimo histórico já tem barbas (act)

O minimo histórico na taxa a 3 meses foi batido na passada sexta-feira e situava-se em 1,947%, na 88ª sessão consecutiva de baixa da Euribor depois do record histórico de 9 de Outubro de 2008. Hoje, cumpriu-se a 89ª sessão sempre a descer da qual obviamente recorre novo minimo histórico, - 1,927%. Apesar de continuar em queda constante, o abrandamento na descida é agora notório estando mercado à espera de nova baixa do BCE. A taxa de 3 meses já se encontra abaixo da fasquia dos 2% - com o mercado a especular uma revisão em baixa da taxa directora na reunião de Março - ao contrário da Euribor a 6 meses que ainda se encontra acima.
A abertura e a margem para novas descidas parece no entanto mais reduzida e não se vislumbra que as Euribor's possam descer - pelo menos num futuro próximo - abaixo de 1,5% pelo que a partir de Abril estará encerrado o ciclo de de revisões em baixa das prestações ao que se seguirá, previsivelmente, um período de acalmia e constância de valor.
Pequena nota acerca do artigo que o Público publica hoje sobre a Euribor

Da ganância

Foram vários os empresários/investidores que num passado recente travaram lutas de galos por um poleiro mais solarengo. Do caso BCP à Cimpor, foi vê-los lutar pelo protagonismo ocupados em interminaveis contagens de espingardas. Fizeram-no alavancados em avultados financiamentos e na perspectiva de crescimento do mercado bolsista. Afinal, tinham do seu lado espingardas suficientes mas todas elas apontadas à cabeça. A recente crise financeira carregou as armas e o gatilho está pronto a disparar q qualquer instante. Rendeiro (BPP) e Berardo contam-se entre os galos mas parece ser Manuel Fino o mais aflito. Para já, e para solucionar o grave problema de tesouraria vai entregar metade da sua participação na Cimpor (20,3%) à CGD para liquidar parte do empréstimo que contraiu para a sua compra...

Fraquinho, fraquinho

O Porto viu-se e desejou-se para vencer ontem o Rio Ave. A equipa finaliza mal e não consegue manter a coonstância de jogo. É pouco para um tri-campeão nacional com aspirações a mais um titulo. Fruto de um campeonato fraco e de um treinador com ambição do tamanho de uma ervilha, a equipa vai-se arrastando e cumprindo os serviços minimos. Quarta o jogo é mais sério e dele dependerá a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Ou começam a jogar... ou começam a jogar.

Love Letter

Se no dia de S. Valentim, um desconhecido lhe escrever uma carta a pedir para reforçar ligações, isso é:
Impulse.

14 de fev. de 2009

Um grave caso de amnésia e falta de vergonha

Os documentos que o Expresso publica hoje são mais um forte indicio das irregularidades em que o ex-ministro amnésico está envolvido. Dias Loureiro e o Bruxo-Mataduços foram sempre os rostos de uma sociedade e de um banco prósperos, que mesmo garantindo as melhores taxas do mercado configuravam um caso de sucesso. O tempo encarregou-se de provar que afinal o sucesso não passava de negociatas e favores com - e para - amigos sustentados pela massa depositada no banco da sociedade. Dias Loureiro é um “empresário de sucesso” e a sua fortuna ascende à classe dos milhões mas mesmo assim deveriam ficar-lhe gravadas na memória assinaturas para a compra de duas empresas por 75 milhões de euros. Para mais, o rotundo fracasso das duas tecnológicas Porto-Riquenhas não tardou e não acredito que alguém se dê ao luxo de esquecer tamanhos desaires. Mas o senhor diz que não e nós devemos acreditar na sua palavra, tal como o nosso crente Presidente, que nesta fotografia fica muito mal – estão a ver a boca aberta e a comer a fatia de bolo-rei?
A confiança que Cavaco mantém em Dias Loureiro só pode ter duas justificações que resultam de uma mesma raiz, - o medo. Ou Cavaco é cobarde e tem receio – como em quase tudo – de actuar por ferir os que o apoiaram simplesmente ou a situação é pior e Cavaco tem medo que o afastamento de Dias Loureiro levante poeira que ele quer ver bem debaixo do tapete. De uma ou de outra forma Cavaco está de rabo preso e limitado na sua acção até porque, e dando de barato que Dias Loureiro é inocente, não faz qualquer sentido ter um Conselheiro de Estado que afunda 75 milhões no Atlântico. Conselheiros destes dispensam-se… sejam culpados, sejam inocentes.

13 de fev. de 2009

À espera de Trichet? De Sócrates? De nós próprios?

Foram precisas 88 sessões, desde o dia 9 de Outubro, para que a Euribor a 3 meses atingisse o seu valor mais baixo desde a implementação do Euro em Janeiro de 1999, - 1,947%. Face a esta realidade, já ninguem acredita que Trichet ouse manter a taxa directora fixada nos 2%. 1,5 deverá ser o novo valor a fixar, ficando reservada para o segundo trimestre nova descida. Mesmo com estas descidas, a economia está em recessão - os novos dados vieram comprovar o que já se notava no dia a dia - e não parece que a baixa dos juros seja suficiente para inverter a tendência. Do poder político, nomeadamente do Português, tambem não podemos esperar soluções. Vamos mesmo ter de ser nós a encontrá-las... optimizar e expandir mercados. Mais que nunca a real-politik de Sócrates pode ser a chave da solução facilitando a exportação para países com quem ainda não temos grandes relações comerciais. Estados Unidos, Europa e até mesmo Angola, a salvação de muitos, estão a abrandar. Libano, Libia ou Argélia vão definitivamente entrar no nosso vocabulário...

Basta substituir o protagonista...

Obrigatório

O blogue dos actuais e ex directores do Negócios já está online.
link no logo

12 de fev. de 2009

Do populismo

A viabilidade, e sobretudo a competitividade, de muitas empresas passa obrigatoriamente pela supressão de postos de trabalho. A organização deve ter apenas os empregados necessários e nem um a mais. Enquanto trabalhadores e políticos não perceberem isto não saíremos da cauda da Europa, onde nos encontramos, nem teremos indices de produtividade dignos. Portas, ao defender que uma empresa ajudada deve ser uma empresa obrigada a manter empregos roça o mais estúpido populismo, contribuindo para este ideia tacanha de manter artifialmente postos de trabalho que no médio/longo prazo transforma incentivos estatais em dinheiro deitado ao lixo. Manter emprego à conta de subsidios é um virus para qualquer empresa e deve ser evitado a todo o custo. Ao contrário, tornar as empresas competitivas gera riqueza e desenvolvimento criando condições para o surgimento de mais empresas e conseuqentemente mais emprego.

Este raciocinio não dá, obviamente, cobertura ao patrão que não está interessado na empresa e aproveita toda esta situação para despedir.

A frieza dos números

APAV contabilizou quase 19 mil crimes em 2008, 90 por cento de violência doméstica (Noticia hoje o Público)
[Violência Doméstica] Só 12 presos preventivos em 10 mil inquéritos (Noticiou o DN a 3 de Janeiro)

De batalha em batalha até ao fracasso total

É público que sou Portista e que admiro o trabalho que Pinto da Costa realizou, e realiza, no FC Porto. Isto não invalida que acredite que por trás desse trabalho e dos titulos que o traduzem aja muito jogo sujo, muito golpe de rins e muita, mas mesmo muita, corrupção. Posto isto, tenho de estranhar que mais uma vez um tribunal tenha decidido a sua não pronunciação no célebre caso da fruta. Estranho ainda mais, quando a investigação e todo o processo estão sobre a alaçada de uma das mais competentes justiceiras deste país, - Maria José Morgado... É o de sempre, olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço,... e muito menos para os resultados.

Vista Alegre, o principio do fim

A OPA lançada pela Cerutil, empresa do grupo Visabeira, parece chegar a bom porto. Hoje, e em comunicado, a administração da Vista Alegre pronuncia-se favoravelmente à oferta pública e vê nela a melhor solução para a resolução dos graves problemas do grupo de Ílhavo, conseguindo entre outras coisas, acautelar os postos de trabalho. O valor de aquisição situa-se perto dos 12 milhões de euros. E é neste valor que começam as interrogações. Basta conhecer o património e valorizar a marca para se perceber que este preço é uma pechincha. Basta tambem ter dois ouvidos e circular pela zona para saber que o passivo é gigantesco e o desafio de reerguer um dos símbolos nacionais é gigante. Fica muito por contar e há sem dúvida muitos dados que nos escapam.