30 de jun. de 2008

Então Michael? Tanto mal-dizer?

o que vale é que amanhã o IVA já está a 20% e vão ser só rosas...

Por outro lado

Os juízes de Palermo, da Sardenha e do País Basco não são suicidas, nem aqui os chamaria se fossem heróis tolos. Não misturam é o cu com as calças: o facto de serem alvo dos bandidos não os impede de exercer o que são. Não fecham as portas ao primeiro susto. Combatem quem os assusta tornando-se mais eles, mais juízes. Porque o susto os convenceu ainda mais que são necessários. As agressões do Tribunal da Feira deviam ter convencido os juízes, assim: "Olha, sou mesmo necessário." Em vez disso, suspenderam-se.

Ferreira Fernandes, DN, repescado daqui.

Ou João, perceber é fácil, basta querer

Senhor João, num estado laico, o Presidente da República assumir-se laico é inerente, não algo reprovável, ou sinal da presença da maçonaria e da trilateral e outras coisas que lhe passaram na cabeça quando apontou o dedo. E se concordo com a indiferença que deve ser recebida a declaração de Cavaco - "sou católico praticante" - não é porque os outros presidentes exalaram alegrias por serem laicos, socialistas e republicanos, é simplesmente porque o Estado é laico e por isso, por muito que lhe custe, tanto dá que Cavaco não o seja.

29 de jun. de 2008

O chinelo dos intelectuais

Uma familiar afastada fala sobre política, provavelmente influenciada por Menezes estar a almoçar ali ao lado. "Estava tudo mal no PSD", ouvi quando não consegui já que a minha atenção se focasse noutro ponto qualquer (tinha acabado de decorar os preços de todos os pratos do restaurante). "Agora pode ser que com a Manuela Ferreira Leite as coisas melhorem", alguém lhe tentou prometer e antes que a senhora que dizia coisas mais ou banais mas por isso acertadas retorquisse fosse o que fosse, perguntam-me, "não achas, Justiceiro, que as pessoas vão gostar dela?" "Se não se lembrarem que foi ela que aprovou o número do funcionários públicos e do que ela fez como ministra da educação, talvez consiga tirar a maioria ao Sócrates", disse, se calhar com exagero de confiança. Bem, saiu o discurso tudinho: A crise, a Europa, a Maria de Lurdes Rodrigues, o Mário Lino, a licenciatura, a Casa Pia, o apertar de cinto... percebi que a senhora era afinal do PSD. Uma elitista, mas do PSD. E antes de me conseguir concentrar em decorar os números de telefone do telemóvel depois de ter simulado a chegada de uma sms ainda a ouvi destratar, com nomes que nem eu uso, a ministra da educação. Mas o almoço foi bom, também falamos de doenças.

27 de jun. de 2008

Eles começam a aparecer

Morais Sarmento foi recentemente eleito Presidente do Conselho de Jurisdição do PSD. É o “juiz” do PSD. Ou o presidente do colectivo de “juízes” do PSD. Tal cargo deve estar revestido e deve ser exercido com tanta sobriedade quanto possível. Pois bem, por esta hora, Morais Sarmento é o rosto do descontentamento e critica abertamente a opção do TGV e o novo aeroporto. Ficámos também a saber que o PSD vai defender maiores apoios sociais. Como? Não sabemos. Sarmento fugiu à questão... mas é uma espécie de mais com menos (milagre) e claro, aproveitar os voluntários (esta é linda). Não me parece correcto. Já para não dizer que este tipo de atitudes ainda confirma mais o assalto ao poleiro de que venho falando.
ainda pensei em dar tréguas ao amigo Crosta mas liguei o pc de propósito. não podia deixar de escrever

Até já

Por me ter irritado em demasia com os últimos comentários e posts de um colaborador deste blogue, suspendo por aqui a minha participação. Não concordei vir para aqui atirar larachas sem sentido mas sim discutir a sério e com verdade.  Foi esse o combinado. Baixei o nível e isso não se coaduna com o meu comportamento. Enervei-me quando apenas queria falar com seriedade de coisas em que penso e acredito, mesmo que desocntraidamente e sem pressões. Não estou para ser enxovalhado para o divertimento alheio.
Até um dia destes.

Disclaimer

Se irritar pessoas fosse um desporto eu seria praticante assíduo. E se a pessoa a irritar fosse o Crosta então aí seria alta competição.

Brigadas de reacção rápida

Todos os dias, os meios de comunicação social estão cheios de ataques, denúncias, acusações e críticas. Todos os dias, os mesmos meios de comunicação social estão cheios de reacções a ataques, denúncias, acusações e críticas, e reacções a reacções. A única figura pública que tem "direito" a denunciar e ver logo uma resposta à sua denúncia, criticar e ver logo uma resposta à sua crítica é o bastonário da Ordem dos Advogados. Ninguém (ou)viu a notícia de Marinho Pinto a queixar-se dos sindicatos de polícias, mas todos ouviram a notícia dos sindicatos de polícia a criticar Marinho Pinto pelo que ele disse. Exemplos.

PS: Claro que quem critica o Judice, os juízes, o PS, o PP, sindicatos e defende Mário hammerskin Machado ou Vale e Azevedo põe-se a jeito.

Uma outra visão

"À medida que as democracias envelhecem, instala-se nos povos uma progressiva insensibilidade à retórica. A maturidade democrática leva à perda da inocência dos eleitores que aprendem a relativizar o que ouvem e a exigir cada vez maior correspondência entre as palavras e os actos por parte dos políticos. O povo torna-se desconfiado, cínico e no limite céptico, daí as elevadas taxas de abstenção nos actos eleitorais."
Teresa Ribeiro

Por falar em provocações

Esta semana, que começou com a indigitação de Manuela Ferreira Leite como presidente do PSD, a bolsa de valores de Lisboa continua a bater no fundo.

Para o Yuppie Boy - introdução à filosofia

"Contradiction is not a sign of falsity, nor the lack of contradiction a sign of truth".

Blaise Pascal

Da arrogância

Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins diz que as suas marcas continuam a vender bem nomeadamente, o Pingo Doce. Diz ainda, arrogantemente, não notar a crise. Chega mesmo ao ponto de questionar se a crise realmente existe (por estas horas, MFL já espuma). Será que este Sr, e outros como ele, se esquecem que temos de comer, que podemos prescindir de muitos bens mas não da comida? E pior, será que não se apercebe dos sinais? Por exemplo, no mesmo site, os sianis negros da economia surgem em catadupa: “Bolsa nacional em níveis de Fevereiro de 2006 com nove empresas em mínimos”, “Petróleo sobe e supera os 141 dólares por barril”, “Economia britânica regista pior desempenho dos últimos três anos”, etc.

Das duas uma: Ou o tipo é arrogante, prepotente e estúpido ou… a Jerónimo Martins está de tanga, precisa de um aumento de capital urgente e o Sr está a ver se apanha uns patos.

26 de jun. de 2008

Discriminação de género ou marketing de caserna

Menezes cria figura do "Mister Orla Marítima" para gerir praias do concelho.

A pedido do Crosta

O PSD dos últimos tempos em meia dúzia de passos

1. Os meninos de Durão estavam há 3 anos afastados do poder. Estavam descontentes e era preciso fazê-los voltar. Criaram instabilidade e levaram Menezes a convocar eleições.
2. Lançaram Aguiar Branco, que logo caiu. Pediram Rio, que inteligentemente recusou. Só arranjaram MFL. Era a única disposta a queimar-se. Pelo meio, mais uns quantos patos. Siga para eleições.
3. Fizeram-se debates, discutiu-se muito mas o que interessava mesmo e isso nós sabemo-lo era o cacique, as interminaveis sms's, o pagamento de quotas para que o militante se deslocasse às urnas e o papelinho à entrada com o nome do candidato, não fosse o coitado enganar-se. MFL levou a melhor.
4. Chegaram todos ao Congresso, com as listas já prontas e com a garantia que Arnauts, Morais Sarmentos, Aguiar Brancos, Marques Guedes e Motas Amarais estavam todos de volta e com poleiro reservado. O governo de Durão na sua máxima força com ligeiros upgrades.
5. A lição estava efectivamente bem estudada e todos falaram em unissono. Uma orquestração digna do PCP mais ortodoxo.
6. O pior vinha a seguir. Pediam-se ideias. Mas que merda é essa, pá? Um politico não tem de ter ideias. Mas o povo queria e havia que dar ao povo o que o povo queria ouvir. Iluminação das iluminações: Acabam-se com as grandes obras e isto recupera já. O que se poupa, canaliza-se para os mais carenciados. Ridiculo, irresponsavel e indefensavel. Mais, vão contra o que defenderam durante anos. O TGV que MFL defendia é hoje obra para ficar na gaveta. Coerência é coisa que não abunda.
Assim vai o maior partido da Oposição.

Desnorte

Há uns dias pedi ao Yuppie Boy para ele fazer um relato do congresso do PSD. Pedi porque achei que era necessário haver outra visão do mesmo acontecimento já que este companheiro de blog não acredita na minha visão imparcial. Tal pedido não foi aceite e durante estes dias nada escreveu sobre essa matéria. Eu bem queria limpar a imagem que tenho deixado dele, de pessoa desbocada que fala do que não assiste só por birra e infantilidade política.
Das duas uma: ou o yuppie andava a ver se alguém lhe contava o congresso e lia umas coisas, ou então estava a ver se conseguia passar despercebido. No entanto, eu não falho nestas coisas. Gosto de discussões sérias.
O problema, de facto, não é dele. É um mal geral.
Em minha casa sempre foi toda a gente do PSD. Mas não me lembro de haver partidarismos exagerados. Houve sempre espaço à crítica e à aceitação de outros quadrantes políticos. E leia-se aceitação como factor de acordo com algumas sugestões políticas.
Contudo, o país passa uma crise complicada de descrença, e é natural que os mais fracos de espírito cedam à tentação do pessimismo macaco. Não o pessimismo comum aos homens, mas aquele que não se sabe justificar. Aquele que não vê, que ouviu dizer - o diz que disse e que não fez.
Tem acontecido isso em relação a Manuela Ferreira Leite. Algo nunca antes visto na política. Primeiro porque se lembraram de pedir ideias aos políticos. Lembrem-me quando o fizeram com Soares, Cavaco, Guterres, e Durão Barroso. Não o fizeram, claro. Votaram sempre por militantismo e escusado será dizer que são poucas as dezenas de portugueses que lêem programas eleitorais.
De seguida, já com a senhora eleita como presidente do PSD começaram logo a pedir-lhe programas políticos, visões do futuro, diagnósticos. Questionam-lhe tudo e mais alguma coisa e não perdem oportunidade para lhe atirarem à cara o que vem à mão. Pergunto porquê? 
Será que preferem a desconfiança nos políticos? Será que preferem gente sem o mínimo de escrúpulos nas bancadas parlamentares? Será que querem a continuidade do baixo nível dos últimos anos?
O congresso do PSD foi um congresso normal. É natural que agora que se fazem eleições directas os congressos sejam mais consolidativos e não tão acutilantes como os de antigamente.
Mas para quem assistiu ao congresso do PSD é fácil perceber que existe um rumo nesta nova comissão política, que será apresentado calmamente nos próximos tempos. O que lhe estão a pedir é que facture 2 milhões de contos na semana em que tomou conta da empresa.
Manuela ferreira Leite não é certamente o D. Sebastião. Como ministra tem erros gravíssimos e de certa forma intoleráveis, como o caso das acções do S.L. Benfica. No entanto, marca uma diferença pelo nível da discussão. Este é um dos pontos pelos quais tenho lutado nos últimos tempos - a elevação do debate político. Será apenas um ponto. Em todo o seu programa irei encontrar coisas com que certamente estarei 100% de acordo e outras com as quais irei discordar inteiramente. Mas isso é viver numa democracia.
Se andar a dizer que a senhora é má só porque sim então não estou a contribuir para a democracia e sim para o desnorte.
Eu tenho as minhas convicções políticas, não as desminto, nem aqui que estou mascarado. Sou muito próximo do espectro social democrata e é isso que vou defendendo. Talvez seja esse o motivo de ter gostado tanto dos discursos de Ferreira Leite e Rui Rio no congresso, mas isso não me impede de olhar com clareza para a realidade.
Os conceitos que se vão confundindo a este nível são muitas vezes fruto do complexo militante. Isso aconteceu muito na província com os militantes do CDS e nas cidades com os do Partido Comunista. Hoje vivemos outra era em que é necessário ser mais esclarecido. Eu tento sê-lo. Faço a minha parte.

Argumentação

Há uma coisa fundamental quando se argumenta numa discussão que é apresentar argumentos. Isso pouco se tem visto nos comentários e em alguns posts do Yuppie Boy. Por esse motivo informo que a partir de hoje deixarei de responder a certas e determinadas idiotices que não acrescentam absolutamente nada à discussão e são militantismos de que não gosto particularmente e para os quais não tenho a mínima paciência. Se quiserem discutir a sério contem comigo, para palermices não.

Nota: não sei se será necessário explicar o que é apresentar argumentos. É que o yuppie boy tem um défice vocabular de uma dimensão assustadora.

O Crosta já deve ter o Champagne no frio

Começou há pouco a eleição que provavelmente elegerá Paulo Rangel.

E hoje?

Já torcemos pela nossa Selecção. Vimos, e pagámos, treinos. Fizémos escolta a autocarros. Esperámos os meninos no aeroporto. Vibrámos com cada golo.

Ontem, torcíamos fervorosamente pela Turquia.

E hoje?

25 de jun. de 2008

Truth hurts


Claro que a CAP não tem nenhum dos senhores de antigamente e a CNA não fala com o PCP... claro que não!

Acordo no novo Código do Trabalho

Se não se agarrassem tanto às filiações podia ser que o acordo fosse assinado por todos.

Há pessoas com problemas mentais e depois há o CAA

A pessoa que denuncia isto defendeu o Dr. Menezes. A pessoa que denuncia isto defende que o presidente do F.C. Porto ainda não foi julgado e por isso é inocente até prova em contrário. Esta mesma criatura é jurista e professor universitário. Há quem o deixe leccionar. Um lixo.

24 de jun. de 2008

Ainda à espera de alternativas de MFL

De facto, porque insistir tanto com as ligações ferroviárias e tão pouco com as auto-estradas?

Um pedido

Gostaria de pedir ao Yuppie Boy que falasse então, no alto da sua isenção, sobre o congresso do PSD e sobre os discursos que ouviu, traçando as suas linhas mestras. Não é por nada. É só porque não quero ver a dignidade de um colega de blogue na lama. Quero lembrar-lhe que nós preferíamos não ter de ouvir novamente a opinião de Nuno Melo ou o resuminho da televisão, do Jornal de Notícias e da Sábado.

Um Rei no exílio

Tenho ouvido ao longo dos tempos alguns comentário de pena sobre João Vale e Azevedo. A justiça tinha sido demasiado dura com o pobre homem que hoje vive uma vida miserável na capital do Reino Unido.

Lugares comuns

Ver telejornais e formular juízos rigorosos de certas situações pode ser um erro. É isso que acontece a quem, por norma, recorre ao lugar comum para opinar sobre algo que no fundo acaba por desconhecer profundamente. É isto que faz, por exemplo, as conversas de café, os especialistas de medicina tradicional e os advogados do fino. Toda a gente tem sempre algo a dizer e muito devido à televisão, ou ao minuto e meio de informação sobre temas bem mais complexos que isso. Não é mau. Mas o comodismo faz com que aqueles que devessem ser mais esclarecidos formulem juízos banais e errados.
Fica esta ideia provada com as opiniões acerca do último congresso do PSD, vindas de lés a lés. Todos tentam diminuir e caem no lugar comum, no "está na mesma", "este PSD é igual ao PS", "Ferreira Leite é igual a Sócrates". Felizmente eu vi o congresso e alguns discursos na integra e posso dizer que fico espantado como alguém conseguiu ver um congresso completamente diferente. Só assim se justifica que a informação recebida seja tão díspar.
Ou é isto ou então não sabem o que dizer. É claro que alguns, quando lhes cheirar a tacho, vêm de prato na mão para comer. O que estão a ver é que se calhar não vai haver, por isso esta crítica de vão de escada segue-se nos próximos tempos.

Que alegria, o vizinho da esquina pagou as contas do mês ao dia 25

Rui Rio considera "positivo" que o Governo reaja às declarações da nova líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, sobre as obras públicas. Para o presidente da Câmara do Porto, o facto de o ministro Mário Lino ter perguntado [(c)] quais os investimentos que MFL considera superfluos é um sinal da revigorante mudança na Oposição!

Uma chatice, ter de ganhar a vida

No Norte há cafés, no Sul há pastelarias, mas são tudo lanchonetes. Chegados à hora do almoço, expulsam toda a gente para pôr as toalhas de papel e servir coisas inenarráveis.
JPP no Abrupto

23 de jun. de 2008

Sentir a crise na pele

Não sei que raio de parafina tem o balão. Não sei que tipo de papel vegetal é aquele. Não sei tão pouco qual a espessura do arame usado. Mas sei que o balão e São João que hoje vamos lançar foi um roubo. Dois roubos aliás.

A história repete-se...

No fim de mais um congresso, percebemos que os que agora lideram só discordavam de Menezes nos nomes dos galos que ocupavam o poleiro. O PSD está igual ao de há três meses e ao de há três anos. A corja essa, está de volta...

22 de jun. de 2008

Social Democracia



Um discurso verdadeiramente social-democrata - sólido, abrangente, universal. Uma mensagem de mudança e de preocupação. Enfim, o que dizer? Um discurso sério e que mostra um rumo. Fica por mostrar um plano objectivo para governar Portugal. Com tempo.
Ficamos à espreita, senhora doutora.

Aviso

Para quem está habituado à fantochada populista e politiqueira do novo riquismo político, o mais provável é não gostar das intervenções do novo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel. Para quem o conhece - não é preciso muito, basta tê-lo ouvido mais de duas vezes - será óptimo ter alguém que eleva o discurso parlamentar.

21 de jun. de 2008

Nomes

Há muita gente da Opus Dei neste PSD.

Rio

Um dos melhores discursos dos últimos 10 anos, não só dentro do partido mas também a nível nacional, pertenceu esta tarde a Rui Rio. Um discurso virado para uma mudança séria, no sentido de compreender o que é a crise e saber que o PSD a pode liquidar; abrir os olhos para a realidade do Estado; perceber que é preciso reformar as instituições, que com o tempo têm perdido credibilidade.
Rui Rio fez aquilo que é um verdadeiro discurso social-democrata. Será um dos vice-presidentes.

Os tiros para o ar dos caubóis desnorteados

Caso Paulo Rangel ganhe a corrida para a bancada parlamentar do PSD, será que o yuppie cá da casa vai continuar a dizer que foi por causa do discurso do 25 de Abril?

Coincidência

Pedro Santana Lopes parece estar com uma gripe e não sabe se conseguirá ir ao congresso do seu PPD/PSD. O drama!
Espera-se a chegada do Menino Guerreiro depois do jantar.

Pelo que eu sei...

... e pelo relata o Justo, este é provavelmente o congresso mais chato do PSD. Mesmo assim, consegue ser mais mediático que os mais acalorados da II Divisão. É uma questão de relevo e de importância real.
Pelos corredores marco António e Branquinho deixam já a sua marca. Antes de discursar, Marco António, ainda apoiante assumido de Passos Coelho, diz que não estará na lista deste, mas continua a ser seu apoiante... mas a lista é outra. Branquinho, por seu lado, usa uma linguagem futebolística para manifestar o seu apoio a Passos Coelho, até ver.

Neste momento fala Ribau Esteves. Que voz!

20 de jun. de 2008

Começou o congresso

O Congresso do PSD começou com um discurso da presidente do partido, Manuela Ferrrrrrrrrrzzzzzzzzzzzz

glurp, desculpem

a presidente do PSD continua o discursssssssssssssszzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Cabala

"O Jogo" está associado ao FC Porto, não está? O FC Porto não gosta muito da selecção, pois não? Foram dirigentes do FC Porto que abriram champagne na final de há quatro anos, não foram? Eu sabia que a selecção ia perder. Ontem, quinta-feira, saiu o último pin da selecção lançado pelo jornal "O Jogo", com o Marco Caneira, um dos jogadores não convocado. Preciso de dizer mais?

(caros colegas de blogue, se por acaso desaparecer por ter feito estas revelações, peço que me façam um justo epitáfio)

A Alemanha é do PSD

Derrota no Europeu permite que congresso do PSD tenha mais visibilidade.

A Alemanha é do PS

Derrota no Europeu permite que congresso do PSD tenha mais visibilidade.

A selecção perdeu...

e ainda não ouvi a opinião de Ribau Esteves. Será que não houve apoio suficiente?

A história repete-se...

A emperrar o caminho para o sucesso da Selecção estarão sempre um brasileiro acompanhado de outro brasileiro, um, ou mais, gregos e um barreirense que nadou em praias com tubarões.

19 de jun. de 2008

E que tal um benchmarking das concorrentes?

Bispos analisam possibilidade de criar uma central de compras para criar economias de escala.

(Está a ver Yuppie, nem tudo são más notícias da Imaiúscula)

Igreja tem dificuldade em responder a todos os pedidos de ajuda

E que tal usarem o gigantesco espólio do Museu (tipo armazém) de Fátima? Não? Ah pois, isso é so para consumo interno...

16 de jun. de 2008

Post resposta ao "Jorge Coelho"

A questão social "está aí", escreve Manuela Ferreira Leite no Expresso, notando os os problemas estruturais da nossa economia. Diz:
Abordar "sob a óptica das obras públicas é a forma mais errada de as ultrapassar. O aumento da despesa pública vai ser inevitável, porque inevitável é o apoio ao rendimento dos sectores de actividade mais atingidos pelas alterações em curso. O investimento público, não satisfazendo nenhuma necessidade premente, não resolve nenhum destes problemas. Estas opções de investimento público são tanto mais graves quanto, uma vez tomadas, são irreversíveis.

"A responsabilidade nacional" é o título do artigo. Eu concordo com a senhora. Esperemos daqui a quinze dias a alternativa que ela oferece.

Pela Lei e pelas cenas

O Boavista deve ao seu ex-guarda-redes William, antigo trabalhador da empresa SAD e do clube, cerca de meio milhão de euros. O ex-jogador (li na Bola, sem link) teve de vender os seus dois carros, a sua casa e recambiar as suas filhas de colégios privados em França para poder ter dinheiro. Foi campeão e poderia ter assinado mesmo pelo Benfica, mas foi impedido por causa de um contrato que desde então a SAD tratou de não cumprir. Desesperado, com o prazo do pagamento da dívida a prescrever, o jogador deu uma conferência de imprensa e decidiu passar no fim-de-semana pelo Bessa. O ainda administrador da SAD Álvaro Braga Junior disse ao Record que “sempre recebemos toda a gente, agora não nos peçam para o fazer sob pressão. Depois disto, só o receberei após um pedido de desculpas pelas tristes cenas deste espectáculo”.

Claro, a culpa é do William.

Jorge Coelho

Ainda não aqueceu a cadeira e já mostra serviço.

Depois do "Porreiro, pá!"

Selecção Portuguesa e Tratado de Lisboa andaram ontem de mãos dadas. Muita parra e pouca uva. Os dois fracassos sao resumidos nas palavras eloquentes de Nani logo após enviar a segunda bola aos postes (não vão os puristas dizer que a primeira foi na barra): - Caralho, pá!

15 de jun. de 2008

Carrascos

Ontem, José Saramago deu uma interessante entrevista no Diga lá, excelência, por onde já passaram grandes figuras da nossa sociedade, que justificam bem o resto da teoria que se segue, como Pedro Passos Coelho, Pires de Lima, António Borges, Manuel Pinho, entre muitos outros.
Saramago mostrou, por entre as tentativas de modéstia, que é ele também um representante à altura da maior característica do povo que tanto condena - a vaidade.
Portugal é um país de gente vaidosa. Ontem á noite, ao tomar café aqui na minha pequena vila, senti isso mesmo, numa discussão de bilhar sobre quem tinha sido mais bem sucedido na criminalidade juvenil. Hoje arrastam-se pelo café contando histórias, meio moribundos, metade dos homens que dizem ter sido. A vaidade foi o seu carrasco.

14 de jun. de 2008

Licença de usabilidade

Foi com enorme maldade dos comentadores de assuntos europeus anunciaram que Sócrates foi o arquitecto do Tratado de Lisboa, agora rejeitado pelos irlandeses. Sabendo que ele é engenheiro, com projectos muito seus, parece-me mauzinho que lá porque o tratado não foi aceite pelos irlandeses atirem logo a responsabilidade para o arquitecto. A culpa se calhar foi do engenheiro do tratado, que terá tirado o curso numa universidade independente.

13 de jun. de 2008

Da vergonha nacional

Não sei se o futebol lhes dá de comer ou se são pagos para defender o clube. Ainda assim, acho inacreditável a forma como neste país se defende a aldrabice.

"A UEFA explica que a decisão da Comissão de Apelo baseou-se “nas novas provas submetidas [pelo clube] relativamente aos procedimentos dos recursos em Portugal”, o que levou a instância a “devolver o assunto a Comissão de Controlo e Disciplina, para nova análise”."


Espero que se perceba bem que o processo foi anulado por questões processuais e não por falta de prova.

Cedências I

Talvez seja a minha visão radical, mas a rapidez com que o Governo - e logo Mário Lino - acedeu a conceder benefícios aos camionistas (empresas de transportes é talvez mais correcto) é mais um passo para a sua ruína. Quanto do dinheiro das portagens que pagarão os cidadãos que têm de se transportar de Esposende para Vila do Conde vai para o bolso dos camionistas?

Oportunidades de Investimento

Depois do barril de Petróleo, do Arroz Vietnamita e do Milho transgénico americano, as acções do FCP. O clube está de novo na Champions...

Estados Unidos da Europa

Outra curiosidade do eventual "Não" dos irlandeses é o facto de eles serem, provavelmente, enquanto povo, os melhores conhecedores do conceito "Estados Unidos". Será que o que eles negam é os Estados Unidos da Europa? Ou será que negam apenas a arrogância dos chefes?

12 de jun. de 2008

E se...

... a Irlanda disser que não??? Era porreiro, pá!!!

31 milhões de derrapagem no Metro de Lisboa

em géneros/números são qualquer coisa como:

23 827 824 litros de gasóleo
22 158 684 litros de gasolina
28 181 818 kilos de arroz

Metro de Lisboa

A construção do Metro no Terreiro do Paço derrapou 31 milhões de euros. Coisa pouca. Previa-se gastar 47,3 e acabaram gastos 78,5. Uma derrapagem de 65% (sessenta e cinco por cento para que não restem dúvidas). Nada a que não estejamos já habituados.
O mais curioso é, e segundo o TC, que 28 milhões da derrapagem (90%) se devem "essencialmente a encargos com prémios pagos", uma vez que o Metro pagava os prémios regularmente por "antecipação do prazo de conclusão das obras".
Haja vergonha!!!

11 de jun. de 2008

Afinal há diferenças

A lei das 65 horas não chega a Portugal para já. Vieira da Silva, o ministro socialista português, votou contra. A CGTP e o PCP não comentaram o assunto.

Ora, ora

Os media anunciaram que as bombas podiam ficar sem gasolina. As pessoas entraram em pânico e as bombas ficaram mesmo sem gasolina. Depois disso vão lembrar-se que os supermercados também podem ficar sem comida...

Rodrigo Moita de Deus, no 31daArmada

Errar é humano, repetir o erro é burrice

A desregulação do mercado de venda de combustíveis foi um erro. Convencido que a concorrência iria baixar o preço dos combustíveis, o Governo do Estado Português decidiu liberalizar os preços. Nos primeiros tempos houve uma pequena descida. Depois foi sempre a subir. Sempre a subir. Até à situação de quase controlo monopolista. O problema não são os impostos sobre os produtos pretrolíferos é a falta de coragem de perceber que houve um erro ao liberalizar o mercado. E um erro repetido é burrice.

"se assim o entenderem o funcionário e a empresa"

É uma das expressões mais belas para significar - para quem percebe que os entendimentos laborais num país de industriais do Ferrari é uma anedota e que até em empresas grandes e conhecidas encostam os funcionários a um canto, mas isto é mesmo só para quem conhece a realidade, não os números - que estamos a entrar num nível de desenvolvimento brutal e a dar melhor qualidade de vida aos nossos cidadãos. Aliás, quando negociarmos isto mais vale ir pôr uma velinha pelos nossos emigrantes e pelos imigrantes. Vai ser uma festa. Como diz o Nuno Ramos de Almeida - único blogger da esquerda respeitado por este génio sem orientação política muito bem definida, um género de indigente político - estamos prestes a atingir o paraíso, o modelo social chinês.

10 de jun. de 2008

Ufa!!!

Uma lufada de ar fresco para a esquerda. O Presidente (conotado à direita) comete uma gaffe.

(Ler, a este respeito, este post do Nuno Miguel Guedes no 31.)

A idade não perdoa


«Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas»


Presidente Cavaco

Foto de José Rebelo Correio da Manhã

Preparem-se



Depois da greve, vai andar tudo a acelerar para cumprir prazos.

9 de jun. de 2008

As preocupações sociais de Fernanda Câncio

Não sei se a Fernanda Câncio já foi vítima de discriminação racial. Eu já fui. Pois é, Fernanda, também há discriminação racial com os "loiros e com os morenos" não sabia? O mundo é uma coisa fantástica, não é? Se calhar é tão fantástico que esta sua preocupação é completamente parva. Sim, não há outro nome. É parva. Completamente parva e fútil. Uma anormalidade, com todo o respeito que vossa excelência me merece. A mim chamam-me branco. Aos meus amigos chamo preto. Nenhum de nós fica ofendido porque no essencial respeitamo-nos e temo-nos como irmãos. O preconceito está na cabeça e na atitude, não nos nomes que lhe damos.

Da autoridade moral

Como era de esperar, caso viesse a tomar posição - o que acabou por acontecer -, Pedro Sales não só defende mas também ataca. E quem é que ataca? Os bandidos que lá estiveram, esses malfeitores da direita que só querem o mal do espaço público, que como se sabe é pertença da esquerda - a única defensora dos seres humanos. O pobre Sá Fernandes, coitado, nada tem a ver com isto e é tudo perseguição. Provavelmente inveja e coisas que tais.
Se calhar é o calor que está a toldar o cérebro do Pedro Sales, mas uma coisa lhe garanto: no dia em que vossa excelência se atirar a alguém da direita para dizer o que quer que seja, que venha com moralismos de seriedade e de negociatas, este seu post vai ficar guardado, meu caro.
Sabe Pedro Sales, não se trata da decisão política em si, mas de quem a tomou e daquilo que apregoou aos sete ventos pelas colinas de Lisboa. Não só ele mas também vocês.
O que teria acontecido se fosse no executivo de Carmona? Acho que sabe a resposta.

8 de jun. de 2008

Leituras de Domingo (actualizado)

Publicidade de "boas maneiras", no De Rerum Natura, por Helena Damião.

Don't give up, no The Guardian, por Micheal Pollan.

Francisco Lucas Pires, no Expresso, por João Carlos Espada.

Tirar com uma mãe e dar coma outra, no Expresso, por Manuela Ferreira Leite (para memória futura).

Sampaísmo

Entretanto, o silêncio em relação ao assunto Skoda já era de esperar em alguns sítios como este, por exemplo.

Clubite aguda

Quem conhece bem as zonas suburbanas do litoral e o interior do país conhece o fenómeno da clubite política estilo PREC (se não estiver demasiado dentro dela). Por lá o PS e o PSD funcionam como o Porto e o Benfica, respectivamente. Houve tempos em que era costume ouvir um slogan de campanha que mais parecia dedicação futebolística: "vota no PS mesmo quando não merece".
A esquerda, principalmente, manteve sempre uma atitude de ódio pelo adversário, como quem diz "se ganha este partido democrata a seguir metem-nos numa ditadura, esses fascistas". Influenciada por uma mentalidade proletária de perseguição dos fracos e oprimidos, nunca conseguiu compreender o sentido da democracia e agarrou-se aos seus partidos como se fossem clubes de futebol que seguem cegamente.
Talvez seja isso que justifica certas incoerências na avaliação de atitudes políticas. O que nuns é fascismo e canalhice, noutros é uma mera decisão errada. Senão, vejam esta posição e avaliem em relação a outras personagens. Torna-se tão evidente que a atitude teria sido outra e não este textinho sereno de explicação e entendimento.
Eu tinha vergonha.

6 de jun. de 2008

Enquanto aqui se discute a esquerda e a direita...

I have a record of fighting against the special interests, of investigating corruption, of fighting for reform, wehther it be campaign finance reform, or ethics and lobbying, one of the reasons why i was never elected Miss Congeniality in the United States Senate.

O Gasóleo profissional

Eu uso o meu carro para vir trabalhar. Reivindico 5 litros por semana a preço de outlet.

Trichet fdp

rima e não é de todo mentira.
O BCE prepara-se por estes dias para voltar a subir a taxa de referência. Situada nos 4%, poderá subir uma décima ou duas. Dizem que para controlar a inflação. Para moderar o consumo; - que é o que faz crescer a economia. E para incentivar a poupança; - se ainda houver algo para poupar. Alarmados por mais esta subida, os 40 e tal bancos, os ditos "grandes" onde estranhamente figura a anormalidade da Caixa Geral de Depósitos, fizeram logo disparar a Euribor aproveitando a desculpa e tentando aumentar ainda mais os seus lucros.
Em resumo, o mesmo de sempre. Os grandes senhorres andam sem norte e têm de mostrar serviço para que não sejam postos em causa. Já os pequenos voltam a apertar o cinto. Um cinto que já virou espartilho e não faltará muito para virar anaconda e nos estrangular de vez.

5 de jun. de 2008

Não há coincidências

Paulo Rangel saiu do Parlamento por motivos de saúde.
Manuela Ferreira Leite ganhou as eleições.
Paulo Rangel melhorou e regressa hoje ao Parlamento.
Manuela Ferreira Leite quer que ele seja líder.

I rest my case.

Vice-Presidente?

If Obama wants a hint what it will be like if she is the vice president, last night should give him a pretty good idea. Refusing to concede, she chose instead to try to steal the spotlight from him on one of the most historic nights in our history. Barely acknowledging his accomplishment, she went on in her speech at Baruch College like nothing had changed.
Jack Cafferty

O "novo" PSD

Cinco dias depois, já se começam a sentir mudanças no PSD: Agora o que se debate é... quando devem ser as eleições para o grupo parlamentar.

Não há c*!

"Não há glória sem honra, e a honra nunca se negoceia"

Rui Moreira, no Público, sobre a anuência do FCP aceitar o castigo da liga.

O truque dos seguidistas

Antes do comício das Esquerdas de terça à noite, com Manuel Alegre, o PS não abriu a boca. Depois do comício houve várias críticas: ele que saia do partido, que se candidate à liderança ou que se cale. O PS procura, numa velha teoria PP, criar a oposição dentro do partido, esvaziando a oposição. E o Bloco de Esquerda, cantando e rindo, aceita ir na onda.

Estado promove rebaldaria

Agora já é possível reservar uma das 22 pousadas da juventude de Portugal com exclusividade para os seus amigos ou família.

4 de jun. de 2008

Pequeno Louçã


O mesmo encolher de ombros, a mesma acentuação tónica, os mesmos gestos, o mesmo discurso cheio de rodriguinhos com frases extensas para dizer coisas simples. Há coisas que nem daqui a 100 anos mudarão.

Gurosan

Ninguém pode falar com tanta propriedade em análise na ressaca de eleições como Miguel Beleza.

Life's unfair

Por vezes temos de trocar os milhões por uns míseros tostões.

A ler

Este post de Miguel Morgado, no Cachimbo de Magritte.

Mudança conservadora

John McCain teve ontem uma das piores prestações de sempre no que à estética discursiva diz respeito. Concentrado no teleponto, com gestos mecânicos (mais do que os que já fazem parte da sua movimentação normal) e com um riso forçado no final de cada frase, McCain não parecia um candidato à presidência do maior país do mundo. Felizmente, e como se dizia ontem no especial da CNN, não são os discursos que ganham eleições.
No entanto, o conteúdo deste discurso foi muito importante para se começar a perceber o que se vai passar a partir de agora na campanha. Num ataque cerrado a Obama, McCain falou de mudança. Colocou o candidato democrata ao lado do establishment americano, conotando-o com políticas de outros tempos. Usou o slogan do seu adversário para repetir sistematicamente "and that's not change we can believe in", frase que certamente marca quem o ouviu. Foi abrangente nas políticas, falou para o povo americano e contrariou a mudança das políticas de Obama, quase uma a uma. Tentou mostrar que há uma diferença entre a mudança e o risco e que os americanos sabem isso, que são sensatos e que esse será o caminho que querem seguir.
Acabou por acusar Obama de não acreditar nas pessoas, nas suas escolhas. Garante, desta forma, que o candidato democrata quer que seja o Estado a tomar essas decisões pelos cidadãos. Acusa-o também de irresponsabilidade em relação à guerra mas evita que o tema Iraque tome conta do seu discurso preferindo falar de segurança e estabilidade.
A mudança que McCain propõe está na base da sua diferença com a administração Bush e é aqui que a sua campanha deverá investir nos próximos tempos.
Acima de tudo fala com o povo americano e raramente se centra em si mesmo, ao contrário dos democratas que tendem a falar no seu sonho e na sua capacidade individual de mudança.

Hillary

O discurso de ontem à noite foi provavelmente o seu melhor de toda a campanha. Não apontou para o Obama mas sim para os seus apoiantes e para si. Falou de políticas e da sua missão em contribuir para uma vida melhor. Exemplificou sempre com pessoas específicas, como sempre. Jurou não desistir e estar sempre ao lado dos que mais precisam. Não insistiu muito na questão de ser mulher, mas era um tema que tinha de estar presente nesta situação.
A senadora Clinton saiu de cabeça erguida, deixando a dúvida quanto ao seu futuro e ao seu papel na campanha do senador Obama.

Virar a página

A missão destas primárias americanas está cumprida. O sinal de mudança está dado. Barack Obama ganhou uma luta pela capacidade e não pelo género, ou pelo menos naquilo que o seu discurso divergiu do discurso da Senadora Clinton. A América já fez o seu papel, o filme que empolgou toda esta situação como só sendo possível ali. É tempo de virar a página e começar a discutir o que realmente importa - politics.

3 de jun. de 2008

Tendências da nova estação

Estas últimas semanas têm sido muito intensas e engraçadas, no que à política diz respeito.
Surgiu uma moda qualquer de pedir ideias aos políticos, coisa nunca antes vista. Se bem me lembro, a única pessoa que dá normalmente ideias é Garcia Pereira. Ideias não lhe faltam.
Mas esta moda pegou à direita, e da esquerda para a direita, e da direita para o centro-direita, que é mais ou menos aquilo que nós conhecemos das ideologias dos nossos partidos. Desde então, a ideia das ideias tem sido o mote de toda a questionabilidade democrática. Quem não tem ideias não tem condições para ser líder de um partido - dizem. Que esta mania, se assim lhe posso chamar, venha da esquerda não me admira. Mas é no centro-esquerda e direita que mais me assusta este súbito interesse pelas ideias.
O Professor Cavaco Silva nunca deu uma única ideia. O Engº Guterres nunca deu uma ideia, o Dr. Durão Barroso teve sorte e nem precisou de se preocupar com ideias. Se algum deles deu ideias, nos últimos 20 anos, ninguém se lembra certamente. A sua passagem pelo governo foi política. O que é que isso significa? Eu explico. Significa não fazer ideia do que se vai herdar, avaliar dossiers e a partir daí trabalhar com aquilo em que se acredita que é o melhor caminho e conforme agrade aos mais próximos (favores, interesses, etc., etc.). Vejamos... exacto, Sócrates também.
De repente, um medo invadiu parte do eleitorado que começou louco a pedir ideias. "Vem aí Ferreira Leite. Só pensa em Finanças". Curiosamente há 30 anos que não se fala de outra coisa que não de Finanças, com alguns períodos em que falamos de "cenas sociais bué importantes". Mas, se calhar Ferreira Leite é um perigo.
Talvez eu entenda que seja um perigo para os liberais do norte que assumiram o caciquismo dos seus queridos companheiros, das suas distritais e concelhias, como um bem para a região. Talvez eu entenda, até, que seja um perigo para os teóricos universitários que vivem deslumbrados com números. Talvez seja um perigo para quem apenas quer achar que é um perigo - pelo cheiro, sei lá. Entendo tudo isso.
Mas o que eu sei é que Ferreira Leite é uma política igual a todos os outros que deixámos que nos governassem (excepto PSL que não deixámos coisa nenhuma). Falta-lhe apenas alguma técnica de debate directo.
Num momento de crise é alguém que tem os pés na terra e não anda a viajar pela sua brilhante cabeça cheia de conceitos económicos e ideias. Conhece e sabe da poda. Não precisa de ideias para nada, vai perder como os outros. No entanto, vai pôr ordem na oposição.

2 de jun. de 2008

Surpreendidos?

O Daniel Oliveira fez um post muito engraçado*. Não engraçado ahahah, mas sim engraçado porque não deixa de ser irónico que as pessoas que mais tentam denegrir algum patriotismo, que mais tentam deitar abaixo as tradições, se tenham apercebido que a confusão gerada faz todo o sentido.
Com o país no estado em que se encontra, com a crise social e económica, com o défice cultural e com a classe política e crítica que temos, é natural que o único orgulho das massas seja a bola. Ainda assim, a selecção é a única que joga com as cores do país.


*O título é genial.

A greve dos pescadores

Os pescadores são hoje uma classe sozinha no país. O ministro não lhes liga. O país vai comendo um franguito, que até é mais barato, enquanto não volta o peixe fresco. Os peixeiros marimbam-se e vão comprar onde o vendem, Espanha se preciso fôr. Não contentes em terem perdido já a guerra, querem agora impôr-se pela força. Lamentável

Parolada II

Dezenas de milhares de emigrantes acompanham a selecção. Provincianos!

Substitui-se uma palavra por outra e temos um coktail molotov na mão.

1 de jun. de 2008

Parolada

Dezenas de milhares de lisboetas acompanham a selecção. Provincianos!

Mister Scolari, quer dar nas vistas?

Dê um soco no Cavaco. Proteja os meninos da sua retórica.

O Mangueirinha