31 de mai. de 2008

Que comandita!

É apenas o que me apetece dizer, depois de ter ouvido ao longo do dia as diversas posições públicas dos senhores que estiveram à frente do PSD nos últimos anos.

Em relação aos que vêm... ficaremos atentos.

Seguidistas

Ainda não sei o resultado das eleições do PSD, mas admito o direito de tendência. Além dos santanistas, Ferreiristas (ou cavaquistas) e passistas (ou liberais) há os... como se chamará a tendência de Patinha Antão?

E os seus seguidores? Pataniscas ou Ant.. Antas? Seja qual fôr, não fará justiça ao homem.

30 de mai. de 2008

Eu não vou

Começa hoje o Rock in Rio. Deve ser uma maravilha! Até porque este ano o tema são as alterações climatéricas. Uau! Haverá instituição mais preocupada com o mundo que o Rock in Rio? 
Hoje há muito menos miséria no mundo por causa deles. É ver os seus relatórios de contas, os subsídios e tudo mais. Que altruísmo, meu Deus! Tenho a certeza que o poopie boy vai lá dar um saltinho. Ele que é um rapaz de causas. Esta faz todo o seu estilo.

Campanha

O centro de mensagens 2008 que envia mensagens da distrital do PSD Porto continua a promover Passos Coelho. Será normal, depois de Marco António Costa ter dito que a distrital do Porto não apoiava nenhum candidato, embora ele pessoalmente apoiasse o candidato-obama?
Se é esta a diferença proclamada pela candidatura de PPC, estamos conversados.

29 de mai. de 2008

Falem-me de futebol

em jeito de resposta ao comentário do Crosta:
Esperar algo das eleições do PSD é naif. O que ali se discute é um lidér a prazo que não envergonhe a história do partido. Um lidér que almeja não a vitória mas sim uma derrota que permita uma saída airosa. No limite, estaremos a discutir o próximo lidér da oposição, se não fôr derrubado internamente antes de chegar ao hemiciclo. Assim, tudo o que estiver relacionado com estas ditas eleições ou com a recém anunciada moção de censura do CDS-PP são para mim já assuntos do passado. A política deveria viver de acção e não de tempos de antena.

Tudo isto é muito engraçado

Andava a ver opiniões sobre o debate de hoje e fui dar ao Arrastão, onde o Daniel Oliveira tenta ter uma visão distante do PSD. Tirando o seu habitual desprezo pelos partidos à direita - velho hábito da esquerda adolescente - está bastante engraçado.

Informa-nos (avisa-nos?) também o Daniel que vem aí um ataque massivo da esquerda contra a esquerda, mas a primeira é mais esquerda do que a segunda que é só meia-esquerda. Não deixa de ser engraçado acharem que só o PSD está a passar por uma crise ideológica. Não deixa de ser engraçado falar-se em crise ideológica.


P.S. Se o Daniel quiser conheço imensas histórias de listinhas dos partidos com mortos, semi-mortos e vivos a triplicar.

28 de mai. de 2008

Meu caro Justiceiro,

Tenho muita pena que não tenha acompanhado o debate de hoje na Sic. Gostava muito que tivesse assistido a um momento único de televisão e da política portuguesa que foi este:
- Fui eu que lancei o debate sobre as preocupações sociais. (Manuela Ferreira Leite)
- Ó valha-me Deus! Ó valha-me Deus! Valha-me Deus! (Patinha Antão)

A lei do Mercado a funcionar

Noticia

Comentário besta: Se abrirmos mão do carro, portátil, telemoveis, luz eléctrica, e outros "luxos", estou em crer que podemos mesmo baixar da barreira dos 50 dólares por barril.

Eu, mediador, me ofereço...

Sei que a vossa credibilidade junto da banca é nula. Sei que a vossa conta-corrente não sai do vermelho há muito. Sei que a banca está em retenção e avessa a empréstimos de risco elevado. Sei de tudo isto, mas mesmo assim estou disposto a judar-vos.
Se fizesse este crédito, mesmo a 1% de comissão, embolsava 700 000€.

27 de mai. de 2008

A defesa do ambiente...

O Governo que se quer verde (com a excepção daqueles PIN em cima das dunas) vai viajar de avião um pouco por todo o mundo. O Governo do país que fecha consulados e que não faz o essencial para divulgar a língua (o acordo ortográfico não chega) vai passar o 10 de Junho com as comunidades.

Luxemburgo recebe o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, em Brasília. Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, em Caracas. Ministro da Justiça, Alberto Costa, em Luanda. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, na Cidade da Praia. Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, em São Paulo. Ministro da Economia, Manuel Pinho, em Madrid. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, em Moçambique. O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, em Pretória. O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Ascenso Simões, em Andorra. O secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina, em Berlim. O secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, em Berna. O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, em Buenos Aires. A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, em Haia. O secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira, em Londres. O secretário de Estado da Administração Interna, João Figueiredo, em Montevideu. O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão, em Newark. A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, em Paris. O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, em Sidney. O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, em Macau.

Divirtam-se!

Quero os meus 75 cêntimos de volta


Quando se lê numa manchete CONVERSAS SECRETAS entre Camacho e Quique Flores pensa-se que pode estar ali, escrito no jornal, o modelo do novo Benfica, que perfil para o novo número dez, que mudanças se prevêem, que análise faz Camacho dos jogadores que ficaram, de que forma Quique pretende organizar a equipa... sei lá, milhões de leituras. No entanto, abre-se o jornal e quatro páginas depois, há uma mão cheia de nada. Jornalismo não é entreter. A bíblia já não é o que era.

O Liberalismo

Dos famosos Pães Quentes e do seu inestimável contributo para a destruição da qualidade da pastelaria portuguesa ninguém duvida - é uma realidade sado-masoquista a que nos entregámos de alma e coração.
Talvez por essa inevitabilidade, o Pão Quente que banha a minha rua pratica um estilo de negócio a que eu poderia chamar excêntrico, se já não tivesse visto Joe Berardo em acção.
Com o aumento da inflação, estas novas mesquitas do pão viram-se obrigadas a subir o preço do pão acima dos 10 cêntimos. No entanto, o sr. X não aumentou o preço, manteve. Podereis vós agora pensar que este herói da acção social estaria a marcar presença no reino dos céus, mas não. Esta inteligência sagrada do pensamento económico - qual João Miranda - reduziu o tamanho do pão para quase metade. Por simpatia, a senhora da mercearia do lado não lhe faz concorrência, embora pudesse arranjar um fornecedor que lhe vendesse um produto de melhor qualidade.
Somos, certamente, um país que pratica um liberalismo, no mínimo, peculiar.

26 de mai. de 2008

A crise

Apercebemo-nos, que a crise está aí, quando chegamos às máquinas de multibanco e em quase todas os talões estão esgotados. No entanto, continuam cheias de euros para distribuir pela malta.

Construção



25 de mai. de 2008

Leituras de Domingo

Começo esta revista com a leitura desta entrevista ao Professor Eduardo Lourenço no DN. A visão sensata e sempre com a equidistância necessária do ensaísta.

Segue-se a crónica de Carlos Marques de Almeida, no Diário Económico. Nada acrescenta mas faz um bom retrato, embora me merecesse um ou dois comentários.

Sobre a Eurovisão, a perspectiva de José Milhases, no Da Rússia e do News Blog do The Guardian.

No campo das notícias, esta preocupante no Correio da Manhã. Sem querer ser alarmista.
No Público, mais uma para o saco da crise.

24 de mai. de 2008

Eleitores

"He says Clinton has “very good views on specific issues that are important to this election”, including the war, the economy and health care – all things that matter deeply to an 11-year-old."

no Cafferty File. a partir de hoje na barra da direita.

Euforia

Não se percebe bem qual a estratégia de Passos Coelho. O candidato começou a aparecer aos poucos, mesmo antes da saída de Menezes.
De repente, já coleccionava uma série de apoios e introduz atabalhoadamente o discurso do liberalismo para o agrado de muita gente e provavelmente suportado por certo grupo.
O candidato tem mantido o discurso sempre no mesmo tom, atacando mais José Sócrates do que o partido, dirigindo-se para o país. Pode parece uma atitude séria de Passos Coelho, no entanto fico sempre de pé atrás quando o dirty job é deixado para outros.

23 de mai. de 2008

Outras análises

Para já, o acompanhamento do Paulo Pinto Mascarenhas no Atlântico.

O Luís Delgado, no blogue da campanha de PSL, que viu outro debate, claramente.

Interessante também não deixa de ser esta pequena análise de rui a., também conhecido spin doctor de PPC que, curiosamente, era um dos cinco.
Já neste blogue de apoio, considera PPC o arauto do liberalismo da III república.

O João Vilalobos, no Corta-Fitas, também fez o seguimento daquilo.

A reacção do Paulo Gorjão, mostra contenção e alguma sobriedade, como sempre.

Um debate moderado por Moura Guedes

A ideia inicial para este serão seria fazer um acompanhamento do debate entre os candidatos às directas do PSD promovido pela TVi.
Mas se alguém tinha dúvidas em relação ao rigor jornalístico deste canal privado ficou logo esclarecido quando Manuela Moura Guedes sem mais demoras anuncia que não haverá regras.
A partir daí foi o esperado. Manuela Ferreira Leite mais sóbria e objectiva, sem floreados e contida, esperando sempre o momento de falar. Assim também aconteceu com Patinha Antão, embora este estivesse um pouco nervoso mostrando uma determinação despropositada.
O Professor Patinha Antão é um homem que domina áreas muito específicas, mas não tem qualquer tipo de perfil para liderar o maior partido da oposição. Além disso ninguém parecia estar interessado no que este tinha para dizer. Alguma falta de consideração - respeito, até - portanto.
Passos Coelho e Santana Lopes tentam-se afastar um do outro, mas são os únicos que insistem na instalação do liberalismo, para de seguida o negarem como fonte da sua política, confundindo quem os ouve.
Santana Lopes disfarça essa confusão usando os mesmo truques de sempre, agora refugiado por uma experiência de seis meses, e que passam pelas referências a políticas estrangeiras e dirigindo-se a todas as "classes" em matérias diferentes. Quando se fala da saúde Santana fala das famílias, quando se fala de emprego e legislação laboral fala de investimento e de investidores, quando se fala de impostos fala na classe média. Um golpe populista que confunde mas que o faz sair, por norma, bem na fotografia.
No entanto, à sua frente tinha Passos Coelho que faz o mesmo jogo com uma linguagem diferente. Provou que as críticas que se fizeram ao facto de ser novo faziam sentido porque injectou uma série de conceitos liberais e tenta dançar com eles, mas a certa altura falta-lhe jogo de cintura. Parece o aluno que não consegue juntar a parte teórica à prática porque a doutrina não combina com a realidade.
Contudo, é o candidato com o discurso mais abrangente, conseguindo sinteticamente abordar um bloco de temas com bastante determinação, o que o beneficia.
Manuela Ferreira Leite manteve-se tranquila e limitou-se a responder sucintamente às poucas questões que lhe iam sendo colocadas. Coerente, objectiva e revelando já uma capacidade de análise do momento muito mais realista, a candidata com a postura mais clássica mantém-se a léguas da patetice e demagogia dos seus oponentes.

O formato do debate não dá para grandes análises. Curto e atabalhoado, como manda a lei das audiências, serviu apenas para os candidatos mostrarem a tristeza em que está o jornalismo em Portugal.
A anfitriã conseguia surpreender mais que os próprios convidados. Primeiro na sua gesticulação que já vai sendo apanágio das suas aparições em debates e entrevistas, depois pelas expressões faciais e por último pela arrogância com que questiona coisas que nem ela própria sabe muito bem o que são.
Das várias intervenções, e de um ponto de vista mais abstracto, registo com alguma perplexidade o formato das perguntas:
"Santana Lopes: desemprego?"
"Pedro Passos Coelho, saúde? Como é?"
Há que ir direito ao assunto.
No confronto também esteve muito bem. Aliás, se alguém precisar de um personagem instigador e prevaricador de confusão chamem esta "cara amiga" - tal como foi tratada por Patinha Antão. Moura Guedes interrogava cada candidato sobre os ataques que outro específico lhe teria feito, hiperbolizando sempre o conteúdo. Mas o melhor ataque foi feito a Passos Coelho, em relação ao pacote laboral, quando lhe pergunta: "mas quer ou não quer um pacote liberal?" ao que PPC responde "sim, já lhe respondi" a partir daí foi assim:
- Não - diz a Manela.
- Não? Porquê? - pergunta PPC.
- Ora, porque... isso...
(interrupção de um dos adversários, confusão, muda de assunto e está resolvido o problema).

No fundo, não preciso de dizer mais nada. Até porque depois chegou Pulido Valente - logo a seguir a MMG ter interrompido Passos Coelho assim: "pronto, está bem, temos de acabar, adeus a todos" (nestes termos) - e começou o seu comentário ao debate mesmo ali ao lado, metendo Patinha Antão logo num canto e enaltecendo a vitória de Ferreira Leite, juntamente com a denúncia da demagogia dos restante.

Em suma, uma palhaçada. Mas divertido.

Isto é surreal

Agora entrou o Vasco Pulido Valente que estava ali ao lado e está a comentar com os convidados ali a ouvir o comentário.
"... Patinha Antão não conta para nada".

Era uma vez na televisão privada

Tinha ideia de escrever alguns posts sobre o debate do PSD na TVi.
Ainda não estou em mim com a figura de Manuela Moura Guedes.

Voltamos dentro de alguns momentos.

Matar o pai

O líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, apoiante de Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que Alberto João Jardim "é quem verdadeiramente no partido materializa a visão social-democrata de Sá Carneiro".

Está a ver, caro Casca, como devíamos ter assinado*

António Neto da Silva anunciou hoje a desistência da sua candidatura à liderança do PSD por não ter recolhido as 1.500 assinaturas necessárias à sua formalização
* Mesmo que fosse como Jacinto LCR

Desigualdades...

Portugal é o país com maior desigualdade na distribuição de rendimentos de toda a Europa. Diz a notícia que ultrapassamos mesmo os Estados Unidos. Eu acho uma injustiça e digo que devia ser tudo muito mais repartido, gajas incluidas. No entanto, espero daqui a uns anitos estar a defender exactamente o contrário...

22 de mai. de 2008

Este homem é um senhor, ca...!



Uma dedicatória especial para CAA, um verdadeiro homem do norte, que se nota que é uma pessoa que se preocupa com o país e que não são sentimentos mesquinhos e pequenos que o movem, tal como o Sinhor Enginheiro, carago!

21 de mai. de 2008

Pataratismo

O Parlamento passou a ser o estádio de Viseu. O executivo desceu do avião para fumadores para o balneário de um clube de Golf. O António Costa passou a ser o Fernando Ruas. Os grandes repórteres desceram do pedestal da política e da religião para falar com transeuntes e construtores de estátuas panificadas.

Espero que Turquia nos ganhe.

Discos pedidos

É aproveitar agora que estamos em época de saldos legislativos.
E já agora, fale-se com um dos candidatos a candidato da oposição que ele anda lançado nas coisas da gente prá frentex.
Vejo que Matos Pires é uma defensora do instituto do casamento e que é atenta às coisas do Direito. Fico muito contente por ver gente que ainda acredita nestes valores.

20 de mai. de 2008

Internacionalização


O primeiro post internacional da Sociedade é com um comício do Obama, domingo, em Portland. 75 mil e já só McCain no horizonte: começou a sério a campanha.

Um olho no... chico esperto

Patinha Antão é reguila. Além de não afirmar que os deputados devem cumprir apenas dois mandatos, ainda propõe que os vice-presidentes de bancada (o caso dele) deviam ter um estatuto (presumo que ser pagos) como ministros. E afirma também que se ganhar "os restantes candidatos farão parte do Governo e da direcção do partido". Se ganhar?
O que ele queria dizer era:
a)sou vice-presidente da bancada do PSD e com a quantidades de morons que por lá há, deviam pagar-me bem para eu lá estar e
b) como já sei que não vou ganhar vou pressionar-vos para que me arranjem qualquer coisinha na nova direcção e se por acaso ganharem as eleições.

Patinha contra Cavaco

Ontem, no debate, Patinha Antão defendeu que o cargo de primeiro-ministro deveria ser limitado a dois mandatos, como acontece com o Presidente da República e com os autarcas. Curiosamente não se referiu aos deputados, a ele portanto, mas pareceu-me um ataque a Cavaco porque é o único primeiro-ministro que cumpriu três mandatos. Ou isso ou está com receio que Sócrates ganhe em 2009 e em 2013. E percebi que ele tinha uma proposta qualquer para as mulheres e os transportes mas não sei bem qual...

Neto é a avozinha

Neto da Silva parece que parou no tempo. Quando ele disse que "o partido tem de perceber que numa época do dealbar das ideologias..." fez-me lembrar o Neto da Silva que, no início dos ano 90 (era secretário de Estado de qualquer coisa), disse que não havia trabalho infantil porque o senhor primeiro-ministro o tinha dito. O primeiro-ministro era Cavaco Silva, que afirmou nunca ter visto trabalho infantil, umas semanas antes da BBC passar uma reportagem em Felgueiras e Paços de Ferreira.

Infiltrado

Como a imagem comprova, fui assistir ao "debate" incluído na Assembleia Distrital do PSD/Porto com os candidatos à liderança do partido, infiltrado às escondidas pelo colega de blogue Casca de Carvalho. Mas foi uma desilusão. Manuela Ferreira Leite, que deve acreditar no que Cavaco dizia - "subir à minha custa? Safa!" -, não quis entrar no debate. Pedro Santana Lopes, também não, e avisou em cima da hora. Restaram os outros três.
Desculpem a qualidade da imagem, mas tinha de me manter escondido e o meu telemóvel não é tão bom como o do Pacheco.

Medo

Se as sondagens do Portugal Contemporâneo fossem um retrato do país eu nesta altura estaria muito preocupado. Não por Ferreira Leite ser o elo mais fraco, mas sim por, num universo de 130 votantes, 8 acreditarem que Neto da Silva será o novo líder do PSD.

A ler por aí

O Luís Rainha acha que a frequência no ensino superior se faz por vocação. Um estilo de chamamento divino. "Vem meu filho, o Direito, a Lei, a Justiça chamam por ti". Não o fazia tão místico.

Os meios

Ontem, na Assembleia Distrital do PSD, na Fundação Cupertino Miranda, Marco António Costa, Presidente da Distrital do Porto e apoiante de Passos Coelho, garantiu que a Distrital não iria manifestar qualquer tipo de apoio a qualquer candidato pois esta era uma eleição dos militantes.
Esta afirmação torna-se ainda mais interessante de ouvir para quem há dois dias recebeu uma sms de um centro de mensagens, semelhante ao que promoveu Menezes e que anuncia as investidas de Marco António na tv,  a anunciar a presença de PPC na assembleia.
Na mesma noite do "debate" de que recusou fazer parte, Ferreira Leite fez chegar a todos os militantes uma carta a apresentar-se como candidata. Santana tem usado o telefone privilegiando o contacto directo com o militante.

19 de mai. de 2008

Inaceitável

O convite para jantar dos deputados do Partido Socialista dirigido a Pinto da Costa e a sua atitude aquando das declarações do presidente do F.C. Porto dentro da casa da democracia são um exemplo óbvio do provincianismo e "pacovismo" reinante.
Os eleitores do PS referentes à região norte deveriam-se interrogar sobre quem era aquela senhora deputada e o que tem feito ela pela sua região, para além de organizar jantaradas com o seu querido presidente.

18 de mai. de 2008

A hiperbólica Rita Ferro

Não conheço a Teresa Cálem, mas segundo a senhora Rita Ferro é uma artista daquelas que Portugal só tem direito a cada mil anos. Melhor portanto que Paula Rego, Vieira da Silva, Pomar, Malhoa, Amadeo... que qualquer artista português desde o ano 1008, desde o tempo de Al Mu'Tamid. E porque é "um fenómeno"? Parece que porque os seus quadros são de proporções gigantescas. Impagável a Rita Ferro. O seu blogue, novinho, vai para a coluna da direita.

Anatomia de Deus

Onde será que Rodrigo Moita de Deus tem as papilas gustativas? Onde será que Pedro Passos Coelho tem o sistema nervoso?

Cromo da bola


Hoje é domingo, o dia em que adormeço a ouvir o senhor Rui Santos a bater-se para ser o treinador do Benfica, do Sporting, da Selecção, presidente da Liga, crítico de arbitragem, gestor, presidente de SAD, Herman José... e mais uma série de coisas que nunca me apercebi, porque adormeço entretanto.

Imagem da rede de camisolas Holetshirts.

Taça

Ainda assim, prefiro que ganhe o Sporting. É menos barulheira à porta.

Actualização: Os andrades ficam em casa, abrigados da chuva. As ruas da cidade estão como via verde.

Adolescentes

A Cataluña tem sido ao longo dos anos um género de região adolescente. Acima de tudo é uma região que para além de um artista e um clube de futebol pouco mais tem. A sua fama mundial passou um bocado por mostrar ao mundo o quanto eram sofisticados e diferentes de uma Espanha demasiado latina.
No fundo, vão tentando galvanizar-se através da provocação. Assim foi quando declararam Barcelona cidade anti-taurina. Na altura, Barcelona era uma das maiores praças do mundo e um símbolo vivo de uma Espanha que os políticos catalães gostariam de abafar.
Desconheço os interesses que circulam pelos bastidores da Cataluña. Desconheço grande parte da sua política, aliás. Mas, tentar provocar desentendimentos deste género é, no mínimo, adolescente.
Ainda bem que os dois Estados mantém uma forte relação de respeito mútuo. Algo que não deve fazer parte do código de valores deste palhaço

Aproveitamento

Sócrates assistido nas urgências do Hospital de Sto. António, no Porto.
Uma sorte, estas estarem abertas. 

16 de mai. de 2008

Dividir para reinar

É mais do que evidente a estratégia de Luís Filipe Menezes. Mesquinho e reles como é, tenta dividir o eleitorado do PSD de forma a garantir a derrota de Manuela Ferreira Leite. Menezes tem a típica atitude de não estar a apoiar alguém, mas sim a tentar derrotar alguém. 
Por que outro motivo não apoiaria ele Santana Lopes que sempre se mostrou tão solidário e se colocaria ao lado de alguém como Passos Coelho que lhe lançou tantas críticas?

15 de mai. de 2008

Os pais do Amaral

É interessante que o neo-liberalismo ache que tudo se vende e tudo se compra. É interessante que os liberais achem que os países são grandes empresas e estejam dispostos a contribuir para fossos culturais gigantes criando assim um novo conceito de classes sociais - as informadas e as ignorantes. É interessante que num país onde o interesse por si próprio se vai desvanecendo se aceite que qualquer forma de arte ou cultura seja absolutamente controlada pelo capital sem que seja sequer equacionada a sua importância qualitativa. É interessante que se pense que o importante para o gestor é rentabilizar, mesmo quando se trata de um evento que tenta contribuir para questões mais elevadas que isso. É interessante porque o que se quer é ganhar dinheiro para se viver bem. Mas será que podem viver bem sem uma comunidade minimamente estável?

Going south

Pedir desculpa é bem. Fazer de conta que não sabia que era errado é mal. Ser multado por ter quebrado a lei é muito bem (sobretudo porque teve a sorte de não ser preso, como poderia ter acontecido a qualquer um de nós numa situação idêntica). Prometer deixar de fumar... é muito mal. Os portugueses estão-se nas tintas para que o senhor fume, eu pelo menos estou, desde que cumpra a lei QUE NOS OBRIGA A CUMPRIR. Prometer deixar de fumar é uma coisa particular. Não abra essa porta senhor primeiro-ministro.

14 de mai. de 2008

Centrum gratuito para toda a gente

Em toda esta polémica do cigarrito que Sócrates fumou a bordo do avião o que me choca não realmente o acto em si. Aguentar uma viagem ao lado de Manuel Pinho até à Venezuela para se encontrar com Chavez, está acima da capacidade de qualquer mortal. O que me irrita, é a descaradeza com o que o nosso Primeiro disse desconhecer a lei. Já o estou a ver à porta de uma qualquer maternidade com a Fernanda Câncio a coçar a cabeça e falar com os seus botões: "Já nem me lembrava de ter fechado esta..."

O Sporting e a Bolsa

O Sporting já contratou Rochenback para as próximas 3 temporadas. O prodigio rejeitado pelo Barça e pelo Boro está de volta. Mesmo assim, as acções em bolsa continuam em queda. Arre que aqueles tipos engravatados não percebem mesmo nada de futebol.

Alhos e bugalhos e outras rimas do professor Vital

Ilustrado, como sempre, Vital Moreira escreve algumas pérolas sobre Angola. Como comunista arrependido que é, e como todos os comunistas arrependidos (salvé Santiago Carrilho), segue raciocínios seguidistas no partido para o qual se transfugou, seja Magalhães no PS, seja Zita no PSD. Então, escreve ele que são "manifestamente malévolas e sectárias muitas das apreciações que correm entre nós sobre a situação política angolana". Escreve ele que "tem havido notórios progressos na institucionalização democrática", que "a própria situação económica e social melhora de dia para dia", que "Angola exibe uma abertura política invejável".

Qual é o problema professor Vital? "Apesar dos seus apoios nos media, nem tudo o que interessa ao tradicional lobby anti-MPLA entre nós (com raízes na descolonização...) tem a ver com os interesses de Angola nem com os de Portugal". Ah, era isso, os interesses. Até admito que se defendam os interesses de Portugal em Angola, mas não os venham justificar com os princípios, "sectarismo" e com "lobby" e, deus meu, com a "descolonização".

Sinceramente, ò profe, dá-me o telemuóbel já!

13 de mai. de 2008

O exemplo que vem de cima

É público que o Engº Sócrates é um fumador compulsivo. Claro que para um fumador destes torna-se complicado viver num Estado com uma lei tão rigorosa e reprovadora. A vontade de fumar vai crescendo e crescendo dentro de nós quando nos encontramos num espaço castrador que nos impede, no limite, de "matar o vício".
Nos aviões, por exemplo, dizem que é um grande incómodo. Como nunca fiz nenhuma viagem com mais de 4 horas não o posso garantir. Mas, acredito que sim. Talvez por isso a dupla Inove Jovem que comanda o governo da nação tenha cometido um pequeno deslize - coisa sem importância e perfeitamente normal.
Curiosamente, passou também a ser público, graças ao Dr. Gomes da Silva, que o primeiro-ministro mantém um "relacionamento" com a jornalista Fernanda Câncio, conhecida anti-tabagista - fanática da causa até, diria - que torna o fumador num monstro.
Há que fumar ao relento! Está difícil para os fumadores, não está, meus senhores? Então, segue-se as origens pouco inovadoras e sofisticadas e salta-se por cima que ninguém vê. Por azar parece que a bufice chegou aos céus.
Sinais dos tempos, senhor engenheiro.

Lusofobia

Luís Filipe Scolari, o treinador luso-italiano-barasileiro, convocou para a selecção nacional mais dois luso-brasileiros para disputar o Euro 2008.
A mim não me faz diferença absolutamente nenhuma. A partir do momento em que os senhores se naturalizaram passaram a ter todo o direito, como um cidadão comum. Se o acrescento que dão à selecção é grande, ainda melhor. Além disso, os jogadores passaram a rezar em conjunto à Nossa Senhora do Caravágio - uma devoção mais brasileira.
O que não compreendo é por que motivo o contrário não acontece. Não há jogadores portugueses convocados para a selecção brasileira (ou canarinha, como eles dizem).
Começo a pensar no acordo ortográfico que tende a privilegiar mais o Brasil.
Como diria o próprio Scolari: «e eu é que sou ruim?»

12 de mai. de 2008

Uma questão institucional

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa - o Dr. António Costa - entregou esta semana a chave da cidade ao presidente da Comissão Europeia - Durão Barroso.
Não deixa de ser interessante a forma como António Costa-autarca e António Costa-ministro têm posições tão diferentes em relação a este tipo de figuras. De fugitivo, Barroso passou a herói.

Vender o que as pessoas querem II

Há embustes e embustes, mas é muito mais fácil criar um embuste quando a sociedade necessita acreditar nesse embuste. Repare-se: seria mais fácil a Bush vender que tinha sido a Alemanha ou o Iraque a preparar os atentados terroristas contra Nova Iorque? O Iraque, claro, porque era o que as pessoas queriam acreditar, que tinha vindo lá de longe... Ninguém queria acreditar que tivesse sido na Alemanha. E então Bush vendeu o Iraque. Mas foi na Alemanha.

Vender o que as pessoas querem

Haverá marca que tenha mais product placement em Portugal do que Fátima? É só ver os telejornais, as novelas, os programas da manhã. E gratuita, não é como o Compal, que enche as cozinhas de todas as telenovelas. Vou mais longe, haverá marca que tenha mais publicidade gratuita do que a Coca-cola? Quer dizer, toda a gente bebe Coca-cola, nos filmes, nas séries, nos anúncios, nas reportagens, as coisas são como são. Mas há, Fátima. E ainda mais do que a Coca-cola - que só tem IVA de 5 por cento -, o que o contribuinte paga pela crença não só não é taxado como ainda pode ser descontado em sede de IRS.

9 de mai. de 2008

Crédito

Segundo José Ribau Esteves, os partidos têm sempre quem lhes dê crédito porque é o Estado que oferece garantias de pagamento aos credores. O Estado Português funciona como um pai ao estilo de Jardim Gonçalves, portanto.

Avaria geral

Como diz Manuel António Pina, «nas lonas como nós».

Já que falamos de futebol

Gostava de perceber por que motivo Luís Filipe Vieira está a tentar contratar Eriksson.
Vieira continua com a ideia de que se ganhar os adeptos pela afectividade acabará por conservar o seu lugar. Estou em crer que o senhor está enganado. Os adeptos querem resultados e estabilidade. Será que o sueco está com vontade de treinar o Maxi Pereira, o Edcarlos e o Luís Filipe?

Vender a alma ao Diabo

A única forma de o Boavista subsistir é associar-se ao Salgueiros. O Salgueiros cede a alma e o Boavista o estádio. As camisolas e as bandeiras podiam ser vermelhas e pretas, uma associação de cores do meu agrado.

Ò Manel aperta o laço

Ainda não é desta que o Boavista vai para trás do xadrês, mas menos mal que vai descer de divisão, se não acabar entretanto.

8 de mai. de 2008

Emigração, vaga ?ª

A crise que assola o país e principalmente as baixas expectativas dos Portugueses no crescimento da nossa economia têm levado a um êxodo anormal em busca de melhores oportunidades. As modas são realmente cíclicas e as vagas de 60 estão de novo aí.
Mas o que à primeira vista é um claro sinal de fraqueza deste rectângulo, tem sido uma rampa de lançamento para muitos. São já várias as empresas que colocam trabalhadores Portugueses lá fora. Espanha primeiro, França no presente, Inglaterra e Países Nórdicos brevemente. Esta nova classe de empresários rompe claramente com o dono do Mercedes que tem um pavilhão em Alter do Chão onde faz rebites a 0,05 cêntimos e os vende a 0,055 com 3% de desconto pp. Esta nova classe tem margens enormes e contas caucionadas maiores ainda, capazes de sustentar uma família durante uma vida inteira. São maioritariamente novos e a palavra risco aparece logo na primeira página dos seus dicionários. Em 2005 a sua “produção” era ligeiramente superior ao meu IRS, julgo que não trabalhava ainda. Hoje, são responsáveis por centenas de milhões de euros facturados. Com propriedade, podemos dizer, vá para fora cá dentro.

7 de mai. de 2008

Ainda assim prefiro o projecto-piloto

Há falta de arroz? Crie-se um observatório do arroz. O futebol é mau? Crie-se um observatório de futebol. Aumentam os casos de fome? Crie-se um observatório da fome. Há casos de racismo? Crie-se um observatório do racismo. O pessoal foge cada vez mais deste aido? Crie-se um observatório da emigração (ah! este foi criado hoje).

Os observatórios são os novos nomes das "comissões". Lembram-se? Era o que propunha sir Humphrey sempre que queria que não se chegasse a conclusão nenhuma quando acontecia algo de errado no ministério ou no governo de Hacker. É também o que costuma acontecer na Assembleia da República quando há alguma coisa que ninguém quer saber realmente o que é (o que se passa ou passou), criar uma comissão parlamentar.

Agora estamos mais modernos. Criamos observatórios.

Yuppie Boy

“Os países são empresas grandes”

Esta minha afirmação tem sido o garante de muitas e boas discussões. Raramente tenho encontrado quem comungue dela. Ao contrário, são muitos os que dela discordam e fazem de tudo, até alianças tão improváveis como aqui a do Crosta com o Michael Knight, para refutar o contrário. Dá-me gozo, muito gozo. Acima de tudo, porque é realmente esta a minha visão e gosto de a defender.
Minimizo ideologias e valorizo cérebros. O caminho não está à direita ou à esquerda. Mas passa necessariamente pelas duas. O meu liberalismo permite-me até que o caminho seja por cima. Ou por baixo se tiver de ser. Sempre me regi pelos princípios desta sociedade católica em que vivemos mas facilmente os esqueço se todos os meus opositores, como é normal, já tiverem o feito. O liberalismo é mesmo isso. Uma adaptação constante que nos permite a progressão e o êxito.

Conto fazer um post politicamente correcto até ao final do ano… Até lá, escreverei o que me der na real gana.

Yuppie do salário mínimo.

Justiceiro de Fafe

O muro de Berlim atingiu-me em cheio na maioridade. E ninguém pode assistir impassível ao desmoronar de um sonho (ou de uma ilusão) numa idade em que tudo o que temos são sonhos. E gajas, claro, mas isso é outra história. As leituras dos anarquismos em livros mal impressos e de papel rasca, e as pequenas experiências de convivência em grupos que o professavam (alternadas com o mais vicioso burguesismo); as leituras e os ensinamentos familiares dos princípios da revolução francesa - liberdade, igualdade, fraternidade - com outros, comunistas, e os princípios dos direitos humanos alargados; e as consequências de uma educação religiosa de meia-dúzia de anos fizeram-se sentir nessa maioridade como sinais para me focar em coisas mais concretas: casa, emprego, trabalho, salário, festarolas, gajas... Contudo, os princípios ficam. São eles que nos moldam - além de outros "males" como os genes e a personalidade/educação, que ficam para os cientistas.

Dizem os espanhóis que "se veía venir" e a tomada de consciência que, se calhar, o mundo não ia mudar assim tanto com a queda do muro fez-se aos poucos, com as manifestações na ponte 25 de Abril, as barricadas de operários nas velhas zonas industriais - onde décadas antes homens-bons como me julgo liam os mesmos livros que li mais novo - (94), os bairros revoltados, os estudantes a pedir abertura do ensino (toda a década de 90), Seattle (99), a impunidade dos velhos senhores do portugalzinho, as guerras todas e finalmente a internet e o nascimento da minha, por assim dizer, descendência fizeram-me regressar aos princípios.

Como vivo de coisas concretas e não de ilusões -- por isso a única certeza que posso ter é a não existência de Deus e na glória suprema do Benfica, até ou sobretudo nas derrotas -- decidi pegar na moca para defender os princípios. Por isso estou aqui. Por isso e porque acho que vai ser uma borga claro.

Ah! não sou de Fafe, creio aliás que nunca lá fui.

Casca de Carvalho

Muitos fazem do homem de direita - conservador - um monstro cinzento, uma ameaça à evolução. Não poderá haver nada mais de errado. O conservadorismo de direita é uma corrente política legítima que pensa, acima de tudo, na preservação do sentido de comunidade, na ponderação social e económica e na sua sustentabilidade.
Os povos são por natureza conservadores, como lembra e bem o Professor Eduardo Lourenço. Por isso tentamos lidar com os receios de todos de forma a unir. Uma comunidade unida é uma comunidade forte, solidária e empenhada.
Talvez daí justifique esta ideia - começo da minha participação neste blogue colectivo - com uma pequena passagem de uma obra importante para mim, do Dr. Jaime Nogueira Pinto - A Direita e as Direitas:
Entre o indivíduo ou o homem do democratismo individualista e o europeísmo centrípeto como versão regionalizada do mundialismo, a direita terá de continuar a afirmar o valor substantivo e funcional da nação. Não se trata de um radicalismo de eurofobia ou de uma estatolatria cega. Trata-se de uma leitura da realidade mundial após-guerra fria, onde as unidades políticas tendem para a fragmentação tribalizante e as variáveis económicas e financeiras para o globalismo individualista. Todos se relacionam e todos se conhecem, mas são poucas ou nenhumas as solidariedades. É uma «aldeia global» onde todos sabem de todos, mas ninguém quer saber de ninguém.

A partir de hoje, sempre que assim entender, tomarei uma posição nesta ou noutras linhas, porque o mundo não se quer preso.

Exílio
Quando a pátria que temos não a temos

Perdida por silêncio e por renúncia

Até a voz do mar se torna exílio

E a luz que nos rodeia é como grades


Sophia de Mello Breyner

6 de mai. de 2008

Declaração de princípios

O Sociedade em Comandita é um par deformado de três indivíduos com posições políticas totalmente diferentes.
No entanto, há algo que os une: a justiça e a verdade. Cada um com a sua, tentarão não perdoar qualquer deslize de quem quer que seja. Nem deles próprios.
Aqui todos são responsáveis pela sociedade mas a sociedade não se responsabiliza por ninguém. É um mundo cão. Cada um por si e tudo ao molhe e fé em Deus, seja lá o que isso for.

Hoje são poucos os que mantém a cabeça erguida e perguntam «Quem és tu?». A função deste blogue passa em primeiro lugar por aí - por questionar sem hesitações nem medos toda a tripulação deste barco gigante.
Depois, passa também pela discussão descontrolada e desregrada - sem censuras - para que todos sejam livres de elevar o nível e o tom do debate.
Acima de tudo, quer-se um blogue de debate, sem falsos moralismos e intelectualmente honesto.
Da comandita fazem parte um filho tardio da geração de 1968 (tendência Guerra Colonial), um conservador democrata e um invertebrado politico com tiques liberais.

Sem misericórdia, irão debater todas as relações em sociedade, o essencial e o acessório, porque também é nossa a espuma dos dias.

Faites vos jeux.

Os colaboradores.


«Na sociedade em comandita cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua entrada(...)»

Artigo 465º do Código das Sociedades Comerciais