31 de dez. de 2008

Gaijos e cenas de 2008

Gaijo do ano

Cabàco
porque é uma referência dos dois maiores partidos portugueses, um por medo e o outro por vazio do que quer que seja.


Cena do ano

A invenção do Magalhães
porque nos faz lembrar os gloriosos tempos em que conseguíamos trocar com os indígenas de outras partes ouro, iguarias e especiarias por latarias, bugigangas e espelhos. Agora foi também com os indígenas de cá.


Gaijo do ano, Muuundú

Obama
porque sim.





Cena do ano, assim tipo Muundú

Gaza
porque depois de passar muitas horas a jogar no Magalhães, a minha memória não tem mais de oito dias...





este post é apenas a minha opinião, mas desde já desafio os companheiros que consigam a deixarem os seus balanços.

Agradeçam ao Engenheiro!!!

Como já aqui escrevi, Sócrates não tem mérito algum na baixa das prestações mas que ela é uma realidade e que permite uma poupança considerável, isso é incontornável. As Euribor continuam, e continuarão, a bater minimos e estão já a valores de 2006. Quem revir o seu crédito este mês vai mesmo ver a diferença na carteira.
Para o empréstimo tipo de 100 00€, a 30 anos e com spread 0,7 a poupança é de 104,67 e 104,84 para as Euribor 3 e 6 meses, respectivamente. Quem tiver contratado a taxa a 6 meses passará a pagar 586,01 contra os 581,62 a 3. Estas são boas noticias e como já disse em cima, serão melhores em 2009...

Acabou II


O essencial do Mundo, a partir dos EUA e de jibjab.

Acabou

Em Julho deste ano, o petróleo bateu o seu record de preço e fixou-se acima dos 150 USD. Depois veio a crise e a sua queda foi estrondosa estando agora a negociar no patamar dos 40 euros - pouco mais de um quarto do preço record - e a preparar-se para ter um crescimento anual negativo, algo que só se viu no inicio d século. A Euribor, por sua vez, bateu o record em Outubro, um dia antes de iniciar uma queda ininterrupta que a coloca, para já, nos 3% - pouco mais de metade do record - e há quem vaticine que a descida só para ábaixo da barreira dos 2%. A inflação da zona Euro esteve tambem nos píncaros mas hoje injecta-se dinheiro que artificialmente ela cresça e o medo da deflação está espalhado pelos rostos dos homens-fortes do BCE. Todos os outros indices económicos que possamos terão um comportamento idêntico ou ainda pior. 2008 foi o ano da incerteza, à excepção da crise, que é uma realidade. É por isso, que às portas de 2009, não há entusiasmo nem ânsia. O ano que vem prepara-se para ser um 2008+1... e isso, não augura nada de bom.

30 de dez. de 2008

5 milhões é pouco

O tecto dos 5 milhões é curto. Bem vistas as coisas não dá para nada. 20 talvez, mas seguro seguro só mesmo 50 milhões. As obras deverão tambem ser todas propostas à Mota-Engil, com financiamento da Caixa, e só no caso destes dois players recusarem se porá a hipótese de entrega a outros. Parece-me tambem lógico que se acrescente 50% ao preço orçamentado para derrapagens e luvas. Ficamos logo prevenidos e "mais euros mais economia", pelo menos na óptica do Engenheiro. Estamos num lindo caminho estamos...

Diálogo israelo-palestiniano

Se tivéssemos terroristas a infernizar as nossas vidas a cada 5 segundos talvez os olhássemos com olhos menos tolerantes

Da pequenez

O que determina o tamanho de um país não é apenas o tamanho do seu território - ao inverso do que queriam significar aqueles velhos mapas de Salazar com Portugal e as "províncias ultramarinas" -, nem a sua população - veja-se o caso da China. O que determina o tamanho de um país são as ideias e os debates que ele pode gerar para conseguir ser melhor, mais livre e mais sustentado, mais justo e mais igualitário, mais ético e melhor defensor dos preceitos individuais. Um país que se tenta dividir por causa de uma coisa chamada estatuto autonómico dos Açores é um país muito pequeno.

No more Mr. Nice Guy

Invistam ou ela grita

Björk cria fundo de capital de risco para ajudar economia islandesa

29 de dez. de 2008

Alguém pode calar o Medina Carreira por favor?...

Isto é um país perdido. Devemos milhões por todo o lado. Dentro de poucos anos estamos mais falidos que a Islândia (como se tal fosse possível...). Os políticos não percebem nada disto e caminham alegremente para o abismo. Andamos a gastar o dinheiro que não temos. Isto não tem emenda possível. Endividamo-nos ao ritmo de dois milhões de euros por hora (azar... mais uma vez os factos vieram desmentir os desvarios de Carreira. O endividamento externo caiu para 53 por cento do PIB. O que me parece ainda muito, diga-se).
Há mais de uma década que Medina «Nostradamus» Carreira anuncia o fim de Portugal tal qual o conhecemos. E a verdade é que os factos o contrariam sucessivamente. Não estamos bem? Não estamos, não senhor. A crise é grave? É sim senhor. Mas o contínuo discurso da tanga de Medina Carreira é o espelho do País que somos: pequenino, sem rasgo, sem nervo. Por amor de Deus homem: CALE-SE!!!!

Dedicado a todos nós

Artigo de Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios.

27 de dez. de 2008

Pollish Weekend Passions

site oficial carregando na imagem

Só por ingenuidade podemos acreditar no acaso

A Parpública, empresa que detém as participações do Estado, e a Caixa Geral de Depósitos comunicaram no passado dia 23, parece que por volta das 21 horas, a constituição de uma holding que passa a controlar a Caixa Leasing e Factoring bem como uma participação nas Águas de Portugal. Ontem, a Parpública anunciou uma nova holding, que agrega EDP, REN e Quimiparque, entre outras. Não deixa de ser estranho que a super-máquina de comunicação deste governo tenha escolhido estes dias... ou terá sido propositado? Aguentará a CGD todos os disparates do engenheiro?

26 de dez. de 2008

A magia do realismo

“Striking is hardly a threat when management doesn’t want you to work”
Bruno Lemerle, coordenador da CGT em Sochaux, no NYT.

ADENDA: Novo coordenador da CCOO, a principal central espanhola, defende mais ou menos o mesmo, aqui.

25 de dez. de 2008

Natal dos pobres

A CGD, o colosso da banca Portuguesa que não se sabe se detém ou é detida pelo Estado, "conseguiu" há dias um aval de mil milhões de euros. O Banif ficou-se pelos 50, sabe-se agora. Salom para uns, Castiço para outros...

24 de dez. de 2008

Who needs christmas when you got the blues?



Au Revoir Simone / "The lucky one"

Não menosprezando a excelente escolha dos sempiternos Clash - versão Strummer & the Mezcaleros - a cargo do Justiceiro fafense, deixo aqui também a minha "christmas carrol".
São três meninas de Brooklyn com três órgãos e, provavelmente, fazem chorar um homem adulto e crescido. Alegadamente, são a banda preferida de David Lynch, mas isso não interessa para nada. Tive a sorte de as ver ao vivo no Santiago Alquimista há uns meses atrás e o sentimento de partilha obriga-me a publicar isto aqui.
Santo natalinho ou pura e simplesmente bom convívio.
Haja ternura pessoal.

23 de dez. de 2008

Ai a crise...

Quem me conhece e sabe as minhas tendências políticas tem alguma dificuldade em compreender o asco que devoto aos mercados bolsistas. A artificialidade e a ganância que por ali grassam (para além de eu achar que metade daquele dinheiro que passa de mão em mão pura e simplesmente não existe:)...) estão na base de toda esta crise de confiança (sim, era mesmo confiança que queria escrever, não económica...) que abala o mundo. Mas que ela está aí instalada, isso não há como negar. O problema, na minha modesta opinião, é que esta crise vai servir de guarda-chuva a muita sacanagem por essas empresas fora. Basta esperar pelos resultados de grande parte delas no decorrer de 2009 para se perceber que a crise, afinal, não tocou a todos. É que o discurso, não sei se repararam, já mudou um bocadinho. Já não é 2009 que vai ser o cabo dos trabalhos. Será só o primeiro semestre. O segundo já poderá registar um crescimento pequenino, mas sempre um crescimento...
Nos últimos anos, por força da posição ocupada na empresa onde trabalhava, era obrigado a «gerir» mais de 30 pessoas. Como tal, tornei-me um crítico da forma como o trabalhador português encara a sua actividade. Mas a conclusão final a que cheguei (mesmo antes de ser despedido sem dó nem piedade...) é que o grande problema em Portugal está no lado de quem manda e não de quem obedece. Os gestores nacionais são muito, mas muito maus. Por isso é que acredito que grande parte destes merceeiros vai aproveitar a crise para despedir, reformular, renegociar e reestruturar. Quase sempre em proveito próprio, está bom de ver...

PS: Boas Festas aos amigos de comandita e a quem por aqui passa.

Bom solstício


Não sei a razão, mas no carro, de manhã, ouvia esta música e pensei na sociedade em comandita... Eu seria o bankrobber, o senhor Director seria o assaltado, o mister Yuppie assegurava-me os investimentos feitos com o dinheiro e o chefe Zé Gato andava a tentar apanhar-me... Sim, um disparate, resultante do estado de soneira em que me encontrava. Mesmo assim, decidi (re)postar a música porque a cadência ritmica me faz lembrar as canções de embalar, ou as de natal.

Boas festas, sejam quais forem os vossos credos.

22 de dez. de 2008

Uma questão de matéria prima

Para o bem e para o mal, Santana Lopes é feito de borracha.
Essa é que é essa.

Da estupidez

Se precisar do Winrar, programa extremamente útil que não vem com o Windows, encontra-o em milhentos sitios para download gratuito. O problema, é que em 99% desses milhentos sitios, o ficheiro está comprimido em .rar. Inteligente, não?

E eis que (res)surge Santana

Helena Roseta já não é do PS, não quer saber do PS e - com possível prejuízo para os estes últimos - não é muito bem tratada pelo PS.
Aqui em Lisboa, onde resido e voto, sem coligações e sem surpresas, Helena Roseta garante, pelo menos, 10% da votação autárquica, incluindo votos de "não alinhados" e apreciadores da independência na função da vereação.
Do PS já lhe pisaram os calos, já lhe chamaram lírica, já menosprezaram a democracia participativa, sem receios e medições de consequências. Aqui continuam a colá-la a Alegre quando, apesar de tudo, ali os dois não se confundem. O partido da maioria absoluta, aquele dos tiques da autocracia, poderá bem estar a meter-se num buraco maior que as próprias eleições autárquicas, se continuar a chatear a Arquitecta. Senão vejamos:

(i)As eleições autárquicas precedem as eleições legislativas.

(ii) Cavaco, ainda que balizado pela crise económica, deverá (tentar) ripostar em Sócrates essa tal "afronta" dos Estatutos Político Administrativos. Levará ainda algum tempo, é certo. Mas será com a frieza que o caracteriza e bem mais próximo da hora da verdade (quatro a cinco meses antes das eleições legislativas).

(iii) Ainda que a escolha de Santana não seja umbilicalmente ligada a Manuela Ferreira Leite, uma vitória do anterior não deixará de criar a imagem de "ressurreição" daquele que, ultimamente, é caracterizado pelo partido aos bocados.

O flavour of the month na política autárquica lisbonense - com a projecção nacional que poderá granjear - é, pois, o seguinte:
Terá o PS já pisado o risco o suficiente para Helena não querer nada com Costa e borrifar-se para uma suposta "responsabilidade" pela eleição de Santana?
Tem a palavra Roseta.

Do sentimento de impunidade

Não é de hoje a divisão entre lorpas e espertinhos. Um Estado profundamente burocrático, mesmo com o simplex, e desorganizado cria uma malha tão larga que só não foge quem não sabe, ou pior, quem não quer. Para cada Português que paga e honra os seus compromissos, há 20 que o não fazem... impunemente. Leis e taxas são como o Sol... quando nascem são para todos...

20 de dez. de 2008

The man behind the courtain

Ao contrário do entendimento de alguns analistas, a confirmação pela maioria prevista constitucionalmente, ocorrida em plenário da Assembleia da República, não pode configurar uma afronta institucional de José Sócrates ao Presidente da República. Precisamente porque é prevista constitucionalmente.
Se o legislador constituinte pretendeu - e efectivamente pretendeu - instituir a possibilidade de superação o veto presidencial pelo parlamento, em nome do princípio democrático e representativo, o normal desenvolvimento desse processo não pode, naturalmente, configurar uma anormalidade. Na verdade, foi-se ao ponto de admitir a superação parlamentar de vetos presidenciais, não apenas políticos, como efectivamente vetos jurídicos, superando-se através da maioria prescrita o entendimento do Tribunal Constitucional. Cede pois o princípio da constitucionalidade face ao princípio democrático e representativo.

Em bom rigor, ainda que tenhamos um parlamento "carimbante" - com maioria absoluta e disciplina rígida de voto - não vejo onde poderá residir a afronta ao PR.
O instituto da confirmação parlamentar está previsto na Constituição e assenta no princípio representativo. Por outro lado, a composição parlamentar e a sua feição "carimbante" pelo partido do governo é, também ela, legitimidada por eleições competitivas e assenta, também ela, no princípio representativo.

Onde está, pois, a afronta institucional de José Sócrates a Cavaco Silva? Em permitir a verificação de maiorias com efeitos legítimos e constitucionalmente previstos? Não estranha que Sócrates venha agora, em plena antecipação, afirmar que as relações com o PR são "impecáveis"...
Como poderá responder Cavaco Silva, que para já nada disse? Ainda que se sinta afrontado, nunca o poderá expressar, sob pena de insurgimento político contra o normal desenvolvimento dos mecanismos constitucionais. Logo ele, que também teve dois parlamentos "carimbantes", um sistema de governo, na prática, de chanceler e um Presidente recalcitrante e rabugento, de quem tanto se queixava. Cavaco vê fechada a hipótese de, por este motivo, colocar um ponto final à designada cooperação estratégica, sem que lhe apontem anti-democraticidade, da qual já se escaldou o suficiente.

Depois de arrumar o partido e livrar-se dos oponentes, mais uma vez, no campo da estratégia política - e digo isto sem qualquer adesão à figura ou à ideologia - Xeque-mate para Sócrates. Pergunto-me: será ele que faz este jogo? Or is there a man behind the courtain?

Winy Weekend passions

... with rosemary crackers and bellota

19 de dez. de 2008

O velório do BPP

Parece que os senhores accionistas do Banco Privado Português (BPP) estão reunidos em assembleia-geral. Não é bem um velório (porque o Estado decidiu ligar a instituição à máquina…), mas bem que podia ser. O aval que o Estado (i.e. os contribuintes) concedeu ao banco de João Rendeiro é uma vergonha e absolutamente injustificado num país falido como é o nosso e onde, ainda por cima, existe uma clara situação de overbanking. Como tal, cabe a um mercado verdadeiramente livre fazer a selecção natural de quem sobrevive e de quem tem que encomendar a alma ao criador. O BPP é um caso flagrante de uma nova doutrina que tem vindo a fazer escola junto dos mercados de capitais: privatizem-se os lucros, socializem-se os prejuízos. O que é intolerável, ainda mais quando a crise afecta, sobretudo, as famílias e quem vive (ou sobrevive) do seu trabalho. As actividades especulativas encerram riscos, grandes riscos, e como tal devem ser assumidas. A aplicação de somas consideráveis em fundos altamente voláteis (segundo alguns relatos da imprensa há bancos que investem X em determinado fundo às 20h00 e resgatam as verbas na manhã seguinte) é, assim, uma faca de dois gumes. E quem estiver com a esperança de ganhar muito dinheiro, também deve estar preparado para o perder todo. Por isso é que o Estado devia ter deixado cair o BPP e com estrondo. A perturbação no sistema seria residual (dizem os especialistas). Mas já que o salvou, era bom que mudasse as regras do jogo e voltasse para cima da mesa a tributação fiscal a sério para algumas mais-valias obscenas. Ao menos não se perdia tudo…

PS: Só uma questão: mesmo depois de salvo pelo Estado, haverá mais alguém a confiar no BPP? A instituição de João Rendeiro não ficou com a imagem irremediavelmente danificada? Eu parece-me que sim... Ou então não...

É preciso botar mão nisto

Ninguém quer ficar atrás dos professores. Se eles conseguem pôr cem mil nas ruas de Lisboa, nós... nós fazemos uma greve que tem uma adesão de mais de 100%.

Seremos sempre "os maiores"???

Para tudo existe uma razão lógica. Para tudo tambem, existe uma teoria da conspiração. Não raras vezes, coincidem as duas. A teoria que a seguir escrevo não é minha e devo dizer que fico algo céptico que tamanha orquestração seja levada a cabo no entanto, e como em todas as boas teorias da conspiração, há fragmentos que encaixam.
São históricas as desigualdades entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Durante séculos, a Europa e durante décadas a América do Norte, alimentaram guerra e guerrilhas espalhadas por África, Ásia e América do Sul. Esta foi a fórmula encontrada para cortar o desenvolvimento dos países e manter a hegemonia do eixo Europa-América, a Rússia tem tambem um papel importante. Esta fórmula, assente numa filosofia bonsai, foi sempre maquilhada por ajudas alimentares, perdões de dívida e outros pós de arroz de um lado, e AK's47, O Capital e a Riqueza das Nações por outro. O potencial foi sendo sempre podado e as "plantinhas" controladas. Esta crise revelou que afinal não era tanto assim.
Um grupo impulsionado pelo petróleo e outro pela mão-de-obra e regimes politicos favoráveis, deixaram "em vias de desenvolvimento", para vestir a roupa de "emergente" e são hoje potenciais potências, havendo já certezas tão grandes como China e India. Conseguiram gerar riqueza e fizeram-no suportados numa balança comercial onde as exportações são sempre superiores às importações. Angola cresceu 20% em 2007 e teve um excedente orçamental a rondar os 8%. O rebentar da crise financeira trouxe a certeza. A alta finança Chinesa acudiu os Estados Unidos, a Venezuela substituiu o FMI nos empréstimos aos vizinhos, os Árabes alimentam a "indústria do luxo" e Angola começa a espalhar os petrodolares pela nossa economia. A hegemonia tem os dias contados...
Alertados mas incapazes de usar as "armas" do passado, os EUA, e a Europa na retaguarda, deram inicio ao plano b e tentam "castigar" os emergentes. A forma encontrada foi o petróleo. E é aqui que a teoria da conspiração começa: - a ideia é desvalorizar o petróleo, em todas as frentes apostando nas renovaveis, cuja tecnologia e produção é maioritariamente ocidental, ao mesmo tempo que se tenta limitar a exportação de petróleo falseando niveis de reserva, mapas de procura e com isto manipular o mercado fazendo baixar o seu preço*. Não passa de uma teoria, mas dá que pensar...
*o corte de produção anunciado na quarta foi mesmo de 2 500 000 barris em estimativa, e perto dos 4 000 000 reais. Foi o maior corte da história e que mesmo assim não se reflectiu no preço por barril tendo mesmo descido, ainda que marginalmente, o seu preço.

18 de dez. de 2008

Bodas de ouro

A Euribor cai há 50 sessões consecutivas. Parece que temos de agradecer ao Primeiro não é...

Está a meter-se... ainda leva

Saldanha Sanches decidiu meter-se com a Mota Engil e com o PS. Ainda "leva".
O presidente do conselho fiscal do porto de Lisboa, Saldanha Sanches, duvida da constitucionalidade do contrato pelo qual a administração portuária estendeu até 2042 a concessão do terminal de contentores de Alcântara a uma empresa do grupo Mota-Engil sem concurso público. Para o fiscalista, o polémico negócio pode pôr em causa o princípio constitucional da concorrência, que comete ao Estado como uma das suas incumbências prioritárias "assegurar o funcionamento eficiente dos mercados, de modo a garantir a equilibrada concorrência entre as empresas, a contrariar as formas de organização monopolistas e a reprimir os abusos de poder dominante e outras práticas lesivas do interesse geral".

No Público.

17 de dez. de 2008

Uma anormalidade digna de um anormal

idiotices que são de mais. Aumentar o capital social da CGD em mil milhões de euros depois de ter enterrado mil milhões no BPN só por manifesta falta de bom senso, vergonha na cara, e massa encefálica. Sócrates e cambada estão a brincar com fogo da mesma forma que uma criança incauta experimenta uma tomada. O descontentamento começa a crescer, a situação piora de dia para dia e como se não bastasse, ainda temos de levar com estes otários a desbaratar o nosso dinheiro e deturpar a livre concorrência. Assumam a merda que andam a fazer e paguem a quem devem. Se depois ainda vos sobrarem uns trocos metam-nos onde quiserem. Parem é de uma vez por todas com o gozo...
Peço desculpa pelo tom irritado mas acho que atingi o meu limite de paciência.

Erros do passado...

Antes de mais, é bom lembrar que as garantias do Estado surgiram para colmatar problemas de liquidez. Só depois, e já com o caos instalado, se reformolou o discurso - muito para calar a esquerda que gosta de palavras e se confunde com números - e se passou a dar como objectivo o fomento da economia. Isto é um facto e só por si justifica o comportamento da banca, agora denunciado pelas PME's e criticado pelo governo mas não é parte da equação mais importante.
O que governo, para maquilhar fragilidades da economia, e PME's, para salvar o pescoço, querem é igual, - dinheiro a entrar na tesouraria das empresas e assim mantê-las abertas. A banca está receptiva ao apelo e com vontade de emprestar, desde logo porque esse é o core business de muitas instituições de crédito mas tem receios. É óbvio, que vai aproveitar para se consolidar e curar feridas do passado mas a principal razão para a recusa de empréstimos é o alto risco que eles comportam. Das duas ou três lições que a banca aprendeu com toda esta crise de mercados foi a de que o risco deve ser mais controlado. Foram os empréstimos de alto risco que catapultaram e estiveram na génese da crise, e a memória ainda está bem viva pelo que é natural que a banca aperte o crivo e dificulte o acesso, negando-o até, a quem não se mostrar capaz de honrar o compromisso na contracção do empréstimo. Se os empréstimos forem atribuidos sem critério, que é o que governo e empresas exigem, corre-se o risco de afundar novamente o sistema financeiro e com isso não conseguir salvar a economia. Morre-se mais tarde mas morre-se na mesma e com dores maiores. É vital portanto, que a banca empreste, tão rápido quanto possivel, tanto quanto possivel e a tantos quanto possivel, mas com critério.

Síndrome "Manuel Alegre"*

*ou Servir-se e não Servir

Para acabar de vez com o PSD

Este PSD não tem emenda. Tal como a criança que vai metendo dia após dia os dedos na tomada da electricidade e só aprende quando apanha um esticão valente, o PSD lá caminha de tropeção em tropeção até ao desastre final. A escolha de Pedro Santana Lopes como candidato à Câmara de Lisboa é apenas mais um lamentável episódio de uma triste comédia cujo final todos adivinham. Manuela Ferreira Leite é responsável por uma liderança medíocre, alimentada na sombra por gente como Pacheco Pereira e Rui Rio, atirada para a frente de combate para ser queimada em lume brando. Se os primeiros meses de 2009 confirmarem os piores receios em termos económicos e Sócrates resvalar, haverá de certeza um novo congresso no PSD (que são sempre aqueles momentos de enorme catarse colectiva) e avançará um D. Sebastião (no caso, o actual presidente da Câmara do Porto). No caso de Lisboa, e ao contrário do que disse Luís Delgado (sempre este homem fatal...) na SIC Notícias, Pedro Santana Lopes não vai reunir à sua volta todo o centro direita. Vai é unir contra si toda a esquerda. António Costa muito se deve rir nos últimos dias...

Do Desconto com D grande

Os tempos de crise têm afastado os clientes das nossas instalações. De entre as medidas que adoptámos, o reforço da publicidade e a redefinição de target são duas delas. Para tal, solicitei uma reunião com uma comercial, que é no fundo uma gestora de contas, de uma revista de cabeleireiro, que fiquei a saber ser uma revista de televisão e sociedade. Passei os olhos pela apresentação/documentação que trazia, mediakit será mais correcto e devo confessar que me agradou. Colocámos algumas hipóteses na mesa e fiquei a aguardar orçamento com a promessa de que por cada 2 publicações contratadas teríamos a oferta de uma terceira. Mais para o fim da tarde chegou a proposta que me chocou. A oferta da terceira publicação mantinha-se e somava-se à benesse um desconto de 80%, leu bem, em cada uma das duas primeiras. O preço final a pagar, o que realmente importa, era o que havíamos falado na reunião, quando eu julgava que o desconto era de 33%, mas vinha com um desconto arrasador, - no total, perto dos 87% (90 para 4+2 publicações). É de mim, ou anda tudo doido? Que credibilidade tem um produto com tal desconto? Acredito que achem que os descontos vendem e acredito até que tal se verifique mas o efeito em mim, foi totalmente contrário. Não fosse o preço final tão apelativo...

16 de dez. de 2008

Esquerda alegre (2)

Uma união à esquerda, com o consequente "empurrão" do partido mais central do espectro esquerda para a direita é, curiosamente, uma das principais evoluções no tradicional "sistema de partidos" das democracias ocidentais que o politólogo Maurice Duverger considerou vir a acontecer no fim do séc. XX / início do séc. XXI. Chamou-lhe, do estrito ponto de vista da ciência política, o "esquerdismo".

Não falou Duverger, naturalmente, de qualquer "direitismo" - espectro político este cujos partidos demonstram um maior "potencial mútuo de intimidação" e um potencial de coligação mais frágil.

Portugal é, contudo, um mau laboratório para testar estas teorias. Vejamos:

No que à inexistência de centrismo-direitismo respeita, constata-se que, das duas ADs que contamos, ambas foram abaladas, respectivamente, por um acidente/atentado e por uma fuga indiscreta de informação confidencial - vulgo, conversa privada - por parte de um (menos) líder que precipitou a demissão do outro (mais) líder.

Da primeira AD não se retira, naturalmente, qualquer ilação, senão úma incógnita a variadíssimos níveis.
Da segunda AD resultará , talvez, a lição segundo a qual dois jogadores políticos palacianos - como os líderes em questão - iriam acabar por se tramar mutuamente, seja através de conversas privadas ou invenções de vichyssoises virtuais degustadas em jantares que não existiram.

Em segundo lugar, no que respeita à confirmação do "esquerdismo" - independentemente de admitirmos que o PS puxa à direita, restando saber se foi empurrado ou se para lá caminhou - resta a questão da "união". Qual união?

Dois tópicos:

- O PCP está, como hoje me diziam, mais carecido de assegurar a auto-preservação do que empenhado em ganhar novos caminhos. Que bonita, aliás, a semelhança entre comunistas e igreja católica.

- Manuel Alegre e Francisco Louçã são como o dia e a noite. Imagina-se que uma conversa entre ambos será de surdos.
Louçã não diz anti-fascistas (anti-faxistas), percebe de economia, não pesca nada de espingardas winchester e castas de vinhos e demonstra uma falta de ética do tamanho de uma casa em qualquer debate que participe. É pragmático, ou assim o pensa que é.

Alegre deve pescar - para além de caçar - não percebe de economia e carrega tanta ética em tudo o que diz ao ponto de ser extraordinariamente cansativo. Vive do outro lado do mundo do pragmático. É retórico.

União na diversidade, diria Duverger? Só se for unidade...na diversão.


Teremos petróleo barato depois de amanhã?

A carga fiscal sobre os combustiveis é brutal em Portugal, e faz-se notar na carteira de todos nós. Se retirássemos a componente fiscal continuariamos com um dos combustiveis mais caros da Europa na mesma é verdade, mas marginalmente, - bem longe dos 20 cêntimos que nos separam da vizinha Espanha. (A AdC disse-o hoje) Já o aqui escrevi e reitero, que um bom incentivo à economia seria uma baixa no ISP que para além da vantagem directa traria indirectamente um abaixamento no IVA pago na factura. Tal como o IVA, o ISP é um imposto cego e penaliza quem consome, milhões de Portugueses portanto. A sua redução teria um efeito transversal e bem mais notório que a patética baixa de IVA que numa grande maioria dos casos para o bolso de empresários "menos atentos". Sócrates e a restante equipa ministerial achou o contrário e decidiu mantê-lo intocável. À baixa do barril de petróleo e à sua manutenção abaixo dos 50 USD permitiu a onseuqente baixa nas bombas. O povo está contente e já podemos ir visitar a avó ao fim de semana novamente. Mas tudo o que desce sobe - não é bem assim mas faz de conta - e o petróleo não é excepção. Amanhã reune-se a OPEP e a possibilidade de cortar 2 500 000 de barris na produção diária é para levar a sério. Hoje, os mercados mantiveram-se estáveis, sem grandes descidas ou subidas. A partir de amanhã a verdade será certamente diferente e é bem provável que o petróleo "barato" tenha os dias contados e o Português volte a deixar o brinquedo na garagem.
Quando Sócrates disse que a qualidade de vida iria melhorar pela baixa da Euribor, da inflação e dos combustiveis achei ridiculo, até porque o seu contributo para tal foi 0 (zero), mas nada disse. Como sempre, espero pelos despistes nas curvas. Se o petróleo aumentar no futuro próximo, a culpa de Sócrates será nenhuma (0), mas exige-se, a bem da coerência, que se penitencie pelo sucedido.

Sapatada

O jornalista (???) que atirou com os sapatos a Bush está a ser louvado como um herói por todo o Médio Oriente e já recebe ofertas de trabalho de tudo o que é canal de televisão do mundo árabe. Mais do que demonstrar o rotundo falhanço da doutrina Bush, o que este episódio revela (para lá dos excelentes reflexos do ainda presidente americano, diga-se) é que Obama tem uma tarefa ciclópica pela frente. Sabe que abandonar o Iraque abruptamente conduzirá o país ao caos absoluto. E sabe que também se ficar muito tempo o sentimento anti-americano continuará a crescer, talvez de forma incontrolável. O meio termo ninguém sabe muito bem o que será. Suspeito que nem Obama o saberá...

Paralamas do insucesso

Longe de mim defender Portas ou o CDS, cuja matriz mais clara (democrata-cristã e conservadora) está nos antípodas do que defendo. Longe de mim criticar pessoas simplesmente porque decidem deixar de fazer parte de um partido, pois nunca fiz verdadeiramente parte de nenhum. E não tenho o conhecimento do partido que o senhor Yuppie Boy, por exemplo, tem. Posto o disclaimer, vamos ao post:

Os senhores que se preparam para abandonar o CDS, por causa de uma eventual equidistância que será defendida pelo líder Paulo Portas, não apresentaram nenhuma candidatura alternativa às recentes eleições do partido. Os senhores que se preparam para abandonar o CDS não o fizeram quando Freitas do Amaral e os seus sucessores na área da Democracia-cristã disseram que ele, o partido, estava rigorosamente ao Centro, nem o fizeram quando Manuel Monteiro se foi encontrar com Guterres num quarto de hotel para negociar apoios, nem o fizeram quando Portas acordou com o PS alguns items do Orçamento de Estado, nem o fizeram quando o CDS decidiu "aceitar" o caso Limiano... Os senhores que se preparam para abandonar o CDS não o abandonaram quando era necessário estar de acordo com a, muito variável, opção ideológica do partido, mas abandonam-no agora, quando é possível criar tendências dentro do partido... Será que querem sair de um navio a afundar ou foram convidados pelo porta-aviões ali ao lado?

Longe de mim defender o CDS ou Portas, mas creio que poderia haver uma banda sonora para esta situação com o o refrão daquela música dos Paralamas do Sucesso:
Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei por engano

Rei sem trono

Há já alguns anos, muitos para ser mais correcto, começava-se a falar de regionalização e da possibilidade de se referendar a divisão administrativa do país. Na altura, a Juventude Centrista - Gerações Populares, a actual JP ainda não tinha nascido, tinha um autocolante de campanha onde colocava por baixo dos rostos de Guterres e Jorge Coelho a expressão "dividir para reinar". Parece que Paulo Portas andou a remexer nas arcas das recordações e ele próprio fazer renascer o chavão. O seu CDS-PP é hoje uma amálgama de gente, a quem até reconheço qualidades, amorfa e vergados a um líder que começa a ter demasiadas semelhanças com tristes figuras da nossa história recente. Para que não restem dúvidas, deixem-me dizer que não o estou a comparar a Saddam, como é óbvio - Portas teve menos participação e menos aprovação que o ditador Iraquiano. Todos quanto discordam são convidados ou forçados a sair e não há hoje espaço para a discussão (não ligar ao recente caso de Nobre Guedes). O partido está mais organizado e até tem tido notoriedade mas a aura de desconfiança adensa-se. Os sound-bytes escasseiam e apoio das bases, no PP diz-se gente com enorme sentido de dever, civico e de serviço à comunidade, já era... aliás, já não há é bases. É assim de prever que Portas continue na direcção por muitos e longos anos, mas a dirigir nada, a fazer nada e a contribuir zero... mas como um tachinho dá sempre jeito, aqui fica a minha vénia ao líder.

15 de dez. de 2008

Esquerda Alegre

A esquerda, a democracia, a esquerda, a liberdade, a esquerda, a coragem... É tudo muito bonito, meu caro Manuel Alegre, mas não chega para governar. Não chega para imprimir um novo rumo ao país. Não chega para reformar o que é urgente reformar, muitas vezes doa a quem doer. E por muito que o poeta diga o contrário, o que está em causa é mesmo uma nesga de poder...

Está em atraso e ainda se acha o maior

Quem compra um be ou serviço deve pagar por ele. Quem presta ou vende esse mesmo serviço deve ser pago. Tão simples quanto isto. Justificar atrasos de meses com expressões como a de Conde Rodrigues, onde diz que “os advogados não são funcionários do Estado, pelo que não se pode falar em salários em atraso”, é no minimo fugir à questão de fundo que é tão somente a enorme dívida que o Estado, - a advogados e a outros.
Mas há mais frases brilhantres. Conde Rodrigues devia saber que “Os advogados são profissionais liberais que se candidatam a fazer defesas oficiosas para apoiar as pessoas mais desfavorecidas” apenas e só porque não conseguem angariar clientes ou manter um escritório e este rótulo de altruismo só mesmo por pancadinha nas costas à boa maneira - não te pago mas és o maior.

Os Senhores que se seguem...

É um remake, ou uma reposição se preferirem, mas a novela BCP tem novos capítulos. A não perder... É o preço a pagar por terem apelidado o nosso governador de soneca. Ora aí está... mas descansem, que não dá em nada...

12 de dez. de 2008

Mais do que um corte, um acerto

Já há muito que se esperava este corte. Em Novembro, o cartel preferiu esperar e ver como reagia o mercado mas a reunião de quarta-feira será de acção e reacção à baixa do preço do barril. O corte estimado é de 2 500 000 barris diários (1 milhão a mais quando comparado com o anterior) mas pode ter um efeito reduzido sobre o mercado. A crise instalada, o aumento das reservas e a constante diminuição da procura poderão, e deverão, pesar mais e transformar o corte num "acerto" oferta-procura, sendo previsivel apenas um ligeiro aumento que não deverá traduzir-se em aumento para o consumidor final.

11 de dez. de 2008

Da série "Nexo de Causalidade"

O Sporting venceu na terça-feira o Basileia e o Porto derrotou ontem o Arsenal. Ambos seguem para a próxima fase da Liga dos Campeões e garantem uma importante fatia do orçamento. Ao sucesso desportivo corresponde o sucesso em bolsa. O Sporting segue a valorizar 2,80% e o Porto 5,00%... até que enfim.

10 de dez. de 2008

Post pessoal (apesar de ter muito a ver com o que vamos postando por aqui)

Os trabalhadores não devem estar sempre a evocar a Lei do Trabalho - que deixem isso para os profissionais do trabalho. Devem, isso sim, conhecê-la bem e saber no que podem e não podem transigir. Também não devem estar sempre a evocar má-gestão dos gestores - deixem isso para os gestores da gestão. Devem, claro, ter noções de gestão... até para perceberem quando chegou a hora de abandonar o barco.

O projecto de resolução que podia ter passado mas não passou

Conclusão pessoal sobre uma tempestade num copo de água:
1. Os deputados sempre faltaram. Não é de hoje, nem de ontem e muito menos é um problema do PSD;
2. São maioritariamente as figuras de proa, com responsabilidades dentro dos partidos, que faltam e para a não justificação oficial há quase sempre uma desculpa plausivél;
3. Paulo Rangel esteve no plenário, é um facto (pelo menos, a acreditar na informação oficial disponivel). Portas da Assembleia tipo "saco de gelo" (entra mas não sai) seria uma forma criativa de obrigar todos os deputados a comparecer. De outra forma, não vejo como Paulo Rangel, e outros líderes, poderão controlar a sua equipa;
4. No seguimento da conclusão anterior, concordo plenamente com Ferreira Leite, quando diz que a responsabilidade é individual, ilibando Paulo Rangel. Veremos se depois se retirarão responsabilidades políticas, nomeadamente, nas listas para as próximas legislativas;
5. Marco António Costa, tinha de falar. A necessidade de protagonismo é tal que até um ponto de borboto no cachecol da líder é razão para critica;
Último e mais importante. Não é liquido que com toda a oposição no hemiciclo, os deputados do PS que votaram a favor, o fizessem. É fácil a critica quando inconsequente, - desresponsabiliza e permite o soltar do enfant terrible. Já ao contrário, quando a posição tomada influência a posição global a pressão é outra e o "ganha-pão" pode-se sobrepôr à razão.

Centro de Dia para Idosos Acttivos

Até os milagres têm o seu lado mau. Pelo menos, o milagre da tecnologia tem um péssimo. O meu computador de trabalho deu o berro. Do ligar até ao primeiro movimento do rato vão 20 minutos. Para colocar as "ferramentas" a trabalhar levei outrso 20. Sem pc e a desesperar decidi vir prá rua. O correio já se acumulava e num acesso, raro diga-se, de altruismo ofereci-me para tratar do assunto. Para quem nunca esteve numa Estação dos CTT este post poderá parecer ficcionado mas acreditem que é real. Atravessar a porta é ntrar numa realidade paralela onde o tempo corre a outra velocidade. Os números das "senhas", já de si escandalosos, passam à velocidade do eléctrico. Quando finalmente somos atendidos, notamos que afinal não são funcionários dos correios que estão atrás do balcão mas verdadeiros vendedores, - não quer um phonix?, - os miúdos adoram a Puccca!!!, - e o novo do Paulo Coelho que já vai na edição 33ª?. Pelo meio, lá vão pesando as 234567 cartas que tenho para enviar ao mesmo tempo que me lembram que posso adquirir sobscritos personalizados já selados e ainda poupar uns cobres, o que depois desta minha aventura me parece um excelente negócio mesmo que cada carta fique por 5 euros. Notei tambem a inter-ajuda e extrema desorganização, - foram precisas 3 funcionárias para em 10 minutos não encontrar o livro de receitas pequeno e de capa dura que a velhinha do andar de cima queria dar à nora, uma cabra sem modos e nada asseada, pelo Natal (há sempre o último do Paulo Coelho). E foi assim, que passei a última hora. Agora, e contagiado pela eficiência e dinamismo, achei por bem vir até casa... São boas, tivesse eu o último da Rebelo Pinto e seriam magnificas, estas manhãs de Inverno atrás da janela...

9 de dez. de 2008

Da série "Nexo de Causalidade"

As acções do Sporting caem 5,44% no dia em que o clube pode embolsar 600 mil euros, caso ganhe logo à noite ao Basileia... será pessimismo?

A frieza dos números

Salário de Vitor Constâncio - 250 000 euros anuais (18 vezes o rendimento per capita nacional)

Salário de Ben Bernanke - 140 000 euros anuais (4,2 vezes o rendimento per capita nacional)

A confirmação do que Sócrates não quer ver...

Afinal, nem os números safam a contracção da economia já no terceiro trimestre de 2008. Se no quarto trimestre, e como tudo indica, a contracção se voltar a verificar, aí entraremos oficialmente em recessão. Alguem tem dúvidas ainda?

7 de dez. de 2008

Do discurso e da metodologia

Para combater a crise que se instalou, as palavras de ordem parecem ser gastar, gastar e gastar. Colocar liquidez, inundar o mercado de moeda e esperar que ele reaja. Controlo de défice e inflação são palavras que caíram em desuso e o importante é agora estimular o consumo, quer público quer privado. O governo apresentou, e aprovou, um orçamento fortemente expansionista. Agora apresenta o plano para o sector automóvel, que mais não é do que a “compra” da manutenção de empregos até 2010, - certamente não será este o único sector a precisar de intervenção. Rigor, eficiência ou produtividade também já não são vitais na indústria. A prioridade é a maquilhagem, ainda que temporária, das deficiências do nosso sector produtivo à espera que, miraculosamente, a bonança regresse, - longe vão os tempos do choque tecnológico. Quando tal acontecer, Portugal estará igual a si próprio, obsoleto, desprevenido e fortemente endividado. Vivemos sempre no limiar e o suficiente parece sempre ser bastante. A inércia e a procura de soluções de não rotura colocam-nos numa faixa cinzenta que não reforma, esmorece ambições e paulatinamente, como gostamos, vai-nos afastando dos congéneres.
Os exageros cometidos hoje, serão pagos só amanhã. Sócrates tem razões para sorrir, nós… bem… nós… só mesmo para chorar.
Queria escrever um post a questionar o alto endividamento dos irmãos Martins e do "colosso" Martifer mas... o que saiu foi o que leram. Peço desculpa.

6 de dez. de 2008

Weekend passions... by the river

Para ler ou para passar o tempo, simplesmente.

5 de dez. de 2008

Espremido, este inquérito, dará ZERO

O CDS, que propôs inicialmente a comissão de inquérito ao BPN, quer saber se Vitor Constâncio esteve bem ou não no caso BPN. Já o PS, incomodado com a pressão sobre um ex-secretário geral prefere investigar as figuras laranja de toda esta história. Por outro lado, o PSD quer encobri-las ao mesmo tempo que cerca Constâncio e critica a nacionalização. Ao seu estilo, Bloco e PCP disparam em todas as frentes e querem "tudo preso". No meio de tantas e tão boas intenções, só por milagre obterão conclusões... e é assim mesmo que se quer um inquérito, - informação atrás de informação para se perceber e deslindar coisa nenhuma.

O ajuste esperado

As Euribor voltaram a dar um tombo significativo mantendo a sua tendência desde 10 de Outubro e repetindo a forte quebra de ontem onde os mercados incorporaram por antecipação, a descida da taxa de juro por parte do BCE. Devido à forte descida do juro, a Euribor voltou a colocar-se num diferencial superior a 1% face à taxa mas é expectavel que a correcção seja feita rapidamente. Para mais, estima-se já nova descida, que deverá ocorrer na primeira metade de 2009, por parte do BCE como resposta e tentativa de impulso à contracção esperada na zona euro. O Sociedade continuará a acompanhar a evolução desta referência tão importante para a esmagadora maioria dos Portugueses e fica o compromisso pessoal, de no fim de Dezembro voltar a simular a poupança (espera-se) nos Créditos Habitação.

Ainda havia dúvidas?

Não vejo qual é o espanto numa má decisão de Dias Loureiro. As declarações e toda esta trapalhada do BPN provaram que ou Dias Loureiro é um gestor de trazer por casa que nunca deveria ter sido administrador ou um grande trafulha em pele de cordeiro. Um mix das duas não é hipótese a descurar.

É que hoje encontrei o barbosa

Não poderia cogitar melhor maneira de iniciar a minha colaboração frugal neste blogue do que relatar a todos que hoje encontrei o barbosa nos correios de sete rios.
Para os demais 9.999.998 membros da população (excluindo eu e o barbosa, que não se podia encontrar a si próprio, excepto no campo espiritual), teria sido uma situação perfeitamente normal, talvez até inespecífica. Para mim não o foi.
Pedir recibo num posto dos CTTs é algo o barbosa não devia estar a fazer.
Do meu ponto de vista, o barbosa é imune ao Iva. Aliás, o barbosa é imune ao dia-a-dia, às sub-capitalizações, às greves, ao BPN e ao BPP, aos massacres na Índia e ao dia europeu sem carros. O barbosa é imune ao sistema político, às alianças à esquerda, aos orçamentos e às questões fracturantes da sociedade.
O barbosa é inclusivamente imune ao ténue e fraco cabelo, fruto da alopécia que o apoquentae ao facto de estar vestido completamente de preto, como se fosse de uma banda britânica dos anos 80 numa tournée revivalista da actualidade, para pagar as dívidas.
É-o porque ver o barbosa jogar à bola (actividade que levei a cabo com absoluta compenetração desde o ano de 1994 até à última expulsão no jogo contra o Nacional, em pleno 2005) está para além de todo o exposto.

Encostar à esquerda, derivar para o centro e rematar em arco para a direita não é a definição prototípica de José Manuel Durão Barroso. Longe disso. Trata-se de um golo à barbosa.
Um golo à barbosa: fenómeno raro, de ocorrência contraditoriamente espaçada no tempo e de uma beleza extrema. Testemunhar a letargia deste jogador da bola, à espera que efectivasse potencialidades e carimbasse um curriculum virtual, foi, provavelmente, o maior exercício de paciência que alguma vez levei a cabo.
Mas se este é um mundo de aparências, o barbosa era às claras.
Era um vagabundo errante, ele à espera de existir, eu à espera que ele existisse. E quando existia, explodia lentamente, fugindo aos rápidos numa velocidade inferior, demostrando cabalmente que se encontrava subtraído às ciências exactas, numa realidade paralela incerta.

Disse-lhe "Bom dia". Respondeu "Bom dia, tudo bem, ou não?"

"Ou não". Ainda a incerteza.

4 de dez. de 2008

Da Banca para a economia e da economia para o cidadão

Tal como esperado, o BCE baixou a sua taxa de juro. No entanto, e ao contrário do que previ, o BCE optou por um corte radical e baixou 0,75% fixando-se a taxa nos 2,5%. O que à partida, só podia ser uma boa notícia, deixa transparecer o que já toda a gente sabe e sente na pele, - estamos em crise. No fim do Verão, houve necessidade de apagar o fogo na banca. Garantias dos Estados, nacionalizações e baixa de juros com acesso ilimitado a liquidez foram algumas das medidas que vieram contrariar o colapso eminente do sistema financeiro e reposeram os índices de confiança nos mercados interbancários. Estes voltaram a funcionar e fizeram cair a Euribor libertando contraentes de empréstimos a ela indexados. Por esta altura, já soavam alarmes noutros lados. Será errado dizer que foi a partir do Sistema Financeiro que se propagou à economia real. Está já estava escaldada mas só com a asfixia da crise de liquidez levantou fervura e transbordou. Com esta baixa nos juros o BCE quer apagar todos os fogos e evitar que a água transborde ainda mais. A seguir à crise económica está sempre uma crise social de contornos ainda mais incertos e imprevisiveis. A água já cobre o chão da cozinha. Veremos se a conseguiremos limpar (mais uma voz que confirma que não será em 2009) e quantos levará para as sarjetas, atrás dela. É tempo de apertar o cinto e poupar cada tostão

Em equipa que ganha não se mexe...

Bora lá Vicente...

zero cinco ou zero setenta e cinco?

É mesmo a única dúvida. Trichet anunciará mais logo nova descida das taxas de juro. A economia da zona euro precisa de um empurrão e as taxas de juro são uma ajuda. Que não se pense que são a solução e que nos podemos voltar a encostar mas a poupança que trarão aos créditos já contraídos ou a novos investimentos são sem dúvida benéficos.
O cenário macroeconómico é favorável à redução da taxa de juro de referência da zona euro, o que pode antecipar uma redução de 0,75% mas o conservadorismo e a manutenção da almofada de que tanto gosta Trichet, poderão levar o executivo a baixar a taxa em apenas 50 pontos. Eu, apostaria na última hipótese.

Tempo de crise

Se fôr dos que gosta de comprar o café na boutique Nespresso, - o conceito loja está demodé e não é consentâneo com a imagem da marca, prepare-se para filas acima das 200 pessoas. Foi assim ontem...
PS - Parece que este Natal trouxe o conceito das águinhas para o café. A Nespresso já comercializa, em série especial mais cara óbviamente, café aromatizados com tangerina, caramelo e gengibre. O primeiro é pura e simplesmente uma merda. Mas comprem e provem que a economia não pode parar...

3 de dez. de 2008

É do c...ock

Se a taxa para ajudar os pobres é a Taxa Tobin e a taxa para penalizar as petrolíferas seria a Taxa Robin (dos Bosques), talvez a taxa que cada um de nós tem de pagar para que os bancos sobrevivam devesse ter algo a ver. Pelo menos a sonoridade... Assim, depois de muito pensar (no trânsito), lembrei-me que nos anos 80 havia uma banda chamada Cock Robin, e como Robin já é o nome da outra taxa, talvez pudessemos chamar a esta a taxa cock. Pelo menos é uma taxa do C...ock.

Já chegamos à América?


Será que o Parlamento madeirense tem medo que um dos seus deputados mostre o mamilo como a menina?

Arriscam-se a ficar sem emissão

"Não é fundamental que a transmissão seja feita em tempo real". Não, não é. Mas é fundamental que exista transparência. É fundamental que não seja o partido no poder a decidir o que passa e o que não passa, ao estilo MFL. É fundamental que o cidadão veja, sem filtros e sem cortes, o que se passa na Assembleia Regional. É fundamental que a todos os deputados sejam facultados os mesmos direitos. Diria quase que é fundamental repôr a democracia na Madeira...

A modéstia fica-nos mal

A PGR voltou a investigar o BPN depois da Operação Furacão, depois do governador do Banco de Portugal ter entregue uma série de documentos do caso da Sociedade Lusa de Negócios, a 2 de Novembro. E deste post. A Liga de Clubes decidiu pedir em assembleia geral um reforço de competências para investigar os clubes quando se inscrevem na Liga Profissional para evitar casos como o do Estrela da Amadora. Hoje, três semanas depois deste post.

2 de dez. de 2008

10 diazinhos de férias

Como sempre, sindicatos e patronato não concordam com os números. 56% e 7% respectivamente. Desta vez, tenho de pôr de parte as minhas convicções e ser a favor da greve. São 10 dias de férias pelo preço de quatro... maravilha...

A panelinha

Teixeira dos Santos disse que o BPP não apresentava risco sistémico. BCP, CGD e BPI manifestaram não estar interessados na aquisição. Agora aparecem todos juntos para resolver o problema. Não soa um bocadinho a panelinha??? O Ministro, já nos habituou a dizer o dito pelo não dito e a fazer o que na véspera dizia impensavel. Ao contrário, a banca tem-nos habituado a posições firmes e caminhos bem trilhados. É portanto de estranhar este volte-face. Algo lhes prendeu a atenção ou algum obstáculo lhes saiu da frente... pois... deve ser isso. Na distribuição, ou sorteio, o BPP calhou ao BCP, - a CGD já tem o seu brinquedo e BES, com indices de solvabilidade piores que o BPP, e BPI vão ter de esperar. A espera poderá no entanto, não ser muito longa, Finibanco e BANIF encontram-se com a placa de "Vende-se" à porta...

De tanga...

O PSI 20, tal como o nome indica tem 20 índices dos quais, três são de instituições financeiras. A saber, BCP, BES e BPI. As restantes 17, as não financeiras, atravessam momentos dificeis com quebras quase diárias em bolsa. Estas quebras e desvalorizações fazem com que a sua situação financeira seja ainda mais precária e que as garantias que prestam sejam cada vez menores. Do final de Setembro do ano passado para igual período de 2008, o tatal das suas dívidas subiu 12%. Em sentido inverso, o seu valor em bolsa caiu a pique. Resultado: - as cotadas não financeiras devem 94% do que valem... e a recessão ainda não chegou, pelo menos oficialmente...

1 de dez. de 2008

É o tempo do "barato"

O preço do Crédito Habitação cai dia após dia. A inflação baixa a cada mês e está agora marginalmente acima dos 2%. O petróleo segue-lhes o exemplo e segue tambem a desvalorizar. A ajudar, está a decisão da OPEP no adiamento do corte de produção. O cartel diz ainda não ter conclusões válidas sobre o efeito do último corte, anunciado há pouco mais de um mês, e remete para a reunião de 17 de Dezembro a decisão. O escalar da crise e a consequente baixa na procura de petróleo faz com que o cartel baixe para 75 USD o preço-alvo por barril. Os cortes de juros dos principais Bancos Centrais, que se esperam para Dezembro serão tambem dissuasores do aumento da matéria-prima. É aproveitar para ir visitar a família na quadra...