Para combater a crise que se instalou, as palavras de ordem parecem ser gastar, gastar e gastar. Colocar liquidez, inundar o mercado de moeda e esperar que ele reaja. Controlo de défice e inflação são palavras que caíram em desuso e o importante é agora estimular o consumo, quer público quer privado. O governo apresentou, e aprovou, um orçamento fortemente expansionista. Agora apresenta o plano para o sector automóvel, que mais não é do que a “compra” da manutenção de empregos até 2010, - certamente não será este o único sector a precisar de intervenção. Rigor, eficiência ou produtividade também já não são vitais na indústria. A prioridade é a maquilhagem, ainda que temporária, das deficiências do nosso sector produtivo à espera que, miraculosamente, a bonança regresse, - longe vão os tempos do choque tecnológico. Quando tal acontecer, Portugal estará igual a si próprio, obsoleto, desprevenido e fortemente endividado. Vivemos sempre no limiar e o suficiente parece sempre ser bastante. A inércia e a procura de soluções de não rotura colocam-nos numa faixa cinzenta que não reforma, esmorece ambições e paulatinamente, como gostamos, vai-nos afastando dos congéneres.
Os exageros cometidos hoje, serão pagos só amanhã. Sócrates tem razões para sorrir, nós… bem… nós… só mesmo para chorar.
Os exageros cometidos hoje, serão pagos só amanhã. Sócrates tem razões para sorrir, nós… bem… nós… só mesmo para chorar.
Queria escrever um post a questionar o alto endividamento dos irmãos Martins e do "colosso" Martifer mas... o que saiu foi o que leram. Peço desculpa.
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