16 de dez. de 2008

Teremos petróleo barato depois de amanhã?

A carga fiscal sobre os combustiveis é brutal em Portugal, e faz-se notar na carteira de todos nós. Se retirássemos a componente fiscal continuariamos com um dos combustiveis mais caros da Europa na mesma é verdade, mas marginalmente, - bem longe dos 20 cêntimos que nos separam da vizinha Espanha. (A AdC disse-o hoje) Já o aqui escrevi e reitero, que um bom incentivo à economia seria uma baixa no ISP que para além da vantagem directa traria indirectamente um abaixamento no IVA pago na factura. Tal como o IVA, o ISP é um imposto cego e penaliza quem consome, milhões de Portugueses portanto. A sua redução teria um efeito transversal e bem mais notório que a patética baixa de IVA que numa grande maioria dos casos para o bolso de empresários "menos atentos". Sócrates e a restante equipa ministerial achou o contrário e decidiu mantê-lo intocável. À baixa do barril de petróleo e à sua manutenção abaixo dos 50 USD permitiu a onseuqente baixa nas bombas. O povo está contente e já podemos ir visitar a avó ao fim de semana novamente. Mas tudo o que desce sobe - não é bem assim mas faz de conta - e o petróleo não é excepção. Amanhã reune-se a OPEP e a possibilidade de cortar 2 500 000 de barris na produção diária é para levar a sério. Hoje, os mercados mantiveram-se estáveis, sem grandes descidas ou subidas. A partir de amanhã a verdade será certamente diferente e é bem provável que o petróleo "barato" tenha os dias contados e o Português volte a deixar o brinquedo na garagem.
Quando Sócrates disse que a qualidade de vida iria melhorar pela baixa da Euribor, da inflação e dos combustiveis achei ridiculo, até porque o seu contributo para tal foi 0 (zero), mas nada disse. Como sempre, espero pelos despistes nas curvas. Se o petróleo aumentar no futuro próximo, a culpa de Sócrates será nenhuma (0), mas exige-se, a bem da coerência, que se penitencie pelo sucedido.

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