4 de dez. de 2008

Da Banca para a economia e da economia para o cidadão

Tal como esperado, o BCE baixou a sua taxa de juro. No entanto, e ao contrário do que previ, o BCE optou por um corte radical e baixou 0,75% fixando-se a taxa nos 2,5%. O que à partida, só podia ser uma boa notícia, deixa transparecer o que já toda a gente sabe e sente na pele, - estamos em crise. No fim do Verão, houve necessidade de apagar o fogo na banca. Garantias dos Estados, nacionalizações e baixa de juros com acesso ilimitado a liquidez foram algumas das medidas que vieram contrariar o colapso eminente do sistema financeiro e reposeram os índices de confiança nos mercados interbancários. Estes voltaram a funcionar e fizeram cair a Euribor libertando contraentes de empréstimos a ela indexados. Por esta altura, já soavam alarmes noutros lados. Será errado dizer que foi a partir do Sistema Financeiro que se propagou à economia real. Está já estava escaldada mas só com a asfixia da crise de liquidez levantou fervura e transbordou. Com esta baixa nos juros o BCE quer apagar todos os fogos e evitar que a água transborde ainda mais. A seguir à crise económica está sempre uma crise social de contornos ainda mais incertos e imprevisiveis. A água já cobre o chão da cozinha. Veremos se a conseguiremos limpar (mais uma voz que confirma que não será em 2009) e quantos levará para as sarjetas, atrás dela. É tempo de apertar o cinto e poupar cada tostão

2 comentários:

Anônimo disse...

Pode ser uma boa notícia, mas é sinal que a coisa está muito má.

Yuppie Boy disse...

Exactamente