Helena Roseta já não é do PS, não quer saber do PS e - com possível prejuízo para os estes últimos - não é muito bem tratada pelo PS.
Aqui em Lisboa, onde resido e voto, sem coligações e sem surpresas, Helena Roseta garante, pelo menos, 10% da votação autárquica, incluindo votos de "não alinhados" e apreciadores da independência na função da vereação.
Do PS já lhe pisaram os calos, já lhe chamaram lírica, já menosprezaram a democracia participativa, sem receios e medições de consequências. Aqui continuam a colá-la a Alegre quando, apesar de tudo, ali os dois não se confundem. O partido da maioria absoluta, aquele dos tiques da autocracia, poderá bem estar a meter-se num buraco maior que as próprias eleições autárquicas, se continuar a chatear a Arquitecta. Senão vejamos:
(i)As eleições autárquicas precedem as eleições legislativas.
(ii) Cavaco, ainda que balizado pela crise económica, deverá (tentar) ripostar em Sócrates essa tal "afronta" dos Estatutos Político Administrativos. Levará ainda algum tempo, é certo. Mas será com a frieza que o caracteriza e bem mais próximo da hora da verdade (quatro a cinco meses antes das eleições legislativas).
(iii) Ainda que a escolha de Santana não seja umbilicalmente ligada a Manuela Ferreira Leite, uma vitória do anterior não deixará de criar a imagem de "ressurreição" daquele que, ultimamente, é caracterizado pelo partido aos bocados.
O flavour of the month na política autárquica lisbonense - com a projecção nacional que poderá granjear - é, pois, o seguinte:
Terá o PS já pisado o risco o suficiente para Helena não querer nada com Costa e borrifar-se para uma suposta "responsabilidade" pela eleição de Santana?
Tem a palavra Roseta.
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2 comentários:
E o Bloco vai aproveitar a situação?
Já tiraram ticket para uma audiência pelo menos.
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