30 de nov. de 2008

Nova imagem

O nevão do fim de semana apressou a chegada do Inverno. O Sociedade acompanha a Estação e veste-se de branco. Esperemos que o novo look agrade.

29 de nov. de 2008

Weekend passions... at D.O.C

(site carregando na imagem)
Carpaccio de lingua de vaca; Risotto de sapateira com linguado (divinal); Bochechas de Bízaro com açorda de cogumelos; Carpaccio de frutas; Ázeo Branco 2007; Pintas Character 2006; G-Vine tónico (a lista de vodkas é de fugir).

O sacrificio de um para o bem de todos

Tal como já havia aqui escrito, se Rendeiro abandonasse, como abandonou, a solução aparecia, como apareceu. Mas o abandono de Rendeiro levanta outras questões bem como traz outras conclusões. Os accionistas estão solidários com o ex-Presidente, acreditam no BPP, mas não têm capital para investir (o quadro accionista tem vários fogos para apagar) ou não o querem ver cativo na instituição. O Know-how de Rendeiro seria certamente uma mais-valia na recuperação da instituição. O seu afastamento, a que acedeu a bem da instituição, pode ser sinónimo de suspeitas... veremos.

28 de nov. de 2008

Euribor is falling down, falling down, trá lá lá

Os índices de 3 e 6 meses fixaram-se em 3,853 e 3,897 respectivamente. Com estes dois indices, fecha-se o ciclo de Novembro e obtêm-se os novos indexantes a usar em Dezembro e os valores para corrigir os Créditos mais antigos. No caso da taxa de 3 meses, serão revistos os Créditos actualizados em Agosto. Já para a taxa a 6 meses, o mês a ter em atenção é Maio. Quer num caso, quer noutro, a alteração será notada na carteira de forma significativa. No gráfico, podem ver as duas evoluções (a claro as taxas anteriores).

(no excel estava com melhor aspecto garanto)

Para o empréstimo tipo de 100 000 euros, a 30 anos e com spread 0,7% as poupanças serão de 45,14 e 37,37, para 3 e 6 meses respectivamente. Para se adaptar a casos particulares devem ser levados em conta os seguintes factores:
. a poupança aumenta com a subida do montante financiado;
. a poupança aumenta com o alargar do tempo de empréstimo;
. a poupança aumenta com o aumento de spread mas a variação é pouco significativa.

Quem pagará? E como pagará?

No dia 21 deste mês, fiz questão de colocar aqui no Sociedade, o link de uma notícia onde Sócrates afirmava que não existiam razões para alterar as previsões de crescimento para 2009. Nos comentários surgiu uma justificação, cujo ponto de vista é absolutamente correcto, para o caso baseada na imprevisibilidade da conjuntura que não permitia corrigir os valores com rigor. Na mesma caixa de comentários tambem, afirmei depois que o problema está a montante, na primeira e até agora única previsão apresentada. Porquê? O orçamento é um documento de extrema importância onde se reflectem todas as linhas de acção de um executivo e o quanto cada uma dessas linhas se pode "esticar". Prever receitas por execesso, como se verificará neste orçamento se a economia não crescer os esperados 0,6% (o diferencial entre a previsão do Governo e a da OCDE custaria 480 milhões), resulta em uma de duas hipóteses: - divida pública a aumentar para fazer face às despesas; - não cumprimento do orçamento metendo medidas na gaveta; - eventualmente poderão ocorrer as duas hipóteses cumulativamente.
Se a segunda hipótese é má pois obriga a contracções no investimento e consequentes abandonos de projectos a primeira não é melhor. No curto ou no médio prazo, o diferencial vai ser pago por um orçamento posterior, - pelo lado da despesa, com cortes no investimento, ou pelo lado da receita, com aumento de impostos. De uma ou de outra forma saíremos sempre prejudicados e com a necessidade de remediar. Lembram-se do ditado?

Piadas que a crise trouxe

Ao que parece, voltou-se a casar por amor.

27 de nov. de 2008

De pequenino...

Antes de Cavaco Silva foram 8 os líderes que ocuparam durante 11 anos a cadeira do poder no PSD. Depois do nosso Presidente, já lá vão 13 anos desde o abandono da liderança, foram apenas 7. Afinal, o PSD não é esse partido de convulsões como muitos dizem ser. Pelo menos, já o foi mais no passado.

OE 2009 - Salário Minimo Nacional já aprovado

Já estava anunciado mas faltava ainda a aprovação do Conselho de Ministros, o que aconteceu hoje. Os 450€ são uma realidade e cabe agora aos empresários, mais do que ao trabalhador, rentabilizar o investimento.

Ou talvez não...

Teixeira dos Santos, 6 de Outubro de 2008

Os abutres

Numa reacção rápida, poderia dizer que o que se propõe hoje para o BPP é a prova do que escrevia há uns dias sobre João Rendeiro, o rosto do banco. Continuo a acreditar nesta tese mas esta proposta pode ser ainda mais perversa e esconder o que de pior há na banca. Já se tinha notado que não havia interesse em salvar o banco e que para sustentar essa posição, Teixeira dos Santos e Vitor Constâncio enumeraram um sem número de razões, que tanto corroboravam a decisão como apontavam o sentido inverso. Mas ficou um assunto pendente, - a divida à banca internacional. Apesar de o risco sistémico da falência ser diminuto, o "calote" no estrangeiro daria má imagem da banca nacional e dificultaria, ainda mais, o acesso a crédito interbancário. É neste contexto que os abutres, que no passado rejeitaram absorver o BPP, aparecem agora. Não para salvar a instituição mas para se livrarem de possiveis incómodos. "Uma cajadada, dois coelhos", - enterra-se Rendeiro e resolve-se a dor de barriga lá fora.
Aceitará o BPP esta proposta? A sua posição fragilizada, a AG para aumento de capital parece mesmo a única saída, tudo leva a crer que sim mas o que a proposta oferece não traz nada de bom. Bem vistas as coisas o que propõe ao BPP é o afastamento da administração, que seria substituida por gente do BdP responsavel por salvar, leia-se vender, os activos e com poderes para fechar a instituição. Ao mesmo tempo, querem que accionistas e clientes continuem a assumir as suas responsabilidades, ainda que já afastados numa espécie de "vou a jogo mas com o teu dinheiro"...
Como contribuinte sinto-me agradado e contente por ter um governo que me protege, ainda que num passado recente o não tenha feito. Já como cidadão, envergonha-me que o crime seja recompensado e que mais uma vez o Português prove que o mal dos outros é a sua maior alegria.

26 de nov. de 2008

Boas e más noticias (act)

Como não sou guloso mas gosto de ficar agradado no final, primeiro as más:
A OPEP vai reunir dia 29 e o corte na produção de petróleo é já certo. Para mais, a Rússia anunciou que pode tambem cortar a sua produção, em consonância com o cartel. Resultado: petróleo mais caro.
O BCE vai voltar a baixar a taxa de juro, disse Trichet. Resultado: os empréstimos vão continuar a baixar.
O saldo é mesmo assim positivo, principalmente, se as reservas americanas de petróleo subirem (o anúncio é feito hoje à tarde)(confirma-se)

BPN e o PSD

Mais dois: o padrão começa a aparecer. Mas atenção, isto é boca de quem só quer denegrir o PSD. Dias Loureiro é o caso mais visivel e como sabemos, Cavaco já lhe demonstrou toda a sua confiança. Precisamos de mais provas de inocência? Ou precisamos de investigar mais?

O homem e o banco

João Rendeiro é o empresário de quem se fala. Para o bem e para o mal, fundamentalmente para o mal, o BPP está intimamente ligado à sua imagem e os dois são indissociáveis. Num período em que o banco atravessa uma grave crise de liquidez, o homem por trás dele não se esconde em copas nem espera que lhe venham resolver o problema, como aconteceu no caso BPN. Rendeiro é um dos empresários da nova geração. Hoje é fácil criticar a sua gestão e as suas opções mas não podemos esquecer a progressão que teve e os lucros que distribuiu. Confrontado com a crise e a possibilidade de colapso (ainda continuo a achar que há manifesto exagero nas previsões) o seu pragmatismo e a assertividade na acção. Parece hoje óbvio que governo e BdP não vão dar a mão ao BPP. Os "grandes" da banca tambem não se mostraram interessados na aquisição ou troca de capitais. Resta ao BPP, o BPP. Depois das declarações de Saviotti e da convocação do Conselho Consultivo e Assembleia Geral parece claro que à empenhamento na resolução, nem que seja pela via do aumento de capital. A colecção Ellipse, menina dos olhos de Rendeiro é outra opção, ainda que o seu valor obtido com a sua venda não consiga fazer face às necessidades. A possibilidade em cima da mesa da venda da colecção é, só por si, a prova do pragmatismo e da determinação na resolução do problema bem como do corte radical com a mentalidade Portuguesa, - “matava o paizinho se vendesse”, ou “está na família há anos”, ou “prefiro morrer”, ou ainda “mais vale pequeno e meu do que grande e partilhado”. O importante é mesmo salvar o "ganha-pão", - separar e largar o acessório para centrar a atenção no essencial, algo muito dificil de encontrar no "empresário/gestor" Português.

Disclaimer: A minha admiração por João Rendeiro pode em certos momentos deturpar a visão e percepção. Tentei e tentarei sempre que tal não aconteça.

25 de nov. de 2008

Quebrada a barreira dos 4% com poupança a aumentar

A Euribor a 6 meses desceu hoje 25 pontos fixando-se nos 3,995%. Apesar das taxas estarem a baixar, consecutvamente, há mais de um mês, só quem vir o seu crédito revisto em Dezembro beneficiará... os outros ainda vão ter de esperar.

No empréstimo tipo (lembram-se?), a poupança, face ao dia 9 de Outubro, vai já nos 90,76€.

Filhos e enteados

A grande diferença que separa o BPN do BPP é o camião TIR de ilegalidades que se praticavam no primeiro. De resto, os casos são muito parecidos, se não, vejamos.
Teixeira dos Santos diz que não há risco sistémico, e eu concordo, se o BPP falir. Já no caso do BPN, o Ministro julgou ao contrário, o que é no mínimo discutivel. E isto, pelas dimensões dos bancos em causa. Um representa 0,2% o outro, é um gigante e representa 2. Contas feitas, um tem direito a 45 milhões, o outro a 450 milhões mas há más linguas que falam em mil imagine-se. Tambem os depósitos separam as instituições, - se no BPP eles chegam por transferência, no BPN chegam tambem por depósito ao balcão. De qualquer uma das formas, é dinheiro do cliente, o tal individuo a quem Teixeira dos Santos prometeu garantias do dinheiro depositado, ou estou enganado?
As duas razões mais apontadas pelas auroridades para deixar cair o banco, têm toda a razão de ser mas o precedente BPN vem estragar as contas. Como não creio que o governo contrarie Vitor Constâncio, só posso concluir que afinal, o crime compensa e que o BPP vai ter de encontrar o seu caminho sozinho, - que ao que parece é mesmo a soluçaõ.

MFL e Constâncio são primos?

Ontem, em entrevista à RTP, Vitor Constâncio dizia-se linchado pela opinião pública que o culpava de toda esta situação na banca nacional. Deu depois exemplos de países estrangeiros onde as fraudes foram maiores e as falências saíram mais caras. É sempre positivo justificar um erro com outro erro. Por outro lado, é bom ver que Portugal se tornou num país exigente e rigoroso. Ou isso é só para os outros?

24 de nov. de 2008

Vamos lá queimar 45 milhões...

Independentemente da necessidade, da existência ou não de risco sistémico, da quota de mercado, do papel do BPP no mercado de financiamento, e outros factores que pesaram na decisão de Vitor Constâncio, há algo de absolutamente incrivel nesta decisão. Se o Banco precisa de, no mínimo, 500 milhões de euros para continuar em funcionamento, oferecer-lhe aval a menos de 10% desse valor só por brincadeira. Nem aquece nem arrefece e nas contas do contribuinte pesam. Não sei se Constâncio tem a noção do que anda a fazer ou se o facto de o tirarem do seu "laboratório" lhe tem afectado a oxigenação cerebral mas que algo vai mal, vai. Permitir que as portas estejam abertas mais dois meses para depois fecharem não é ajudar, é queimar dinheiro.

As novidades estão a chegar

Just wait and see

O cerco a apertar

Camilo Lourenço, Jornal de Negócios

Paradoxo?

Milhares de páginas na internet anunciaram e anunciam a salvação do Citigroup. Curiosamente, a grande maioria delas é patrocinada. Por quem? Pelo citigroup, quem mais? São os dias de hoje...

Duo Ouro Negro

Na primeira entrevista de Obama após a sua eleição, chamou-me à atenção a sua preocupação com a energia. Obama trouxe para as eleições o debate sobre o caminho a seguir na procura de alternativas ao petróleo. Quando questionado sobre se este seria o momento certo, dados os baixos preços, o petróleo negoceia hoje abaixo dos 50 dólares, responde "hoje, mais que nunca" acrescentando que "nos mercados do petróleo só existe o choque e o êxtase" e portanto, é preciso agir de forma a criar evoluções mais calmas e estabilizar o seu preço. Nada mais acertado. Veremos a acção...
Obama tem um discurso cativante e recheado de boas ideias, onde tudo parece realizável e banal até. Coloco muitas reticências na realização de grande parte das medidas, até pela limitação temporal de um mandato, e antevejo alguma desilusão nos "crentes" mas Obama pode ser a viragem e o reformador, que os EUA precisam. Não contemos que ajude a Europa se tal não os beneficiar, mas se pelo menos servir de exemplo...

Euribor a 3 meses já está abaixo dos 4%

Mais uma barreira quebrada no caminho até aos 3,25 (referencial que poderá, e deverá, baixar ainda este ano).
No empréstimo tipo (lembram-se?), a poupança, face ao dia 9 de Outubro, vai já nos 89,26€.
Valores da Euribor no dia de hoje (24-11-2008):
3m - 3,970%
6m - 4,020%

23 de nov. de 2008

De carro ou autocarro, o importante é chegar

A notícia já é de ontem mas só agora tive tempo para escrever as duas linahs seguintes. Já se percebeu que Portas quer voltar a ser governo. Num cenário de inconstância e de muitas dúvidas quanto ao rumo futuro, da economia e não só, a vitória do PS nas próximas legislativas, muito por culpa do PSD, parece certa. Quanto à maioria, as dúvidas são maiores e a degradação social e aumento da contestação ao executivo de Sócrates podem roubar alguns deputados. Portas já o percebeu e coloca-se equidistantemente em relação aos dois maiores partidos, com uma postura responsável e pró-activa fazendo o trabalho de casa. Esta comissão agora viabilizada é só mais um exemplo e mostra muito do que Portas quer para o "novo" CDS. Visibilidade, sentido de Estado e o ressurgimento como alternativa credivel. Veremos...

22 de nov. de 2008

Weekend passions... in pink

carregar na foto para aceder ao site
Há quem diga que é vodka de mulher... duas gotas de limão e gelo tornam-na unissexo.

21 de nov. de 2008

Para memória futura

Proposta gravosa??? Sim, mas para quem paga o salário

Com uma crise internacional prestes a estoirar (em Portugal a estatistica foi madrinha e só estoiramos no próximo trimestre), um crescimento esperado em 2009 de 0,6% do PIB (previsão mais do que optimista avaliando os dados que vão chegando) o Governo arriscou aumentos de 2,9% para a função pública. Disse-o aqui, que o aumento proposto era irrealista e que significará impostos a médio prazo, - o diferencial entre a diminuição da receita e o aumento da despesa tem de ser pago um dia, convicção que mantenho hoje. Compreendo que a função pública perdeu poder de compra nos últimos anos e que merece (?) recuperá-lo, mas não pode exigir mundos e fundos em períodos como este. A responsabilidade tem de ser transversal e todos temos de desempenhar o papel da melhor forma que conseguirmos. Pedir 3,5% de aumento (3,4 dizem os mais comedidos) quando o resto do país só pede emprego e salário é uma afronta.

Mais valia ter estourado tudo em mulheres e carros

América Areal ganhou o totoloto com a venda da Asa e então decidiu cumprir um sonho de criança: abriu a maior livraria do país (chuift...sgrunft :¨/). Como os outros estouvados que ganham o totoloto, Areal quis tudo em grande. Não foi um Ferrari nem uma casa em Cascais, mas uma livraria. A maior, claro. Que agora faliu. Se calhar teria sido preferível comprar uma casa no Algarve e um Ferrari, ou então gastar o dinheiro todo em prostíbulos. Pelo menos assim seria só ele a sofrer as consequências dos seus erros e não os colaboradores que contratou e as suas famílias. E estaria decerto mais satisfeito.

BPP - the day after

Haverá a falência de um Banco em Portugal? Será o BPP? Eu responderia não às duas. Mas com calma e com algumas ressalvas. O estado de alguns bancos Portugueses é débil, - todos de pequena dimensão mas suficientes para lançar o pânico. O Finibanco parece ter encontrado a tábua no páis vizinho e Horácio Roque jura a pés juntos que a sua instituição está agora no bom caminho (frutos da agressiva campanha de renovação de imagem). Falta o BPP de João Rendeiro, que tem alguns pontos a seu favor que poderão levar o supervisor ou mesmo o Governo a estenderem a mão:
. Desde logo a manutenção do estado de aparente acalmia que se podia transformar completamente com o colapso de um banco. Governo e BdP farão os possiveis e os impossiveis para que tal não aconteça.;
. A alavancagem do BPP era baseada na participação dos seus clientes pelo que a sua falência iria lesar "depositantes", algo que Teixeira dos Santos disse que não aconteceria;
. O seu lucro baseava-se em práticas de alto risco que levaram a uma descapitalização forte da qual, por falta de regulação e fiscalização o BdP é co-responsavel. O estado de fragilidade de Constâncio poderá ser favorável ao anuir do Governo e BdP para que não surja mais uma bomba;
. O modelo de negócio do banco é bastante rentável e o banco pode ser sólido bastando para isso, que se aumentem liquidez e margens de segurança que permitam ultrapassar crises como a que vivemos.

20 de nov. de 2008

O círculo vicioso

A Caixa Geral de Depósitos pede ao Estado que avalize um empréstimo para a Caixa Geral de Depósitos poder pagar borradas e políticas do Governo. É quase um circulo perfeito não é? Quase, porque uns fazem a borrada e nós,... bem,... nós pagamos.

As contas do golpe: 100 euritos mais subsidio de alimentação

Montou esquemas, burlou accionistas, deixou-se burlar, comprou, vendeu, trocou e fez com que um banco caísse. A factura vem com o número de contribuinte de nós todos e tem tantos zeros quantos os jogadores de futebol de uma equipa, qualquer coisa como 100 euros por português. A partir de hoje, e como se já não bastasse, o Sr vai começar a comer à nossa custa... De mau, só mesmo a vista.

Da série "Nexo de Causalidade"

O preço dos combustiveis, que permanecem caros mesmo com a queda no preço do petróleo, e a crise generalizada fazem com que muitos Portuguese deixem o carro em casa. Isto é um facto. Ao que parece, outro facto, é a melhoria no negócio dos táxis. Criar um nexo de causalidade enter o primeiro e o segundo é que já me parece dificil... mas há quem o faça, apesar de nem no sector haver unanimidade.

Megalomanias à Portuguesa

Por falar em suspender a democracia

A FENPROF promete abandonar a reunião com a ministra da educação se nos primeiros minutos Maria de Lurdes Rodrigues não falar da suspensão da avaliação. Ontem, Mário Nogueira esteve reunido com o secretário de estado adjunto, mas saiu ao fim de 5 minutos.


Pois, estou vendo... como é que eles diziam na manifestação? "Não está em causa sermos avaliados"... Pois não, pois não. Ummm...

19 de nov. de 2008

BPP é o novo BPN?

O BPP é a primeira instituição a pedir o uso do aval do Estado para a obtenção de um empréstimo de 750 milhões de euros junto do Citi. Dizia-se ontem, com "grandes certezas", que o BPP ia fechar e que finalmente viam Rendeiro cair. Notava-se contentamento em veicular a mensagem, a inveja no seu melhor. João Rendeiro é efectivamente um homem marcante, - afável, culto e bastante assertivo nos ataques que desfere (o caso BCP é só um exemplo). É por isso natural que alguns, que não reunem nenhuma destas três qualidades, se contentem com a desgraça alheia, - típico.
Embora sem grandes certezas, parece-me que os foguetes foram lançados muito cedo. O BPP é banco de gestão de fortunas e por isso tem mais dificuldade em recolher "depósitos" dos seus clientes. Num cenário de crise como este, ou pelo menos o de há uns dias, era de esperar que o banco visse a liquidez em baixa diminuindo a sua capacidade de acção. Existindo um aval do Estado, que permite "prémios" mais baixos nos empréstimos, tambem é fácil de perceber que só não recorre a ele quem não pode ou quem é estúpido. Mais, o BPP ao obter financiamento nos parceiros evita a alienação de património que num cenário de crise generalizada e de "venda rápida" seria bastante lesivo para o BPP. É verdade que pode já não haver património/activos para alienar como no BPN e este empréstimo ser só um balão de oxigénio. Pode, mas não creio...

Sempre a defender a precariedade

O que mais irritou no discurso de Manuela Ferreira Leite, de suspender a democracia por seis meses, é que se percebeu o seu esquema mental. A ideia é fomentar a precariedade. Se ainda fosse contrato de seis meses renovável no seu termo, por três vezes, ainda vá lá. Agora assim... assim mais vale esta ditadura a recibo verde, que é passado aos nossos políticos sempre que há eleições.

inverse mode

Esta estratégia, aparentemente senil, de Manuela Ferreira Leite dizer no mínimo um disparate por dia, às vezes mais, pode dar os seus resultados. Se nos abstrairmos de partidarites e nos centrarmos só no discurso político, julgo que grosso modo gostamos da mensagem e percebemos o seu ponto de vista. Confiamos, votamos e aí estão eles a governar ou na assembleia a palrar, - trabalho, reformas e progresso para o país é que nada, zero. É aqui que o PSD pode encontrar o seu furo bastando para isso passar a mensagem, apesar de não ser fácil, de que a competência de um político é inversamente proporcional à sua lábia. MFL poderia não só ganhar, como ficar muito próxima da maioria.

18 de nov. de 2008

Bravo DECO, bravo...

No dia 6 de Novembro de 2008, Trichet anunciou a última baixa nos juros do BCE. Fez questão de deixar o recado de que a ajuda dada deveria ter repercussões no dia-a-dia. À altura, o abrandamento da economia real era já uma realidade e a preocupação transferia-se dos mercados financeiros para a economia real. A confiança restabeleceu-se, a normalidade era outra vez regra, os parceiros eram de novo parceiros e era tempo de preparar o futuro. Assim foi, - a Euribor já descia há muito e os empréstimos iriam baixar mais dia menos dia (Dezembro é aqui a data a fixar). Mas havia feridas e inimigos assinalados a eliminar. E é aqui que a DECO assume o seu papel.
Aquela que se diz defensora do consumidor tem enfiado prego sobre prego até ao enterro final. Há meses, anunciou vitoriosa que os bancos não cobrariam mais comissões de abertura (prémio para análise de comissão) e o cross-seling era coisa do passado. O governo acedeu e os bancos anuiram. Agora, e a cobro da crise, escudo para muita decisão estratégica que virá, a banca pode mostrar as garras. A loucura do crédito fácil acabou, já não impinge o cartão de crédito, já não exige que os pagamentos sejam feitos por débito directo nem tão pouco domiciliação de vencmento (enquanto ele não fôr pago pelo Centro de Emprego), até poupa os perto de 200 euros de abertura de dossier ao cliente incauto. Boa vontade? Caridade? Nada disso. O monstro acordou e mais que nunca pensa em se alimentar, - não aceita qualquer cliente, só quer a carne do lombo (clientes com grandes rendimentos) e as recusas são regra. O feitiço virou-se contra o feiticeiro e a vitória de outros tempos redunda num enorme fracasso. Hoje o crédito custa zero, tão somente porque não se faz. Mais, o Millennium apresentou o novo preçário, com grandes agravamentos no spread, e outros lhe seguirão, - ainda que off the record, a Caixa também já o anunciou . Bravo DECO, bravo...

Endoideceu

Os campeonatos são provas de regularidade e por isso mesmo, devem ser atribuidos consoante a pontuação obtida ao longo de todas as provas. Isto é assim para todos os desportos e tem funcionado, a Fórmula 1 não pode ser excepção. Para mais, a justifição apontada não colhe pois todos os pilotos lutam pela vitória, pelo menos os que lutam pelo título. Se o conseguem ou não, nem sempre depende deles. Tambem o exemplo de Hamilton é triste. Hamilton ficou em quinto na última prova e mesmo assim ganhou o campeonato porque até aí, tinha sido melhor e a diferença amealhada foi a suficiente. Nesta história de atribuir o campeonato atraves das medalhas só vejo uma vantagem, - ter os pilotos da frente na luta pelo título até à útima corrida.

A subjectividade dos números

A estatistica é uma ciência objectiva mas um mesmo valor pode ser usado para fins antagónicos. Hoje, confrontado com os números do desemprego, Sócrates preferiu, até porque lhe dava mais jeito, falar na progressão homóloga. Há hoje menos desempregados, em percentagem, do que havia em igual período do ano passado. Isto é um facto e é inegável mas usar esta evolução para justificar o "bom trabalho" e esquecer a subida significativa no trimestre onde tradicionalmente o desemprego mais desce só pode ser manipulação de números. Este é um claro sinal de contracção nas contratações e o começo de uma onda de não renovações e despedimentos. Compreendo que o façam por motivos eleitoralistas mas quanto mais tarde assumirem a recessão mais perto estarão das eleições e é aqui que ponho em dúvida a estratégia que Sócrates e o governo escolheram, - esticar a corda ao máximo e esperar que rompa só depois das eleições. A conjuntura internacional parece não querer colaborar e os resultados positivos de agora, ainda que marginalmente, fazem prever a recessão para breve. Alimentar o discurso de que tudo vai bem só funciona no curto prazo e as más noticias às portas das eleições podem funcionar como bomba...

As batalhas e a guerra perdidas

No trimestre onde o trabalho sazonal tem mais peso e onde tradicionalmente o desemprego diminui, Portugal conseguiu que ele aumentasse em 4 décimas face ao trimestre anterior. Sabe-se há muito que a promessa dos 150 000 novos postos de trabalho vai fracassar. Sabemos agora, que a tendência de criação se inverteu. Só falta mesmo saber a dimensão do fracasso.

Mais uma barreira quebrada

A Euribor a 6 meses, aquela que ouvimos sempre dizer ser a mais usada no Crédito Habitação em Portugal, já está a menos de 100 pontos da taxa referência do Banco Central Europeu, - 3,25%. Desde o passado dia 9 de Outubro, dia de máximos históricos, foram 28 sessões, se a memória não me falha, sempre a descer. Pelo meio, dois cortes do BCE que fizeram cair a taxa 1%. Contas feitas, pode-se dizer que a Euribor recuperou mais do que a benesse dada por Trichet o que só pode ser uma boa notícia. A confiança já chegou aos mercados financeiros e ao que parece, veio para ficar. O problema, que já o era no passado recente, é a economia real. Essa está parada, ou a andar para trás e não se vislumbram melhores dias.
Face a 9 de Outubro, a poupança no empréstimo tipo usado no Sociedade é agora de 77,52€ contra os 61,53€ de há uma semana atrás.

E na Madeira...

Não quero estar sempre a bater no PSD mas -- depois de me ter controlado em relação ao discurso da lavoura de Manuela Ferreira Leite e do aproveitamento que a ex-ministra da Educação tentou fazer do protesto dos professores -- creio que tenho o dever de o fazer: É um disparate o que diz Paulo Rangel, que o Governo anda a reboque da agenda do PSD, quanto mais não seja porque, parece óbvio, o PSD não tem agenda. E para um partido que não tem sequer agenda (quanto mais propostas alternativas conhecidas) é ainda maior disparate acusar o adversário (que pelo menos tem propostas e agenda) de desorientação.

Gostava de ver o indómito Paulo Rangel a quebrar o silêncio sobre a Madeira. Contra a claustrofobia democrática, isso mesmo...

Qualquer dia ainda vamos poder fumar no Parlamento Europeu

A proposta da Comissão Europeia que deixa cair a obrigação de calibragem de 26 frutas e legumes, passando a ser autorizada a venda de produtos “deformados”, foi votada hoje pelos Estados-membros da União Europeia e deverá entrar em vigor a 1 de Julho de 2009.“As novas regras permitirão que as autoridades nacionais autorizem a venda de todos os frutos e produtos hortícolas, independentemente do seu tamanho e forma”, informa Bruxelas em comunicado.

A minha primeira questão é, naturalmente, para saber quanto dinheiro e quanta comida se desperdiçou com a calibragem?

A segunda é ainda mais óbvia: Porque é que a CAP tem tanta certeza que esta desregulação não vai fazer baixar os preços de frutas e legumes?

A terceira é provocatória, mas faz sentido: Quando é que as outras regras normalizadoras da UE serão revogadas?

17 de nov. de 2008

Dá dEUS nozes a quem (ainda) não tem dentes


"Pareço uma alcoolica. Não importa se choro, se engordo, se me magoa, só quero fazê-lo por mais uma semana, mais um mês, não consigo parar. É algo que tem muito poder." Salma Hayek, viciada em amamentar a filha
Li isto na Única há um bom par de horas e ainda não me recompus.

Elementar

Cavaco Silva fala quase sempre acertadamente, - dizer o óbvio e falar poucas vezes ajudam. Eu só acrescentaria que nunca é tempo de adiar os investimentos rentáveis assim como nunca é tempo de levar a cabo os "elefantes brancos". Dificil é ajuizar quais são do tipo rentavel e quais são do tipo "sorvedouro"...

Para memória futura

Das muitas promessas que Obama fez ao povo Americano deixo aqui três que antevejo de dificil cumprimento:
- proibição da venda de armas(veremos a quem e em que moldes);

Da confiança cega

Como é que podemos colocar todas as nossas esperanças numa pessoa que elege chá de amora como a sua bebida?

15 de nov. de 2008

sitemeter

Têm sido vários os visitantes que chegam ao Sociedade via Google. De entre muitas procuras há uma que tem sido usada repetidamente, “teste de heterossexual idade”. Estranho que alguém tenha de fazer testes para obter conclusões mas a zona cinzenta é tramada. De qualquer maneira, aqui fica o link do post.

14 de nov. de 2008

Para já, adiámos o problema

Portugal cresceu zero no terceiro trimestre do ano. Quando grande parte da Europa já cai, nós ainda estamos na corda bamba. Vamos cair mas ainda nos aguentámos. Se por um lado a notícia é boa, por outro mostra mais uma vez a nossa situação de mercado periférico onde tudo chega mais tarde. Pode ainda ter o efeito negativo de disuasão de intervenção do Governo, o que a avaliar por algumas medidas tomadas pode até nem ser tão negativo quanto isso.

Da cegueira política

Manuela Ferreira Leite disse em Ourem, que "Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite". Foi criticada por muitos mas tambem houve quem a defendesse. É legítimo que o façam mas não de forma ardilosa e batoteira:

Tirem as vossas conclusões

Depois de abandonar o BPN constituiu duas empresas das quais é sócio maioritário. As duas empresas têm sede na cave do prédio onde Oliveira e Costa habita e não têm número de telefone registado.

13 de nov. de 2008

Otários

Há uns anos, julgo que em 2004 durante o Euro, vi uns otários a destruir caixotes e caixotes de laranjas e melancias só porque Portugal tinha ganho à Holanda. Hoje vejo, pela segunda vez, membros do governo serem recebidos com uma chuva de ovos. Lamentável e imbecil. Será que não conseguem perceber que destruir comida é no minímo de mau gosto? Que perdem a razão imediatamente? Que viram o feitiço contra o feiticeiro? Em jeito de desabafo, perdoem-me a expressão, cambada de otários...

Uma mão lava a outra

Sócrates, Teixeira e restante executivo, seguraram, seguram e segurarão Constâncio no poleiro. Constâncio não é ingrato e gosta de pagar as suas dívidas. As suas declarações de hoje, onde afirma que a recessão é ainda uma mera hipótese só podem ser entendidas como um acerto de contas. A dívida está saldada com esta ajudinha às "previsões" do Governo.

Ontem, hoje e amanhã

O petróleo prepara-se para baixar da barreira dos 50 dólares sensivelmente três meses após o seu preço record 143 USD. Só por pura ingenuidade podemos acreditar que houve um corte radical na procura, um decréscimo estonteante nos custos de extracção ou qualquer outra coisa divina que explique este abaixamento. Só algo verdadeiramente marcante, poderia influenciar uma variação de preços desta ordem e a experiência diz-nos que essas mudanças levam normalmente, a aumentos, não diminuições. Mas é um facto que o petróleo está a baixar de preço e que tendencialmente continuará nesse caminho ou, na pior das hipóteses se manterá (isto, até perto da próxima reunião da OPEP, para já agendada para 17 de Dezembro mas com fortes probabilidades de ser antecipada). Em resumo: - Boa notícia? Não. - Poupam-se uns cobres? No curto prazo.
O preço "justo" por barril de petróleo, julgo que já o aqui escrevi, andará à volta dos 100 dólares, - 90 será o patamar mínimo. Preços abaixo deste valor serão praticaveis para as explorações já em curso mas limitam o investimento em novas explorações e inovação. As novas reservas que vão aparecendo, estão cada vez mais profundas e mais inacessiveis. Com a baixa dos preços, os países pertencentes à OPEP e outros produtores, estão a adiar os investimentos e evitam as novas explorações. Esta contensão, motivada pela pressão do mercado, terá certamente repercussões na produção a médio/longo prazo e o surgimento de uma nova crise petrolífera pode ser uma realidade.
É este o efeito do Mercado e dos tempos conturbados, que colocam os preços no iô-iô, afastando-os do "preço justo". Hoje estamos todos contentes e felizes. E amanhã?

Bodas de prata

As taxas Euribor caem há 25 sessões consecutivas.

É esta a líder que o PSD e Portugal precisam?

Reconhecer e sinalizar o problema é um bom principio para a sua resolução. MFL já reconheceu o problema que o PSD tem na passagem da sua mensagem. Já quanto às causas, o diagnóstico parece bastante escasso. MFL, coloca sobre os media a responsabilidade por não passar notícias do PSD e vai mais longe, dizendo que "Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite". Pode, desde logo porque é ela, e mais nínguem, a responsável pelo que transmite. Já, MFL é, ou deveria ser, a responsavel pela mensagem do PSD. Cabe-lhe encontrar a forma de a passar. Se o não consegue, como agora reconhece, não passa de figura de segunda linha e "cabeça", - lugar do qual, nunca deveria ter saído...

Efeito Obama? II

12 de nov. de 2008

Efeito Obama?

Todos os dias ouvimos que este ou aquele foi morto. Já não choca, muito menos surpreende. No entanto, esta notícia do Público chamou-me à atenção, a sigla KKK tem o seu peso. No interior, the same old thing, excepto a declaração do Xerife da cidade:

“Esta foi a acção mais elaborada que vi da parte do KKK. Ainda não sabemos quanto disto é exibicionismo e quanto disto é poder.”

Prémio Constâncio Vitor para a nossa Segurança Social

Ao contrário do Governador do BdP e do presidente da Liga, há quem ande muito atento e bem informado. A nossa Segurança Social é um bom exemplo. Na altura em que pairava a nuvem sobre o BPN, sacaram 300 000 000€ dos cofres da instituição tornando a sua situação ainda mais precária. Agora, que a situação parece resolvida, depositaram 50 000 000€. Quando confrontado com estes movimentos, Vieira da Silva responde com "Não houve nenhum afluxo excepcional de dinheiro a esse banco, nem nenhuma retirada excepcional de dinheiro, foram contas que se iniciaram, que terminaram e, nessa altura, o dinheiro foi aplicado noutra conta ou para pagar prestações". Certo... nós acreditamos.
Ficam desde já as desculpas pelo "roubo" do título

Prémio Vítor Constâncio para Hermínio Loureiro

Segundo dados apresentados pelos jogadores, havia salários em atraso no Estrela da Amadora desde Abril, ou seja, desde a época passada. Parece que está explicito nos regulamentos da Liga que os clubes com salários em atraso não se podem inscrever nas ligas profissionais. Não sei como é que a Liga fiscaliza os clubes, mas não pode agora, iniciada uma nova época, vir dizer apenas que é "grave e preocupante" a existência de salários em atraso. Tal como Vítor Constâncio e o Banco de Portugal, se calhar Hermínio Loureiro e a Liga de Clubes não têm capacidade de fiscalizar os clubes - não será fiscal nem polícia. Não chega. E o secretário de Estado não devia lavar as mãos tão frequentemente.

Talvez a única solução seja mesmo descer os clubes de divisão.

Pintem um mural

A forma como sindicatos, oposição e media têm tratado a ministra da Educação é reveladora do que somos enquanto país e ajuda a aumentar o ambiente de crispação que, dizem sindicatos, oposição e parte dos media, é culpa da ministra. Claro que, como tenho a mania de ser do contra, e como está tudo contra ela... presumo que Maria de Lurdes Rodrigues terá alguma razão.

Vem isto a propósito do que uns grunhos de Fafe fizeram a bem do Estatuto do Aluno: atirar ovos contra o carro da ministra e o autocarro da sua comitiva. Nenhum dos alunos soube dizer o que contestava no Estatuto do Aluno e nenhum dos jornalistas quis saber. Ficaram os ovos, umas imagens que rendem e nenhuma reacção (até ao momento) de sindicatos e oposição.

Estavam à espera de quê?

Ah, e se são de Fafe dêem porrada, não atirem ovos.

Victor Constâncio, o homem de confiança

Tenha sido nacionalizado ou comprado, não importa para o caso, sabemos que é hoje a CGD que controla o BPN. O Banco estatal, um dos bancos mais alavancados da nossa praça e com um índice de Tier a rondar os 6% (as novas directivas recomendam 8%, valor já quase atingido por Santander, BCP e BPI) foi o escolhido para salvar o Titanic que José Oliveira e Costa criou. A salvação não se afigura fácil mas, e como já o escrevi, a ser conseguida, pode ser um bom negócio para a Caixa. Já para os Portugueses, vai ser um mau negócio de certeza, - a afectação da verba necessária ao saneamento do BPN, que vai ser paga pelo contribuinte de uma forma ou de outra, vai constrangir ainda mais os recursos para o financiamento de Investimento no momento em que ele é mais preciso.
Sabemos tambem que na génese de toda esta história, está uma Sociedade megalómana que colecciona quase tantas empresas, sabe dEUS em que estado, como irregularidades e um Banco, controlado por essa mesma sociedade. À semelhança da mãe, tambem a cria está pejada de irregularidades, - um balcão virtual e inúmeras operações no offshore de Cabo Verde são só dois exemplos.
A responsabilidade de toda esta tramoia é sem dúvida dos "donos" da SLN, principalmente de Oliveira e Costa, mas com um aval de "plenos poderes" por parte das Instituições a quem competia regular e fiscalizar. Neste campo, Procuradoria e Banco de Portugal ficam muito mal na fotografia passando uma imagem de incompetência brutal e deixando que tudo acontecesse bem debaixo das suas barbas. Mas o homem de quem se fala, Vitor Constâncio, está tranquilo e não assume qualquer responsabilidade, - é normal não regular e deixar andar para no fim "nacionalizar". Mas pior, é no fim, e no meio de queixas por falta de meios, vir anunciar os "prémios por denúncia" como solução para o problema... Estamos a brincar Dr Constâncio? A sua demissão de funções vai tão longe que até o trabalho de invetigação e regulação quer deixar para terceiros?

11 de nov. de 2008

Estavam à espera de quê?

Pintam a parede, sujam a parede, obrigam a quem alguem limpe a parede e no fim... isto é liberdade de expressão. Isto não é liberdade de expressão. Isto é conspurcar e danificar, independentemente da propaganda ou côr política, propriedade alheia. Em tempo de campanha, e não só, é usual vermos muros e tudo quanto sirva de suporte, ser vandalizado pela propaganda política. Depois, é só esperar que a chuva se encarregue, durante anos, de limpar a "borrada".
Propaganda, só em espaços definidos, tão pequenos quanto possível, com obrigação de remoção, que na prática não existe, e mão pesada para quem o não cumprir.

Agora estou, agora não estou... Agora estou, agora não estou...

Cavaco pára a nação para falar de um assunto que é alheio a 90% dessa nação. Insiste no assunto e faz finca-pé. O Mundo entra em crise, Portugal vai de arrasto e ouvem-se dele umas palavritas só, - afinal falava há que poupar. A Madeira incendeia-se, a democracia fica em standby no arquipélago e tudo o que ouvimos, quase uma semana depois, é que o funcionamento na Assembleia Legislativa "tende para a normalidade". Tradicionalmente, os primeiros mandatos são pouco interventivos sabêmo-lo. O que não sabíamos é que podiam ser inexistentes e tão voláteis em forma e conteúdo como este. De que nos serve um Presidente que se fecha em copas em Belém e raramente desce à terra?

Nexo de Causalidade

Pedro Santos Guerreiro, in Jornal de Negócios

Wake up man!!! Time to move on...

Esta é a imagem que podemos encontrar hje no Público. Ilustra o abrandamento da economia Chinesa... ponto de odem, na China abrandamento significa crescer apenas 9% já cá, abrandamento será todo o crescimento entre 0 e o 1%. Há mais de 5 anos que não há memória de um cresicmento tão pequeno. A maior economia do mundo, está a abrandar e tem de encontrar soluções para a crise que, ainda que de forma mais ténue, tambem a vai afectar. Históricamente, os períodos de recessão nos países desenvolvidos eram sentidos em dobro nos países em vias de... Hoje, fruto do crescimento da procura interna e trocas entre países vizinhos, estas economias estão mais defendidas da ameaça externa. Compreendendo a crise que os países importadores de produtos chineses ateavessam e a maturação da economia interna, o Governo Chinês anunciou um plano ambicioso de estímulo da economia fortemente orientado para o interior. Construção de infraestruturas base, habitação a custos controlados, incentivos fiscais e ajudas às familias mais carenciadas e empresas de pequena e média dimensão, são alguns dos exemplos. Tenta-se assim manter o crecimento do PIB por aumento das parcelas Consumo e Investimento do Estado, minorando os efeitos do abaixamento das exportações.

10 de nov. de 2008

Fica o aviso

Nunca acreditei que o petróleo voltasse a negociar abaixo dos 60 dólares. Na semana passada, engoli todas as minhas previsões e vi-o acontecer. Hoje, animado pelo plano Chinês de incentivo à economia, os petróleo seguia com ganhos superiores a 4%. Amanhã não sabemos mas é previsivel que o preço tenha tendência para baixar ou manter-se. Quem não está contente é a OPEP que vê os lucros dos seus associados diminuir com as constantes baixas no preço. Assim, vieram hoje a público avisar que a reunião ordinária de 17 de Dezembro pode ser antecipada e novos cortes podem estar a caminho.

Um corte necessário e a oportunidade que não podem perder

A Comissão Europeia propõe um corte radical na captura de pescado. (Notícia Proposta). O sector das pescas é já um sector em crise. Um sector obsoleto que não conhece as palavras mudança ou inovação e que portanto, está limitado na sua adpatação e resposta à dificuldades que se lhe deparam. Este corte na captura de algum pescado, proposto pela Comissão Europeia é mais um rude golpe nesta profissão, já de si diminuida. Mas é um corte necessário e urgente. A captura superior à "reposição" do nível das espécies terá um resultado catastrófico a médio longo prazo. Ver exemplo das raias e dos tubarões. Este corte que se quer tão curto quanto possível e que reponha as populações, deve ser aproveitado para a adaptação e preparação para os novos desafios. Este corte trará novos subsidios compensatórios de diminuição de actividade. Tais subsidios devem ser usados no desenvolvimento e não para encostar uma classe, já de si encostada.
As medidas apontadas pela Comissão vão ainda no sentido de tentar acabar com o flagelo da pesca ilegal. A luta tem de ser determinada e incansável. Não há qualquer vantagem em deixar que "piratas" pilhem uma riqueza sem regras e sem escrupulos. Acções com a Greenpeace no Porto de Aveiro, são de condenar pela sua ilegalidade, mas deviam servir de alertas. O barco de Silva Pereira que figura na lista de barcos piratas tem de ser investigado. E caso seja culpado, deve pagar... de preferência, caro.

Há um mês

O dia 9 de Outubro fica para a história das taxas Euribor. Foi na manhã dessa quinta-feira que se fixaram os máximos hitóricos da taxa interbancária e indexante do Crédito Habitação. Há precisamente um mês, o dia 10 touxe a viragem e desde aí as taxas não têm parado de cair, estando já em valores de Março. Para um empréstimo tipo de 100 00€, a 30 anos, com spread 0,7 e usando a Euribor a 6 meses, a prestação seria 609,10€. Hoje, com a taxa a 6 meses fixada nos 4,475%, contra os 5,448% do mês passado, seriam apenas 547,57€. A poupança é de 61,53€. É dinheiro... e a tendência é para que a poupança continue a aumentar.

A ganhar pó

Os funcionários são como os livros de uma biblioteca: os que ficam nos lugares mais altos são os mais inúteis.

Paul Mason

9 de nov. de 2008

Da imparcialidade (act.)

Num lance em que Rui Patricio faz penalti sobre Hulk, Caneira agride com a chuteira o jogador do Porto e os dois tiram satisfações um do outro com as cabeças a poucos centímetros, os otários dos comentadores da TVI só conseguem dizer que o amarelo a Caneira é manifestamete exagerado. Este lance é só um exemplo da parcialidade com que estas bestas relatam o jogo. Detesto ver futebol sem som mas não dá mesmo para ouvir estes anormais. Vamos para prolongamento... penaltis... Porto nos oitavos. Parece que não vão abrir o champagne... Coitadinhos.

7 de nov. de 2008

Ainda a vitória do "negrinho"

Não, não falo de Obama. Falo de Hamilton e do grande GP que se correu no domingo passado. Ainda hoje fervo ao ver as imagens e os videos, que me mandam aos magotes, mas não deixo de os ver. Ontem, a Fórmula 1, a exemplo do que fez para todos as corridas, lançou o vídeo da prova. Em poucos minutos, o antes, o durante e o depois, a alegria, a tristeza, a impotência, o desespero e a raiva. Implica registo, que é gratuito, mas a sua visualização é obrigatória. Não o colocaria aqui se o não achasse tão arrebatador... mesmo para mim, que tiffosi me confesso.

O paradoxo da banca

Trichet fez ontem forte apelo à banca para que reflicta nos juros praticados, as ajudas que recebeu. Este apelo tem um só fim e é motivado por uma única preocupação, - a economia real. Os bancos centrais e os governos estão preocupados com o abrandamento e procuram soluções para espevitar a economia. Uma delas é, sem dúvida, o financiamento do investimento. Aqui no Sociedade, já há uns tempos, falei do perigo para a economiade real de um corte no financiamento devido a uma crise financeira (assim que encontrar o post coloco o link, - encontrei). Fica claro portanto, que o BCE, tal como os outros bancos centrais e governos, querem que a banca pratique juros mais baixos e comece a financiar. Do outro lado, temos a banca que tambem quer financiar e não se importa de baixar as taxas de juro de referência, - o seu lucro operacional é resultado do "spread" pelo que a Euribor pouco, salvo os casos particulares, os afecta. O problema da banca é outro e bem maior. O problema da banca é o perfil do cliente. O subprime ainda está na cabeça e as políticas de risco foram forçosamente apertadas. Hoje, não é o problema de liquidez que os preocupa mas sim a falta de clientes a quem emprestar. Não faltará muito tempo até que os que criticaram a banca pelo subprime venham a público criticar esta nova política de financiamento. Nessa altura, talvez percebam que os paus tem quase sempre dois bicos.

Mudam as personagens mas a história repete-se

O Público noticiava ontem, um suposto desfalque dado por Vale e Azevedo ao BPN. Mais grave do que o "roubo" qe agora será pago pela compradora Caixa, é o que leva a que situações como esta aconteçam na banca, e isto, de uma forma mais ou menos transversal. Durante anos, o movimento de conta, foi garantia suficiente para a banca. As "entradas" que cada cliente apresentava eram tidas como rendimentos e a sua proveniência não era questionada. Hoje, felizmente, a realidade é algo diferente mas há ainda um longo caminho a percorrer. Para que o sistema fiscal seja justo, temos de ser todos taxados pelo que ganhamos e não pelo que dizemos que ganhamos. A legislação bancária aprovada, não sei datas, artigos oucódigo, é agora mais apertada e responsabiliza instituição de crédito e cliente em caso de prova de fuga ao fisco. Este medo faz com que hoje situações como a de Vale e Azevedo sejam mais dificeis de existir. Não porque haja mais seriedade mas porque o preço do crime subiu. Hoje, o suporte documental das operações é tudo e a "palavra" nada. No bom caminho, pelas piores razões...

6 de nov. de 2008

Adão e o Paraíso Perdido

Quando tive a ideia de criar este blogue o meu objectivo era que três posições diferentes exigissem e lutassem com as palavras por uma sociedade melhor.
Nunca, em toda a minha vida desprezei a opinião dos outros, por mais estapafúrdia que fosse.
Ao longo dos meses fui escrevendo e essa minha escrita tornou-se imperceptível para algumas pessoas. Entretanto, o blogue transformou-se num folhetim económico e tudo o que não o fosse foi questionado e muitas vezes encarado com desprezo pela intelectualidade, seja lá o que isso for.
Como acredito que não há uma razão para tudo e que o respeito é devido para dentro e para fora, como não gosto de ser mal educado, como não quero fazer mais interpretações de factos que só eu posso conhecer por senti-los na pele aqui no blogue e muito fora dele, por não ser compreendido e ter de estar constantemente a explicar o que escrevo como se falasse noutra língua, anuncio aqui a minha despedida deste blogue sem qualquer mágoa, mas com a certeza que haverá outros sítios onde poderei ser ouvido com seriedade.

Em Paradise Lost, John Milton colocou Adão a sair do Paraíso resignado, depois de expulso por Deus. Adão sabia que tinha sido vítima de conspiração e manipulação por parte de Satanás e os outros demónios, e que Deus, apesar de omnisciente, omnipresente e omnipotente não tinha visto. O erro condicionado fá-lo admitir a única falha que não era da sua responsabilidade - ser humano.
Assim saio eu, resignado com a minha falha, sem me poder fazer de vítima ou indignar-me, sequer. Saio, simplesmente.

A nossa carteira agradece

Previsivelmente, o BCE cortou a taxa de referência da zona Euro. 3,25% é o valor a fixar e que traduz o corte de meio ponto. Para o cidadão comum e para as empresas, mais até que para a banca, esta é uma fantástica notícia. Mesmo antes deste corte, Novembro afigurava-se já como o último mês de aumento de prestação, por força do aumento da Euribor. Agora podemos dizê-lo com certeza, que Dezembro trará boas noticias e 2009 ainda melhores. A Euribor vai seguir o seu trajecto descendente e com isso aliviar as carteiras. Com isto não quero dizer que venham aí os dias de facilidade do passado recente. Pelo contrário, o desemprego vai subir e a economia vai descer. É tempo de poupar, quando possível, e preparar almofadas para os imprevistos.

E nós? Acompanhamos?

O Banco Central de Inglaterra cortou a sua taxa de referência em 1,5 pontos percentuais. O BCE deve seguir-lhe o exemplo dentro de horas. Não se espera é um corte tão significativo, desde logo porque a taxa do BCE era mais baixa que a Inglesa em 0,75%. O corte esperado para a reunião de hoje do BCE deverá ser de 0,5%. Se assim fôr, a taxa inglesa passa a ser inferior à da zona Euro em 0,25% situando-se nos 3%. A Europeia deverá ficar portanto, nos 3,25%. Aguardemos.

Da religião

Até ontem à noite, dizia com relativa facilidade que me borrifava para a religião. Era assunto que me merecia indiferença quando falava na primeira pessoa mas que me irritava profundamente quando a ela ligava alguns acontecimentos históricos. Depois de ver o jogo do Porto e a sua exibição, culminados com uma vitória, sou pelo menos forçado a acreditar que os milagres existem...

Fair and balanced

"I wish God speed to the man who was my former opponent and will be my president. I call on all Americans... to not despair of our present difficulties but to believe in the promise and greatness of America."

John McCain

link apanhado neste excelente trabalho

O posto da antiguidade

Antes de ser derrotado nas eleições, John McCain foi várias vezes questionado sobre a eventualidade da derrota. "Ficarei feliz se continuar a ser o senador do Arizona", disse o liberal republicano, de 72 anos. Manuel Monteiro, um dos senadores segundo os editores do comentário político da SIC, dizia amiúde, quando era líder do PP, aos 30 anos, "no meu tempo". O que é certo é que eleitoralmente Monteiro está morto, e que o velho e desarticulado McCain é menino para limpar mais uma eleição no Arizona.

Questão matinal?

O Pedro Passos Coelho já felicitou Obama?

5 de nov. de 2008

Quanta estupidez

Pois bem, a ameaça está feita e os patrões das pequenas e médias empresas prometem mesmo não renovar os contractos a termo por força do aumento do salário mínimo. Veremos se os recursos humanos que despedirem fazem falta ou não mas quer numa situação, quer noutra, ficarão sempre mal na fotografia:
Porque afinal o empregado não fazia falta e andaram a desperdiçar dinheiro;
Porque o empregado faz falta e andamos a perder receitas.
Aqui está mais uma situação só ao alcance da sapientissima classe dos donos, patrões, empresários e Senhores das PME's.

Da campanha com piada às demonstrações abjectas


A falta de argumentos e as derrotas constantes levam muitas vezes à calúnia, ao desespero e ao ataque fácil. Levar uma bandeira nazi para o parlamento democrático é de muito mau gosto e deve ser criticado veemente. Se o PND não vier publicamente pedir desculpas então será conivente e fica sem espaço, já ocupam pouco, na política nacional.


Nexo de Causalidade

Uma culpa poligâmica

É necessário não perdermos o norte. Nos últimos dias, o meu entusiasmo com a eleição americana foi grande. Mas é preciso assentar ideias e olhar à nossa volta. Temos um problema grave na democracia portuguesa.
Toda esta questão do BPN leva-me a uma pergunta muito simples: se o banco existe desde os inícios dos anos 90, se desde aí até hoje passaram cinco - 5 - executivos pelo governo português, digam-me como é possível que ninguém tenha dado conta do que se passava na referida instituição bancária? 
Ouço por aí comentadores nos media a dizer que toda a gente sabia do que se passava. Se assim é, se era do conhecimento público as negociatas do BPN, então responsabilize-se também politicamente quem devia ter detectado tais irregularidades. 
Estou no meu pleno direito de achar que o Estado mais uma vez demonstrou que não é uma pessoa de bem e que o regime está podre.

The day after

A noite foi longa e custou-me levantar de manhã. A injecção de eleições durante a noite e madrugada de ontem foi tal que de manhã não consegui sequer olhar para os jornais. Até às três da manhã foi entusiasmante mas depois a coisa acalmou e na hora seguinte o ritmo desceu. Mesmo assim fiquei acordado a assistir à vitória de Barack Obama. Este é o dia seguinte.
Obama é o novo Presidente dos Estados Unidos, que para quem não sabe continua a ser o país mais poderoso do mundo e pelo qual o velho Ocidente se orienta a todos os níveis.
Como o mundo não se faz só de factores financeiros, ao contrário do que pensam algumas pessoas que não devem perceber muito bem o que andam a fazer no planeta Terra, a relevância desta eleição para nós é muita. Para já ela significa um corte com a administração anterior, ao passo que McCain poderia não o fazer e esse receio parece lógico depois da escolha de Sarah Palin.
Esse corte com os oito anos de Bush significa em grande parte uma política ambiental diferente, uma política militar diferente, uma política diplomática diferente, uma política económica - veremos se - diferente.
Para os Estados Unidos em si, como Nação, representará um caminho em muitas coisas oposto ao que estava a ser seguido. Numa altura de crise parece-me importante que a classe média sinta segurança e oportunidade. Essa confiança pode significar crescimento a muitos níveis e pode, portanto, ajudar a um maior crescimento da sociedade americana que afrouxou nos últimos oito anos.
Poderia falar da surpresa, ainda que ínfima, desta eleição. Mas hoje não vale a pena. A escolha do povo americano é clara e contrariou as perspectivas de quem o entende como um povo demasiado conservador para querer mudar numa altura destas, tal como eu. É de salientar a vontade de mudar e por isso estão de parabéns, porque arriscaram. Podemos falar em Efeito Bush? Muito provavelmente. Mas isso não tira o mérito a Barack Obama ou a John McCain que entenderam a necessidade de mudar o rumo da América e da visão sobre o mundo.
Não digo que seja um momento histórico, digo antes que é uma viragem importante para o futuro e para todo o mundo.

BPN III - a "compra"

Se calhar, o que escrevo aqui sobre a "nacionalização" do BPN faz algum sentido... Ora leiam lá isto.

Países em vias de desenvolvimento serão a saída?

No dia em que todo o Mundo fala do novo presidente Americano e das inúmeras esperanças que nele depositam, com festejos em todo o lado, eu vejo uma enorme oportunidade para falar serenamente do futuro da Europa e de Portugal. Não vale a pena depositarmos esperanças num presidente Americano. Desde logo, porque ele é isso mesmo, - presidente dos Estados Unidos da América, não de Portugal ou da União Europeia. Obama, como McCain se fosse eleito, lutará pelo seu país e tentará tirá-lo do caos em que se encontra. Nós por cá, devemos fazer o mesmo. Com a recessão à porta, urge encontrar soluções para revitalizar a economia. A economia da zona euro, aquela que nos interessa mais directamente sofre hoje ataques e vê-se perante obstáculos que não existiam no passado, pelo menos juntos temporalmente. A valorização da moeda única, a quebra da procura interna e a liberalização de mercados são disso exemplo. Estes três factores que acompanhei são de dificil alteração pelo que a solução terá de ser encontrada extriormente a eles. Os mercados emergentes têm sido, desde há sensivelmente uma década, importantes no escoamento da produção Europeia. As experiências com as trocas comercias têm sido grosso modo positivas e as parcerias com países tão improváveis como a Argélia ou a Venezuela de Chavez, vêm dando os seus frtos. Mas esta pode ser uma solução a muito curto prazo pois historicamente sabemos que as crises nos países desenvolvidos surtem grande impacto nas emergentes. Ao que parece, tambem aqui estamos face a uma nova realidade pois, e apesar de algum abrandamento, as economias emergentes continuam com relativa saúde e moderadamente imúnes à crise que nos assola. Estes países coseguem estar ainda a crescer devido a dois factores primordias: 1 - o seu desenvolvimento levou a um aumento grande da procura interna; 2 - o desenvolvimento dos congéneres aumentou consideravelmente as trocas comerciais entre si. A solução para a Europa de exportação, para os países de Leste, restante Ásia, África e América do Sul é portanto viável e deve ser aproveitado em todo o seu potencial. Dito de outra forma, a Europa deve atacar fortemente estas economias e com urgência pois no médio prazo, a instabilidade do preço e procura do petróleo a juntar à instabilidade bolsista e taxas de juro no limite, podem figurar ameaças graves ao nosso intuito.

4 de nov. de 2008

As contradições de yuppie boy

"é muito pouco provável que alguem tenha a capacidade de detectar nos múltiplos sistemas financeiros as toupeiras que os minam." comentário feito às 9:31, hoje, dia 4 de Novembro

"Enquanto discutirmos cargos e não discutirmos penalizações não conseguiremos mais do alimentar uma classe política podre que se vai revezando entre si." post escrito às 15:57, hoje, dia 4 de Novembro.

Incoerência, populismo ou necessidade de agradar nos comentários?

Da (des)responsanbilização

É comum ouvir a oposição pedir cabeças quando algo corre mal (Paulo Portas é o exemplo mais recente). É quase acto-reflexo. Os Governos têm alguma tendência para aceder a tais pedidos. Livram-se do problema e fazem tábua rasa. A oposição aplaude e fica inchada pensando que fez valer a sua oposição junto do poder. Com papas e bolos...
Já para o contribuinte, a situação muda de figura. Não tem voto na matéria e vai arcar com as consequências, quanto mais não seja em desperdicio de impostos. E é esse desperdicio que tem de ser responsabilizado. Não basta tirar o galo do poleiro. É preciso que o galo pague o prejuízo e seja responsabilizado pelos danos que a sua acção (ou inacção no caso de Vitor Constâncio) causou. Enquanto discutirmos cargos e não discutirmos penalizações não conseguiremos mais do que alimentar uma classe política podre que se vai revezando entre si.

E agora, também devia estar calada?

A Dra. Ferreira Leite não se cala. E só para dizer inverdades e mesquinhices. A Dra. Ferreira Leite está a criticar o Engº Sócrates por que motivo? Não faz sentido, pois não? Nenhum! Se calhar devia falar em percentagens e números e resultados e taxas que é para os portugueses de primeira perceberem.

Lá está ela a mentir outra vez

Provavelmente o melhor é não acreditar que as medidas anunciadas com pompa e circunstância pelo executivo de José Sócrates são apenas ideias vindas de outros lados e que a oposição é que não faz nada. O governo é que é o maior! A oposição só diz disparates e mentiras e contradiz-se e é tudo de mau. O governo é que é o maior, que vai pagar às empresas num gesto altruísta e sem interesse nenhum! E reparem: numa altura de crise!
Isto agora é só pedir à banca o dinheiro que lhe emprestámos para resolver os seus problemas e o assunto está resolvido.

Election day

A eleição de hoje no Estados Unidos é de uma enorme importância. Ali vai-se julgar a administração Bush e vai-se decidir o futuro do país a nível interno e as novas relações externas.
McCain escolheu mal a estratégia e falhou. Obama manteve-se firme e não quebrou. Mais logo saberemos se é esse o entendimento do povo americano e ficamos expectantes.
De resto, já muito se fala e analisa por aí esta eleição. Os resultados dirão de sua justiça.

BPN II - a "nacionalização"

Cabe à CGD decidir o rumo do BPN. Cabe à CGD honrar os compromissos para com os clientes do BPN. Cabe à CGD indemnizar os accionistas (apenas os que não sejam constituidos arguidos no processo). Isto configura mais uma compra que uma nacionalização. A CGD é um banco público mas ainda assim, uma empresa. Que o Estado, por força da sua ligação ao banco público lá recrutasse os recursos humanos necessários, 100% de acordo. Que aproveitasse o know-how, 200%. Que fosse a CGD a financiar a "nacionalização", enos mal. O que me parece errado é o Estado entregar a uma empresa algo que supostamente havia nacionalizado.
O grosso dos problemas do BPN vêm das empresas pertencentes à SLN que sustentou, das megalomanias do seu ex-presidente e das dívidas contraídas por alguns accionistas. Estes três problemas, são à partida resolvidos com a necessária injecção de capital e afastamento dos culpados. O afastamento já havia sido tratado há uns meses atás com o saneamento de José Oliveia e Costa e restante matilha, falatava, ou falta, o capital. E é aqui que a história da "nacionalização" fica sombria. Ao contrário do que se diz, o BPN é um banco apetecivel com uma carteira de clientes muito especifica e que constitui uma mais-valia para quem o adquire. Compradores não faltavam. O que faltava era dinheiro para o comprar. O Estado é aqui o grande marionetista. Deixa cair, compra em saldos e dá de presente, - a CGD vai necessitar de aumento de capital para toda esta operação e está bom de ver quem o fará. Apesar de o presente não agradar ao menino Faria, mais apostado no mercado Espanhol e farto do pequeno rectângulo, é um presente gigante.
Antes da nacionalização existiam três vias: deixar cair, vender a retalho ou reerguer e vender. A mim parece-me que a 4ª é mais apeticivel, - reerguer ganhando mercado que a CGD não tinha, nem teria, e manter. Tudo isto, barato e pago pelo paizinho que somos todos nós.

Faltou mea culpa

Na conferência de imprensa que deu apó a nacionalização do banco, Cadilhe criticou, e bem, o BdP. Vitor Constâncio sai muito mal na fotografia. Não fez o que lhe competia e deixou que a situação no BPN chegasse ao limite, ou para lá dele. As peripécias que foram acontecendo no banco, e isto durante anos a fio, obrigavam a que no mínimo o BdP mantivesse olhar atento. Não o fez e o resultado está à vista.
Mas não foi Vitor Constâncio que tomou as decisões ou avançou para actos menos claros, para não dizer ilegais. O culpado-mor, sesse estava bem no seio da organização. Tem um nome e Cadilhe já o havia acusado. Ontem não o fez e colocou a culpa num só costado dizendo-se vitima de umataque político. Ficou-lhe mal...

3 de nov. de 2008

O resto

Será só o BPN que está minado de irregularidades? Será que as políticas de resultados levadas a cabo pelos bancos de investimento não estão carregadinhas de malabarice?
Acho curioso como só agora lembraram que a Banca pode, eventualmente, estar apinhada de gente menos séria. Tanta gente a fazer comentário económico e ninguém detectou isso antes? Então estes especialistas todos, que sabem tanto sobre tanta coisa não sabiam disto antes? Aprenderam a linguagem desde quando, do início da crise?
É o progresso e um género de pseudo-intelectualidade financeira.

P.S. A ler o artigo de Rui Moreira no Público de hoje.

What happened to Pinto Monteiro?

Sempre muito preocupado com alunos armados nas aulas (é ele que o garante) e o disparo da criminalidade juvenil (diz ele), o Procurador-Geral da República ainda não veio a terreiro mostrar-se preocupado com o que se passa em alguma banca portuguesa, nem explicar como está a decorrer o processo da queixa feita contra o BPN. Fico à espera, mas daqui a uns dias vou citar Pinto Monteiro naquilo que ele disse sobre os blogues...

Teoria de conspiração

Pode ser só coincidência, mas o facto de o Governo anunciar que o Estado vai pagar as suas dívidas às empresas no mesmo dia em que declara a nacionalização do BPN cheira-me a esturro. Ou teoria da conspiração, ou construção do real ou seja o que fôr...

Portugal vs. PSD 2009

Em conversa por telefone com o yuppie boy sobre a situação do BPN, com a qual ele se mostra tão surpreendido e indignado, vamos concordando acerca da trapalhada que tem sido todo o processo e da falta de seriedade dos seus protagonistas.
A meio da conversa e muito de fininho, matreiro e calculista como é seu apanágio, o rapaz sai-se com esta: "é a corja do Cavaco nestes cargos de gestão e a que nos governou".
Não é preciso apertar muito com ele para logo saírem os ataques ao partido de Cavaco Silva. Mas especialmente a este lote de pessoas. Pelo post sobre Ferreira Leite vemos isso mesmo. Mas já não o vemos a falar da miserável e populista entrevista que Paulo Portas deu a Ana Lourenço na Sic Notícias há uns dias.
Esta atitude de ataque ao PSD costuma vir da esquerda por problemas que eles têm de resolver e isso é lá com eles; coisas que têm que ver com complexos de insegurança e traumas de guerra. Mas quando ele vem da direita já sabemos qual é a fonte. Basta recuar e lembrar-mo-nos do Dr. Portas há uns anos enquanto foi director do semanário Independente - e depois a forma como se prestou a formar governo, aplaudida por yuppie que nessa altura não achava que havia corja alguma. A atitude vem daí. E o yuppie boy sente isso, que nunca poderia chegar lá. Mas como é do CDS por tradição, em vez de se resignar ataca. E ataca como? Colocando sobre um grupo de pessoas o título de "corja do Cavaco", como se o resto do país, que não fez parte dessa matilha, fosse um imenso mar de gente séria. Aliás, vemos isso pelos próprios militantes de topo do CDS.
Este complexo de inferioridade e esta pequenez de ver a política tem sido o pão nosso de cada dia na grande generalidade da opinião publicada. O que me leva a crer que não vamos ter uma campanha eleitoral normal. Será antes uma campanha anti-PSD, porque neste país só o PSD é que está mal; os outros estão todos bem, até o yuppie boy, que assobia para o lado quando o Dr. Portas fala no seu contacto com os cidadãos.
O problema destas análises espectaculares e críticas (moralistas, até) é que têm telhados de vidro. O problema é que o anonimato não revela isso. É tudo uma questão de honestidade.


Caladinha era uma Senhora

MFL optou pelo silêncio no início do seu mandato, dizem que a conselho do seu núcleo duro. Criou tabu e falava-se mesmo numa nova forma de fazer política. As palavras da Senhora seriam demasiado valiosas para serem desperdiçadas. Com isso, criou a moda e conseguiu mesmo marcar a agenda com os poucos temas que trouxe à baila. Não cativava eleitorado mas tinha o seu lugar. Os apoiantes desculpavam-se com o feitio reservado da lidér e os adversários começavam a acusar nervosismo por estarem a enfrentar algo que nunca tinham enfrentado, - o silêncio. Mas o ponto de inflexão na postura de Manela não demorou. De repente, o silêncio dá lugar ao populismo. Tira Santana da prateleira, onde nem conseguiu ganhar pó e lanço-o em Lisboa. Uma decisão no minimo discutivel que custou a MFL duras criticas, inclusive de pessoas que lhe eram chegadas, - JPP é só um exemplo. A necessidade de ter de explicar esta escolha e a discussão do Orçamento que entretanto começava forçaram a mudança de estratégia. Mais a mais, MFL podia agora brilhar com todos os seus conhecimentos na pasta das inanças. Pura ilusão. Foi cobeçada atrás de cabeçada. Desde a trapalhada do aumento da função pública, à oposição ao aumento do salário minimo passando pelas explicações duvidosas do custo inerente às medidas propostas pelo PSD. A última pérola foi encaixar declarações xénofobas enquanto falava de investimento público. A Senhora não é mesmo feliz e tudo corre pelo pior. Não são pois de estranhar artigos de opinião como o que hoje é publicado no JN. Para piorar as coisas, MFL comete gaffes atrás de gaffes no exacto período em que Sócrates arrancou em campanha para as legislativas e está em estado de graça, ou lá muito perto.

Sócrates vai ter de se converter...

De obstáculo em obstáculo até à derrocada final. Estas previsões são só mais um (I e II), outros virão certamente. Está bom de ver que a concretização orçamental em 2009 só acontecerá se Jesus Cristo voltar à Terra...

BPN I

A semana passada, dizia Paula Teixeira da Cruz que o que se passava no PSD em Lisboa era caso de polícia. Hoje, é a minha vez de dizer que o que se passa no BPN é, mais do que um problema financeiro, um caso de polícia. É verdade que financeiramente o BPN está pelas ruas da amargura e corria sérios riscos de deixar de cumprir as suas obrigações mas não é menos verdade que o reinado de José Oliveira e Costa foi um período de lucros record obtidos a partir de uma amálgama de empresas fora da área de negócio principal e de sucesso muito duvidoso. As áreas de acção vão da cerâmica à saúde, passando pelo turismo, agricultura e muitas outras (ver mais aqui). Quem conhece as empresas que constituem o grupo, sabe o quanto foi nelas investido e quanto elas poderiam facturar. A investimentos avultadíssimos, corresponderam sempre elefantes brancos, sorvedouros de dinheiro que estranhamente apresentavam lucros, -em algumas empresas do grupo, passam-se mesmo dias sem que seja carregado um camião. Não existia sequer o pudor de esconder o esquema. A administração de José Oliveira e Costa foi mesmo isso, - um esquema continuo alimentado por lucros fictícios na área empresarial e uma banca em grande expansão. É difícil de calcular o prejuízo que deixa a accionistas e contribuintes mas é uma certeza de que o valor desse prejuízo terá quase tantos zeros quanto negócios tem a SLN. Mas Oliveira e Costa é um intocável. Faz parte do grupo que acompanhou Cavaco em dois mandatos à frente do Governo Português. Um grupo onde a maioria andou sempre no limiar da ilegalidade. Uma corja que governou em tempo de vacas obesas em proveito próprio e espalhou o tentáculo pela sociedade Portuguesa. Sabemos onde é o lugar de Oliveira e Costa… Duvido que o país tenha tal sorte mas uma investigação célere e exaustiva é urgente e obrigatória.

Acabada de chegar

Um cliente entrega ao caixa do banco um cheque. Depois de olhar para o terminal, reclama:
- Não tem provisão!
Pergunta o cliente:
- Não? Mas o cheque ou o banco?

Não faz sentido por piadas de mail no blog, mas esta era irresistível

2 de nov. de 2008

Por uma unha negra

Hamilton sagrou-se hoje campeão do mundo de Fórmula 1 mas não ganhou para o susto (aqui está uma expressão profundamente estúpida, - afinal, ele sagrou-se só, campeão do mundo). A duas voltas do fim viu o titúlo fugir quando foi ultrapassado por Vettel mas um erro na última volta de Glock, devolveu-lhe o título. Quer Massa, quer Hamilton mereciam o Campeonato. Hamilton foi mais feliz. Aceita-se. No que toca a construtores, a Ferrari reforça a sua liderança e ganhou mais um campeonato com relativa facilidade.

Foi hoje anunciada pelo PM a nova maioria de 2009

Com o anúncio do pagamento das dívidas às empresas por parte do Estado, Sócrates mostra aré que ponto stá determinado em renovar a maioria em 2009. A medida, que toda a oposição temia vai mesmo avançar. Este pagamento em bloco não te precedentes e revela a coragem que outros não tiveram. O Governo Português reaje à crise com um Orçamento bastante generoso ao mesmo tempo que responde a um anseio de há muitos anos. Jorge Sócrates, o melhor produto de marketing do Século XXI em Portugal, encostou a oposição e reduziu-a à expressão mínima. Em tempo de crise é o único que valoriza. Não sou socialista e muito menos pró-Sócrates mas tenho de admitir que á muito não via respostas tão assertivas e tão pragmáticas. Aplaudo e aclamo.

Cadilhe ainda tentou mas... (act)

A notícia carece de confirmação mas ao que tudo indica o BPN foi nacionalizado este fim de semana. Estou em retiro e com uma ressaca medonha mas prometo informação actualizada assim que a obtenha.
Parece que as minhas fontes também falam com a malta do Público. fica o link.

Alguém está a precisar é de um tau-tau

As reformas que o Governo mexem com muita gente. Funcionários públicos, trabalhadores por conta própria ou profissionais liberais, reformados e pensionistas, jovens, crianças... qual é precisamente a razão de os militares, especialmente os militares na reforma, os militares que, quais jornalistas/escritores de sucesso moderadamente grande ou vereadores de segunda linha amigos de candidatos a presidente da república, têm direito por exemplo a casas T6 a cem euros de renda, recebem milhares de euros de reforma... a razão de os militares superiores estarem tão chateados?

Novo New Deal exigia um melhor «dealer»

O intervencionismo estatal do presidente George W. Bush tem pouco ou nada a ver com a experiência do New Deal que Franklin D. Roosevelt levou a cabo para enfrentar a Grande Depressão dos Anos 30. Bush tenta salvar empresas em quebra; Roosevelt procurava reconstruir o conjunto da economía dos seu país e, em primeiro lugar, elevar o nível de vida dos própios cidadãos. Não fica mal então uma breve síntese daquela experiência, que o recente Prémio Nobel, Paul Krugman, recomenda tomar como agenda para o novo governo dos EUA. Tendo sempre em conta, claro, as diferenças de época e problemáticas envolvidas, ainda que a dinâmica da acumulação continue em muitos aspectos similar.

Continuar a ler.

Mario Rapoport, economista e historiador, no Página12.

1 de nov. de 2008

Dos telhados de vidro

Sócrates no fecho da Cimeira Ibero-Americana:

Canção de embalar

O ritmo de este "Bankrobber" dos Mezcaleros é quase uma canção de embalar, mas o que diz a letra é muito mais do que isso. Numa sociedade de contexto de um país de totós, que só se revoltam contra os mais fracos e tentam conquistar os mais fortes corrompendo-os, esta música nunca fará muito sentido. Fica, anyway.