5 de nov. de 2008

Países em vias de desenvolvimento serão a saída?

No dia em que todo o Mundo fala do novo presidente Americano e das inúmeras esperanças que nele depositam, com festejos em todo o lado, eu vejo uma enorme oportunidade para falar serenamente do futuro da Europa e de Portugal. Não vale a pena depositarmos esperanças num presidente Americano. Desde logo, porque ele é isso mesmo, - presidente dos Estados Unidos da América, não de Portugal ou da União Europeia. Obama, como McCain se fosse eleito, lutará pelo seu país e tentará tirá-lo do caos em que se encontra. Nós por cá, devemos fazer o mesmo. Com a recessão à porta, urge encontrar soluções para revitalizar a economia. A economia da zona euro, aquela que nos interessa mais directamente sofre hoje ataques e vê-se perante obstáculos que não existiam no passado, pelo menos juntos temporalmente. A valorização da moeda única, a quebra da procura interna e a liberalização de mercados são disso exemplo. Estes três factores que acompanhei são de dificil alteração pelo que a solução terá de ser encontrada extriormente a eles. Os mercados emergentes têm sido, desde há sensivelmente uma década, importantes no escoamento da produção Europeia. As experiências com as trocas comercias têm sido grosso modo positivas e as parcerias com países tão improváveis como a Argélia ou a Venezuela de Chavez, vêm dando os seus frtos. Mas esta pode ser uma solução a muito curto prazo pois historicamente sabemos que as crises nos países desenvolvidos surtem grande impacto nas emergentes. Ao que parece, tambem aqui estamos face a uma nova realidade pois, e apesar de algum abrandamento, as economias emergentes continuam com relativa saúde e moderadamente imúnes à crise que nos assola. Estes países coseguem estar ainda a crescer devido a dois factores primordias: 1 - o seu desenvolvimento levou a um aumento grande da procura interna; 2 - o desenvolvimento dos congéneres aumentou consideravelmente as trocas comerciais entre si. A solução para a Europa de exportação, para os países de Leste, restante Ásia, África e América do Sul é portanto viável e deve ser aproveitado em todo o seu potencial. Dito de outra forma, a Europa deve atacar fortemente estas economias e com urgência pois no médio prazo, a instabilidade do preço e procura do petróleo a juntar à instabilidade bolsista e taxas de juro no limite, podem figurar ameaças graves ao nosso intuito.

2 comentários:

Unknown disse...

sem dúvida... o melhor da vitória de Obama para a Europa é o facto de as questões e os problemas poderem ser discutidas com bom senso sem sabermos de ante-mão que do outro lado está um animal que julga que o Mundo são os EUA e os EUA são o mundo...

Anônimo disse...

É, mais uma vez, lá terá que ser "a busca de mercado".
Para mim a questão, está ao nivel de saber, se existe capacidade que nacional quer internacional, leia-se comunitaria, para investir seriamente na busca de novos parceiros comerciais, e encetar relações parcerias/comerciais minimamente seguras que tragam garantias, com mercados não "convencionais" aos empresários que arrisquem optar por essa solução.

Cump/.