O BPP é a primeira instituição a pedir o uso do aval do Estado para a obtenção de um empréstimo de 750 milhões de euros junto do Citi. Dizia-se ontem, com "grandes certezas", que o BPP ia fechar e que finalmente viam Rendeiro cair. Notava-se contentamento em veicular a mensagem, a inveja no seu melhor. João Rendeiro é efectivamente um homem marcante, - afável, culto e bastante assertivo nos ataques que desfere (o caso BCP é só um exemplo). É por isso natural que alguns, que não reunem nenhuma destas três qualidades, se contentem com a desgraça alheia, - típico.
Embora sem grandes certezas, parece-me que os foguetes foram lançados muito cedo. O BPP é banco de gestão de fortunas e por isso tem mais dificuldade em recolher "depósitos" dos seus clientes. Num cenário de crise como este, ou pelo menos o de há uns dias, era de esperar que o banco visse a liquidez em baixa diminuindo a sua capacidade de acção. Existindo um aval do Estado, que permite "prémios" mais baixos nos empréstimos, tambem é fácil de perceber que só não recorre a ele quem não pode ou quem é estúpido. Mais, o BPP ao obter financiamento nos parceiros evita a alienação de património que num cenário de crise generalizada e de "venda rápida" seria bastante lesivo para o BPP. É verdade que pode já não haver património/activos para alienar como no BPN e este empréstimo ser só um balão de oxigénio. Pode, mas não creio...
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