10 de mar. de 2009

Suicidal Tendencies

Ainda estão vivos? Resistiram animicamente às notícias da crise? Ainda acreditam? Peguem lá na navalha, preparem os pulsos e vejam a entrevista de Medina Carreira ao Mário Crespo (Via Apdeites).




Uma única solução ouvida em 30 minutos: Tornar o regime presidencialista.

5 de mar. de 2009

It's oh so quiet...

Será que a Justiça de Fafe se afogou em processos? Será que os Yuppie Boys choram a queda do BCP? Será que Bulhão Pato se engasgou com as ameijoas? A ver, a ver...

Juros aos tombos

Em linha do que era esperado, o Banco Central Europeu baixou as taxas de juro para 1,5%. Também o Banco de Inglaterra avançou com mais um corte, colocando as «interest rates» britânicas nuns históricos 0,5% (algo nunca visto desde 1694). É verdade que para quem tem créditos, isto são boas notícias. Mas a verdade é que estamos a chegar à fronteira final daquilo que se pode fazer com os juros. E depois, como será?

PS: Os próximos meses poderão ser de festa para quem puder ir a Londres. A libra esterlina continua a sua trajectória descendente face ao euro (hoje às 14h00 um euro valia 0,82 libras) e não deve ficar por aqui. O Banco de Inglaterra já anunciou que vai imprimir 75 mil milhões de libras, como medida de combate à crise. E isso vai ter efeitos devastadores na divisa de Sua Majestade. Será desta que os ingleses se rendem ao euro?

1 de mar. de 2009

Marcação cerrada

Depois de o PS anunciar Vital Moreira como cabeça-de-lista às próximas europeias, só resta ao PSD e a Manuela Ferreira Leite um caminho: fazer avançar Pacheco Pereira... E sempre se despacham dois valentes chatos para Bruxelas!

Ainda a rir

Vital Moreira é o candidato do PS às eleições europeias. Agora percebo o trabalho do lacaio...

27 de fev. de 2009

Mais dinheiro...

Quando ouço falar em apoios do Estado às PME, não posso deixar de pensar no paradoxo em que a economia real portuguesa vive há longos anos. Se é verdade que são as PME que dão emprego à esmagadora maioria dos portugueses (fala-se em números a rondar os 90%), não é menos verdade que as PME portuguesas formam o tecido empresarial mais caduco, corrupto e oportunista das economias europeias. Com honrosas excepções claro... Toda a gente que está no mercado de trabalho conhece pelo menos um caso de empresários que vivem à custa dos subsídios do Estado, pagando salários miseráveis (quando pagam) e fugindo como lebres assustadas ao Fisco e à Segurança Social. Daí que mais uma chuva de euros sobre as PME me leve a desconfiar não da bondade da medida, mas sim da capacidade de calceteiros e proxenetas metidos a empresários aproveitarem estas verbas para modernizarem as empresas, segurarem postos de trabalho e criarem riqueza para o país. Uma inspecção rigorosa, actuante e sem piedade por parte do Estado deve saber explicar aos contribuintes onde foi aplicado cada euro do dinheiro aplicado nestes programas. Se assim não for, acredito piamente que a crise não se vai fazer sentir em 2009 nos concessionários Porsche, Ferrari, Bentley ou Jaguar...

PS: A história do negócio de Manuel Fino com a CGD é extraordinária. Não me choca que o banco público tenha aceite acções da Cimpor como pagamento de uma dívida. Afinal, trata-se de uma das maiores cimenteiras da Península Ibérica e a médio prazo pode revelar-se um bom negócio. Agora aceitar uma cláusula em que o pseudo-empresário as pode comprar de volta pelo mesmo preço? Qual o risco para Manuel Fino neste negócio? Menos que zero, penso eu de que...

26 de fev. de 2009

Não matem o anjo da guarda

A CGD comprou a Manuel Fino 9,58% da Cimpor por 305,9 milhões de euros, um preço 60 milhões acima do de mercado. No contrato a CGD acede ainda a uma futura recompra por parte de Manuel Fino o que a impede de movimentar as acções durante 3 anos. Se uns dizem que o negócio é ruinoso, já a Caixa diz hoje que é um negócio segundo as "práticas bancárias normais". A verdade estará, como sempre, no meio destas duas posições extremadas. Convenhamos que de normal a operação não tem nada. Imagine uma habitação sua comprada e à crédito a qual pegou fogo. O seguro vai se colocar de lado e o banco vai-lhe pedir uma renegociação pois os escombros não servem de garantia. Consegue imaginar um cenário em que o banco lhe fica com o que resta da habitação e paga os escombros com um prémio de 25%? Eu não... Por outro lado, a execução das garantias ou o "deixar andar" implicariam perdas significativas nas contas do Banco público algo que este tenta evitar a todo o custo. A apresentação de resultados é já daqui a um bocado e não se augura nada de bom. Este é só mais um caso em que a CGD se vê obrigada a tomar más decisões por força da cobertura de erros de terceiros, leia-se governo.

25 de fev. de 2009

Ministro das Trapalhadas Públicas

Em ano de eleições tudo é susceptivel de causar mossa. José Sócrates e equipa querem evitar a todo o custo crispações com os parceiros sociais. O último caso a vir à tona é a negociação salrial entre TAP e operadores de cabine, uma das classes mais bem pagas do país e paga a peso de ouro quando comparada com a concorrência. O ministério de Mário Lino, não o de Vieira da Silva como seria de esperar, encarrega-se agora directamente das negociações com o sindicato relegando a administração da TAP, quem na realidade vai suportar os custos, para segundo plano. Já é mal suficiente ter Mário Lino na frente de qualquer negociação mas a situação torna-se catastrófica quando com isso se fragiliza toda uma administração - que pode ser substituida a qualquer instante - e se abre um precedente grave oferecendo a vantagem negocial de bandeja a troco de votos.

22 de fev. de 2009

20 de fev. de 2009

Para além da curiosidade dos números

Ficarão as 20 horas do dia 20 de Fevereiro para a história da banca em Portugal?

Passo em falso?

Foi ontem noticiada, com algum destaque, a subida das taxas Euribor mais longas (9, 10, 11 e 12 meses em concreto). Hoje, a trajectória descendente voltou a todos os prazos da taxa o que pressupõe a subida de ontem como acto isolado e portanto desprezivel estatisticamente (comportamento no gráfico).
No entanto, é visivel o abrandamento de descida e previsivel a manutenção perto do valor de 2% da taxa directora actual podendo iniciar-se nova descida após o anúncio - se existir - de baixa por parte do BCE na reunião de Março. É ainda cedo para tirar ilações desta alteração de comportamento desde logo porque ainda naõ está confirmada e porque a crise traz novas permissas. Em situação normal, o inicio da subida das Euribor seria sinónimo, ou consequência mais propriamente, de uma recuperação da economia e subida da taxa directora visando controlar a inflação. Já em período de crise pode ser sinónimo de nova crise de confiança e prenuncio de novas e acrescidas dificuldades para familias e empresas. O tempo confirmará se a primeira, se a segunda... ficando a porta aberta para uma terceira via.

Da pequenez

Em todo o processo Qimonda, que é sem dúvida preocupante e que terá impactos graves na região e no país se não tiver um final feliz, é incrivel o papel reservado ao ministro Manuel Pinho. É certo que o Ministro da Economia, seja ele qual fôr, deve espalhar optimismo, enaltecer o bom trabalho e criar as condições necessárias ao investimento mas Pinho exagera. É precipitado, trapalhão e acima de tudo ingénuo. Havia, e há, muito pouco a fazer na Qimonda. Sendo certo que em Portugal não há investidores com envergadura suficiente para abarcar tamanho projecto fica claro de que tudo quanto possamos fazer se resume ao polo de produção Português, - grande (enorme mesmo) para nós, pequeno para a Qimonda. Prometer a sua manutenção, lançar optimismo não sustentado para no fim falhar - à semelhança de trapalhadas passadas (o fracasso Embraer está por horas) - são machadadas na confiança, cujo défice é mil vezes superior ao orçamental, já de si grande. Apelar a dEUS tambem não ajuda.

Presunção de inocência?

Quem? Quando? Como? Onde? O quê?
Não sei. Não me recordo. Nunca ouvi falar. Nunca estive com ele. Nunca falei com ele. Não assinei. Nunca vi o documento.
Assinei? Se assinei não me lembro.

19 de fev. de 2009

Muita parra, pouca uva

O QREN está parado. Sabe-se que quando voltar terá novas regras e não chegará para todos. Mesmo assim, o governo obriga altos quadros a uma roda viva de apresentações que por força das alterações a introduzir têm a mesma utilidade de um bicicleta sem pedais.

Da falta de confiança (act)

As acções do BCP perdem hoje mais de 4% em bolsa. O mercado reagiu mal aos resultados e não acredita que a instituição consiga o encaixe de capital, por via da emissão de titulos, necessário. Os seus ratings têm sido sucessivamente revistos em baixa e o preço-alvo por acção está agora nos 58 cêntimos, 12 abaixo da sua cotação em bolsa o que previsivelmente resultará em novas descidas.Quanto mais se sobe, maior é o tombo e no caso particualr do BCP parece que o chão não será o limite...

A vez da Bordalo Pinheiro

Não deixa de ser estranho que numa altura de crise e de consolidação a Visabeira tente expandir tanto o seu negócio. No cesto de compras, está agora a Bordalo Pinheiro, empresa cohecida pelos seus bonecos "catitas". Os tempos de crise são tempos de oportunidade e de compras baratas algo que VAA e Bordalo Pinheiro não são pois e apesar do capital necessário à sua compra ser baixo, as perspectivas de retorno e os buracos lá existentes tornam o pouco dispendido na compra no muito dispendido na manutenção e no restabelecimento, se algum fôr conseguido. Daqui se conclui que ou o grupo Visabeira foi contagiado pelo expansionismo megalómano dos irmãos Martins ou há dados que desconhecemos. Eu apostaria na última com uns pózinhos da primeira.

18 de fev. de 2009

Pois... (act)

Só por pura ingenuidade se pode acreditar que o pedido de opinião sobre os professores que não entrgaram os objectivos foi feita por "lapso" (link). A haver lapso é lapso de vergonha e de postura de um governo, à imagem do seu primeiro ministro, que se socorre de todas as artimanhas e truques sujos para manter a opinião públia controlada, numa altura em que ela começa a ferver. Este comportamento é vergonhoso e tem de ter um fim. Se tivessemos um Presidente da República...

Alguem tem aí uns trocados?

Ficou ontem claro que o BCP precisa de injecção de capital. Já se sabia há muito que com os accionistas não pode contar. Ficou-se a saber ontem que capital do Estado tambem não é solução, - Santos Ferreira sublinhou o "nunca". Que solução? Os clientes. Afinal, eles têm sido os maiores amigos do banco que mesmo em período de crise e com sombras sobre o banco se manteram fieis. Agora, Santos Ferreira pede-lhes 1 200 000 000 de euros. Quanto a mim, estou tranquilo, - não sou cliente. E você?

17 de fev. de 2009

Nunca?

É esta a palavra que marca a apresentação das contas do BCP. Fica é a dúvida do porquê ou porquês? Haverá na instituição algo que não se possa ver? Temerá a instituição que o Estado se imiscua? As grandes certezas suscitam-me sempre dúvidas.
No resto, só certezas e resultados em linha com o esperado. Um lucro de 201 milhões, 362 milhões abaixo do resultado de 2007. Se a este decréscimo retirarmos os 200 milhões perdidos na participação no BPI, ainda ficamos com um buracode 162. No entanto, Santos Ferreira está de parabéns. O barco continua à tona... e a tarefa d o manter não se vislumbrava nada fácil.

De que vale um relatório que se baseia em percepções e não em factos...

O episódio que aqui conto passou-se há já alguns anos. Na altura, via os jogos no camarote de uma conheciada empresa patrocinadora do clube e num deles - sinceramente não me lembro qual -fui surpreendido por um funcionário do clube que me pedia se o observador podia assitir dali ao encontro. Estava só com um amigo, espaço era coisa que não faltava e a companhia era bem vinda. Secretamente pensava (quiçá, pensávamos) poder influenciar a sua observação mas o tipo foi lesto a dizer que não queria ser incomodado e nem no intervalo se juntou à mesa para comer um daqueles saudosos preguinhos. Como já disse, não sei que jogo era, nem que avaliação teve o árbitro mas lembro-me do observador nunca olhar para a televisão onde podia ver as repetições e de esclarecer no fim que a observação é feita no momento, como se de um quinto árbitro se tratasse. Compreendo assim o relatório que hoje é noticiado no Público mas interrogo-me de qual a utilidade do mesmo...

Mais uma bolha para rebentar?

O Negócios noticia hoje que o BCP não necessitará de uma aumento de capital extra para cumprir os indices de solvabilidade exigidos. Avizinhava-se um bom dia mas aparentemente, o fraco desempenho das bolsas europeias fez soar os alarmes e o mercado bolsista apercebeu-se que na próxima quinta-feira serão anunciados os resultados do banco de Santos Ferreira. Há grandes dúvidas, até legais, quanto ao desempenho da instituição no ano de 2008 e ninguem acredita que esta consiga dispensar o tal aumento de capital. E aí começam, ou agudizam, as dores de cabeça de Santos Ferreira que tem um corpo accionista fortemente descapitalizado e que não poderá obviamente, acompanhar tal aumento. Fica assim a porta aberta, à entrada de novos accionistas mas a crecente sombra e suspeita afsta-os. Por tudo isto, as acções seguem a desvalorizar 6,85%, o que só faz aumentar a dor de cabeça, estensivel aos pequenos accionistas que se vêm no meio do turbilhão.
Esperemos então por quinta-feira e pelo anúncio dos lucros que seguramente serão afectados pela desvalorização do BPI, num valor a rondar os 200 milhões de euros. De lembrar que em 2007 o lucro apurado foi de 563,3 milhões estando o intervalo de valorees previsto para 2008 entre os 163 e os 276.

As 90 sessões... e a lenda do escorpião

A Euribor a 6 meses quebrou hoje a barreira dos 2%. Quer isto dizer que está abaixo da taxa directora do BCE e que o mercado aposta em nova descida por parte do Banco Central. Já aqui escrevi que tal aposta coloca Trichet entre a espada e a parede. Por um lado, não quer perder o podr de intervenção que fica manifestamente reduzido com os juros abaixo dos 2%. Por outro, pode provocar novo colapso no mercado caso decida manter a taxa provocando o défice entre Euribor actual e taxa directora o que terá como efeito imediato a subida vertiginosa da Euribor. Com este cenário, é previsivel que o BCE aceda mesmo à baixa de taxa e coloque a nova fasquia nos 1,5% o que só provará que o mercado é feroz e não hesita em ir contra quem o ajuda, um pouco à semelhança do escorpião.

Dedicada a Sócrates e Chávez

Eu não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço, o que é que me deu,
Pra votar tanto assim em alguem,
como Tu, como Tu...

Shoichi Nakagawa


Se o nosso Ministro das Finanças fosse assim, o País estaria melhor? Quiçá!

16 de fev. de 2009

O minimo histórico já tem barbas (act)

O minimo histórico na taxa a 3 meses foi batido na passada sexta-feira e situava-se em 1,947%, na 88ª sessão consecutiva de baixa da Euribor depois do record histórico de 9 de Outubro de 2008. Hoje, cumpriu-se a 89ª sessão sempre a descer da qual obviamente recorre novo minimo histórico, - 1,927%. Apesar de continuar em queda constante, o abrandamento na descida é agora notório estando mercado à espera de nova baixa do BCE. A taxa de 3 meses já se encontra abaixo da fasquia dos 2% - com o mercado a especular uma revisão em baixa da taxa directora na reunião de Março - ao contrário da Euribor a 6 meses que ainda se encontra acima.
A abertura e a margem para novas descidas parece no entanto mais reduzida e não se vislumbra que as Euribor's possam descer - pelo menos num futuro próximo - abaixo de 1,5% pelo que a partir de Abril estará encerrado o ciclo de de revisões em baixa das prestações ao que se seguirá, previsivelmente, um período de acalmia e constância de valor.
Pequena nota acerca do artigo que o Público publica hoje sobre a Euribor

Da ganância

Foram vários os empresários/investidores que num passado recente travaram lutas de galos por um poleiro mais solarengo. Do caso BCP à Cimpor, foi vê-los lutar pelo protagonismo ocupados em interminaveis contagens de espingardas. Fizeram-no alavancados em avultados financiamentos e na perspectiva de crescimento do mercado bolsista. Afinal, tinham do seu lado espingardas suficientes mas todas elas apontadas à cabeça. A recente crise financeira carregou as armas e o gatilho está pronto a disparar q qualquer instante. Rendeiro (BPP) e Berardo contam-se entre os galos mas parece ser Manuel Fino o mais aflito. Para já, e para solucionar o grave problema de tesouraria vai entregar metade da sua participação na Cimpor (20,3%) à CGD para liquidar parte do empréstimo que contraiu para a sua compra...

Fraquinho, fraquinho

O Porto viu-se e desejou-se para vencer ontem o Rio Ave. A equipa finaliza mal e não consegue manter a coonstância de jogo. É pouco para um tri-campeão nacional com aspirações a mais um titulo. Fruto de um campeonato fraco e de um treinador com ambição do tamanho de uma ervilha, a equipa vai-se arrastando e cumprindo os serviços minimos. Quarta o jogo é mais sério e dele dependerá a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Ou começam a jogar... ou começam a jogar.

Love Letter

Se no dia de S. Valentim, um desconhecido lhe escrever uma carta a pedir para reforçar ligações, isso é:
Impulse.

14 de fev. de 2009

Um grave caso de amnésia e falta de vergonha

Os documentos que o Expresso publica hoje são mais um forte indicio das irregularidades em que o ex-ministro amnésico está envolvido. Dias Loureiro e o Bruxo-Mataduços foram sempre os rostos de uma sociedade e de um banco prósperos, que mesmo garantindo as melhores taxas do mercado configuravam um caso de sucesso. O tempo encarregou-se de provar que afinal o sucesso não passava de negociatas e favores com - e para - amigos sustentados pela massa depositada no banco da sociedade. Dias Loureiro é um “empresário de sucesso” e a sua fortuna ascende à classe dos milhões mas mesmo assim deveriam ficar-lhe gravadas na memória assinaturas para a compra de duas empresas por 75 milhões de euros. Para mais, o rotundo fracasso das duas tecnológicas Porto-Riquenhas não tardou e não acredito que alguém se dê ao luxo de esquecer tamanhos desaires. Mas o senhor diz que não e nós devemos acreditar na sua palavra, tal como o nosso crente Presidente, que nesta fotografia fica muito mal – estão a ver a boca aberta e a comer a fatia de bolo-rei?
A confiança que Cavaco mantém em Dias Loureiro só pode ter duas justificações que resultam de uma mesma raiz, - o medo. Ou Cavaco é cobarde e tem receio – como em quase tudo – de actuar por ferir os que o apoiaram simplesmente ou a situação é pior e Cavaco tem medo que o afastamento de Dias Loureiro levante poeira que ele quer ver bem debaixo do tapete. De uma ou de outra forma Cavaco está de rabo preso e limitado na sua acção até porque, e dando de barato que Dias Loureiro é inocente, não faz qualquer sentido ter um Conselheiro de Estado que afunda 75 milhões no Atlântico. Conselheiros destes dispensam-se… sejam culpados, sejam inocentes.

13 de fev. de 2009

À espera de Trichet? De Sócrates? De nós próprios?

Foram precisas 88 sessões, desde o dia 9 de Outubro, para que a Euribor a 3 meses atingisse o seu valor mais baixo desde a implementação do Euro em Janeiro de 1999, - 1,947%. Face a esta realidade, já ninguem acredita que Trichet ouse manter a taxa directora fixada nos 2%. 1,5 deverá ser o novo valor a fixar, ficando reservada para o segundo trimestre nova descida. Mesmo com estas descidas, a economia está em recessão - os novos dados vieram comprovar o que já se notava no dia a dia - e não parece que a baixa dos juros seja suficiente para inverter a tendência. Do poder político, nomeadamente do Português, tambem não podemos esperar soluções. Vamos mesmo ter de ser nós a encontrá-las... optimizar e expandir mercados. Mais que nunca a real-politik de Sócrates pode ser a chave da solução facilitando a exportação para países com quem ainda não temos grandes relações comerciais. Estados Unidos, Europa e até mesmo Angola, a salvação de muitos, estão a abrandar. Libano, Libia ou Argélia vão definitivamente entrar no nosso vocabulário...

Basta substituir o protagonista...

Obrigatório

O blogue dos actuais e ex directores do Negócios já está online.
link no logo

12 de fev. de 2009

Do populismo

A viabilidade, e sobretudo a competitividade, de muitas empresas passa obrigatoriamente pela supressão de postos de trabalho. A organização deve ter apenas os empregados necessários e nem um a mais. Enquanto trabalhadores e políticos não perceberem isto não saíremos da cauda da Europa, onde nos encontramos, nem teremos indices de produtividade dignos. Portas, ao defender que uma empresa ajudada deve ser uma empresa obrigada a manter empregos roça o mais estúpido populismo, contribuindo para este ideia tacanha de manter artifialmente postos de trabalho que no médio/longo prazo transforma incentivos estatais em dinheiro deitado ao lixo. Manter emprego à conta de subsidios é um virus para qualquer empresa e deve ser evitado a todo o custo. Ao contrário, tornar as empresas competitivas gera riqueza e desenvolvimento criando condições para o surgimento de mais empresas e conseuqentemente mais emprego.

Este raciocinio não dá, obviamente, cobertura ao patrão que não está interessado na empresa e aproveita toda esta situação para despedir.

A frieza dos números

APAV contabilizou quase 19 mil crimes em 2008, 90 por cento de violência doméstica (Noticia hoje o Público)
[Violência Doméstica] Só 12 presos preventivos em 10 mil inquéritos (Noticiou o DN a 3 de Janeiro)

De batalha em batalha até ao fracasso total

É público que sou Portista e que admiro o trabalho que Pinto da Costa realizou, e realiza, no FC Porto. Isto não invalida que acredite que por trás desse trabalho e dos titulos que o traduzem aja muito jogo sujo, muito golpe de rins e muita, mas mesmo muita, corrupção. Posto isto, tenho de estranhar que mais uma vez um tribunal tenha decidido a sua não pronunciação no célebre caso da fruta. Estranho ainda mais, quando a investigação e todo o processo estão sobre a alaçada de uma das mais competentes justiceiras deste país, - Maria José Morgado... É o de sempre, olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço,... e muito menos para os resultados.

Vista Alegre, o principio do fim

A OPA lançada pela Cerutil, empresa do grupo Visabeira, parece chegar a bom porto. Hoje, e em comunicado, a administração da Vista Alegre pronuncia-se favoravelmente à oferta pública e vê nela a melhor solução para a resolução dos graves problemas do grupo de Ílhavo, conseguindo entre outras coisas, acautelar os postos de trabalho. O valor de aquisição situa-se perto dos 12 milhões de euros. E é neste valor que começam as interrogações. Basta conhecer o património e valorizar a marca para se perceber que este preço é uma pechincha. Basta tambem ter dois ouvidos e circular pela zona para saber que o passivo é gigantesco e o desafio de reerguer um dos símbolos nacionais é gigante. Fica muito por contar e há sem dúvida muitos dados que nos escapam.

11 de fev. de 2009

Portugal, o país da inovação

A nova lei das uniões de facto entrou em vigor a 11 de Maio de 2001. Nela pode ler-se,

1 - A presente lei regula a situação jurídica de duas pessoas, independentemente do sexo, que vivam em união de facto há mais de dois anos...

1331

Já não é a primeira vez que deparo com lutas quixotescas por parte de ambientalistas. Quase nunca tem razão. Mas desta vez acho que a tem. Cortar 1.331 sobreiros centenários, para dar lugar à construção de mais um centro comercial, e mais um estádio de futebol, não é utilidade pública. A sociedade não tem dinheiro nem para compras, nem para ir ao futebol, e o Vitória de Setúbal nem dinheiro tem para pagar aos jogadores, quanto mais para sustentar um estádio novo.
Desta vez não é fundamentalismo.

Do antigamente

O tempo e o espaço são tudo. Impelido pela nostalgia dos tempos de estudante revisitei um velho restaurante que frequentava na altura em que o bilhete de cinema ainda tinha desconto. Nesses tempos, o dono passava todo o tempo ébrio, a filha deste, tipo barril, do alto dos seus 10 anos dava ordens a todos e o olhar, quer de um quer de outro, matava sempre que se pedia mais um guardanapo para limpar a louça que metia dó. Ontem, fruto de uma cirrose que ameaça ou de uma cirrose já ultrapassada, as bochechas do tipo largaram o tom rosa, a louça vinha limpa e os guardanapos abundavam, bem como o aço-inox. O polvo, o polvo à pescador que me levava lá, era o mesmo e igualmente bom, mas agora, o vinho sabe mal e quase não passa na garganta, as batatas que acompanham têm demasiado óleo e as sobremesas hiper-calóricas caducaram a licença no Natal. Fico sem saber se é a ASAE ou os anitos em cima que me estragaram a refeição mas que o Adão já não é o que era, isso é inegável?

Como era no principio, agora e sempre

A Igreja Católica tem em Portugal demasiado poder. Gera muita receita, tem ainda alguns fieis e arroga-se contra-poder. Este aviso prova isso mesmo. Quer intimidar e mais ainda aproveitar a discussão para obter protagonismo, que lhe vem sido negado. Vai sair gorado como saiu o boicote de Pinto da Costa a Rui Rio. A sociedade acredita muito pouco em gente que é contra o progresso e amarrada a um passado que já foi feliz...

10 de fev. de 2009

Bye Bye

Mister Scolari a nadar em Inglaterra... Tipo Michael Phelps.

Da especulação

Tenho escrito aqui várias vezes que o sistema financeiro não aprendeu nada com esta crise. Foram feitas algumas alterações mas apenas para fora, - aumento de spreads, diminuição do risco, etc. Lá dentro, na sua orgânica interna, nada mudou e a especulação continua a ser palavra. Hoje, a Euribor a 3 meses, colocou-se abaixo da barreira dos 2%, valor para a taxa de referência da zona Euro com o mercado a especular já na eventual baixa de taxa do BCE na próxima reunião de Março. Trichet está entre a espada e a parede. Se por um lado quer manter a taxa num valor que lhe confira poder de acção caso seja necessário e portanto mantê-la nos 2%, vê a inflação e o crescimento económico a baixarem, juntando-se-lhes agora a pressão do mercado para acompanhar a descida das Euribor. Caso Trichet mantenha a intransigência, algo que mais do que nunca parece impossivel de acontecer, mas nunca se sabe, chegará aos mercados uma nova onda de instabilidade e de alta generalizada de Euribor arrastando consigo quem ainda não se refez do desastre de Outubro.
Nos próximos dias é expectavel que a taxa a 6 meses quebre tambem a barreira. Depois é só aguardar uns dias e ver o BCE a baixar o juro, seguramente para valores abaixo de 1,5%. É o poder político e regulador a andar atrás do mercado, uma cena já vista e com os resultados que conhecemos.

Decidam-se

Não me chateia nada que alguém diga que não vota no PS e em José Sócrates porque ele é isto ou aquilo. O que me irrita solenemente é a frequente resposta sobre a alternativa: "sei lá, ele é que não..."!!!!!!???????

Proteccionismos

Sobem de tom os receios quanto à possível adopção de medidas proteccionistas por parte de alguns governos para fazer face à crise (de confiança) que alastra pelo mundo. Também me parece ser um caminho perigoso e que pouco ou nada vai contribuir para que a médio prazo o mundo entre nos eixos outra vez. A ilusão do proteccionismo passa pela miragem da autosuficiência de cada Estado. O que, na prática, é impossível. É verdade que há alguns anos que o mundo se debate com agressivas políticas proteccionistas e de verdadeiro dumping por parte de algumas das chamadas economias emergentes. Mas isso vai custar-lhes muito caro (como já está a acontecer na China, por exemplo). Apesar de todos os seus defeitos, a globalização tirou milhões de pessoas da pobreza, democratizou o acesso a bens de consumo e refinou a exigência de muita gente que durante décadas se viu com menos que nada. Onde a globalização falhou, e redondamente, foi na adopção de mecanismos de controlo e supervisão dos mercados financeiros, dando rédea livre a perigosas actividades especulativas, que ruíram sem dó nem piedade. E esse é o grande problema a resolver nos próximos tempos. Mas que deve ser resolvido internacionalmente, através de uma verdadeira conjugação de esforços e políticas. O proteccionismo é o passo final para o abismo perto do qual já nos encontramos. O pobrezinhos mas honrados e o quem não tem dinheiro não tem vícios são teorias à Medina Carreira. Sem substância e sem futuro.

9 de fev. de 2009

o profe

O que sempre me irritou nos professores é aquela mania que sabem. Isso é dizerem coisas evidentes como se fosse algo que lhes tivessem saído após aturado raciocínio. Isso e engarem, usarem truques para mostrar que estão certos. Agora percebo porque o Pulido Valente insiste em chamar professor Cavaco ao Cavaco e ao Presidente Cavaco.

Um PSD à imagem do país

As considerações que Marcelo Rebelo de Sousa teceu ontem sobre Manuela Ferreira Leite há muito que vêm sido escritas aqui na blogosfera. A Senhora não cativa e não consegue chegar ao eleitorado, repelindo-o até. Mesmo com o caso Freeport a manchar a imagem de José Sócrates e o governo PS, os Sociais Democratas não se conseguem aproximar (existe uma sondagem que aponta o contrário) e Manuela Ferreira Leite consegue mesmo perder popularidade. Parecem portanto chegados ao fim os tempos de liderança da dama de ferro onde já só se depositavam esperanças numa boa governação, que agora sabemos inatingivel, uma vez que já provou por todas as peripécias, gaffes e momentos falhados que não sabe fazer oposição. Sem Presidente, sem governo e sem oposição é fácil entender a estado em que nos encontramos.

Stolen Weekend Sadness

Para os clubes pequenos, é sempre motivo de grande alegria conquistar alguma coisa ao Benfica.
Nem que seja um ponto.
Nem que seja um penálti.

7 de fev. de 2009

Flooded Weekend Passions

site clicando na foto

Nos dias cinzentos - negros neste caso - os que nos são próximos e uma paisagem arrebatadora são uma boa ajuda.

Conterrâneo



Ministro Santos Silva a malhar na direita.

6 de fev. de 2009

Tinha de ser em Samora Correia, entre Paio Pires, a Coina e a Moita

Mas o homem não compreende. Ou finge não compreender. Diz que não foi ele a fazer o turno da noite. Balbucia, com evidente nervosismo, que o banco pode ter-se enganado.

Paulo Moura, no Público, conta uma história. Apenas e sobretudo. Assustadora.

Michael Phelps

A IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO NO ESTILO CRAWL :
A técnica respiratória deriva do movimento alterno dos braços e da posição ventral do corpo com a cabeça submergida. O tempo de inspiração efectua-se no final do impulso ou ao iniciar-se o regresso à superfície do braço do mesmo lado para onde a cabeça gira.
A expiração, sempre progressiva, corresponde habitualmente a outras fases do ciclo de trabalho de braços.

5 de fev. de 2009

The sour side of business

Durante largos meses, anos até, os mercados estiveram em crescendo. Era o tempo em que num mês quase se duplicava a fortuna. Os proveitos financeiros eram grandes, melhorando as pretações de qualquer administração e permitindo a alavancagem de investimentos dando as participações financeiras como garantia. Those were sunny days...
Agora o tempo está cinzento, e o ricochete atinge-nos a uma velocidade estonteante. O PSI 20, e mesmo o geral, nã são excepção e todas as participações cruzadas que existem fazem agora mossa. O valor do activo a preço de mercado é agora muito mais baixo quando comparado com a última avaliação ou aquisição, e chega em casos extremos - ver notícia sobre Teixeira Duarte - a colocar o activo total abaixo do passivo, o que configura uma falência técnica. It's the dark side. Deal with it...

Viúva Clicó

No filme O Leão da Estrela, António Silva, 'lagarto', após um clássico entre o FCP e o SCP dirige-se com o seu amigo 'tripeiro' a um bar em Espinho. Feliz por ter vencido, o "Sr. Anastácio" (António Silva) pede uma garrafa de espumoso Viúva Clicó, numa interpretação fantástica e hilariante.
Por mera coincidência, ontem foi o que eu bebi. Veuve Clicquot.
Que bem que me soube.

4 de fev. de 2009

É bem feito!

Não simpatizo com o FCPorto. Pronto, já disse. Agora já sabem.
Cumprir castigos, testar juniores, ou mesmo viajar de comboio antes de um derby também não ajuda a simpatizar. Não tenho nada contra a utilização de transportes mais económicos e mais 'limpos', ou contra a utilização de jogadores menos experientes, ou mais novos. Bem pelo contrário. Mas acho que o desinteresse que o FCP mostrou pela Taça da Liga e o desrespeito que revelou por um clássico com o SCP mereceram os 'olés' e a goleada.
Estão a poupar-se para o Benfica do próximo fim-de-semana?
É só nisto que Jesualdo pensa?
Pensa pequeno.

Bulhão Pato

Para quem não sabe, Raimundo António de Bulhão Pato nasceu em 1828, foi um poeta, ensaísta, memorialista, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e colaborador em diferentes jornais. Duas vezes foi convidado para deputado, mas sempre se recusou.
Não escrevia muito bem, acabando por ficar imortalizado não pelos seus poemas, mas sim pela sua famosa receita de amêijoas: azeite, alho, coentros, vinho, limão, sal e pimenta.
Em Portugal nem tudo está bom como as amêijoas. Também não sou daqueles que dizem que lá fora é que é. Simplesmente acho que perdemos muito tempo a evidenciar as coisas más, e pouco as boas.
Quando ouço as notícias, comento, respondo e falo. Estou igual à minha Avó, que dialogava horas com aquele écran a preto e branco. Às vezes penso: como eu gostava de responder a estas notícias, como eu gostava que estes gajos me ouvissem.
Hoje o País continua cinzento, igual à televisão dos meus antepassados. A diferença é que não precisamos de responder a caixotes.
Apesar das semelhanças com Bulhão Pato e com a minha Avó, os tempos mudaram, e hoje existem outras formas de comunicar.
Esta Sociedade é uma delas.

Da perseguição

Os ratings de BPI, BES e BCP estão sob vigilância negativa na Standard & Poors. Depois de Estado, empresas do Estado e grandes grupos empresariais privados surge agora a banca. É incontornavel a crise financeira e as dificuldades que ela acarreta para todos. Existe mais dificuldade hoje em fazer face à divida do que há meio ano atrás, o que leva as agências de rating a rever em baixa os indices dos visados. Até aqui dou de barato. Mas se para Potugal as coisas estão complicadas, não estão melhores na Irlanda, a Bélgica vê a banca a esvair-se e França, Alemanha e Inglaterra é melhor nem trazer ao barulho. Já os números, esses dizem o contrário, - Portugal, Espanha, Itália e Grécia veêm os seus indices baixar ao passo que todos os outros se mantêm. Interessa-me Portugal e, neste post, a banca particularmente, que é só a que melhor se portou em toda esta crise ficando imune às maiores fraudes - muito por falta de fundos para investir - e com incumprimentos despreziveis quando comparados com a Banca Europeia e Norte-Americana.
Mesmo assim, os indices foram para nós revistos em baixa o que cria ainda maiores dificuldades à banca Portuguesa, vendo-se obrigada a pagar mais (o dinheiro que compra fica mais caro) por menos (fica mais dificil o acesso a financiamento estrangeiro). Escusado será dizer que quem paga tudo isto é o contratante de empréstimo bancário que tem visto o spread a aumentar desde o inicio desta crise. Ou seja, o spread que os bancos agora praticam englobam a sua margem de lucro e ainda o diferencial entre a taxa referência do BCE (2%) e o real preço a que pagam o dinheiro.

Ainda com crédito

O mercado de transferências está em baixa, com a crise e a falta de dinheiro. Embora não tenhamos nenhuma "garantia bancária" (expressão que se tem vindo a revelar como uma contradição nos termos), contamos que o aval do Estado esteja aí ao virar da esquina e decidimos apostar na diversificação do produto e contratar um novo colaborador (pagamos em facturas) para o blogue. A assembleia-geral da Sociedade em Comandita reuniu-se e celebrou por unanimidade e aclamação a integração na equipa de Bulhão Pato.

Conspiração possível

Terei sido só eu a reparar na coincidência de ser precisamente na altura em que o primeiro-ministro está com problemas (Freeport e crise) que surgem as suas fotografias com a namorada na imprensa cor-de-rosa?

Pub a la carte

O anúncio idiota da Sagres passa sempre duas vezes. E nunca me tocou.

Bad bank


Trocar "boys" por "bank" neste clássico dos Inner Circle.

Time out

Não está na hora de Sócrates se demitir e exigir uma investigação clara e independente ao caso Freeport? É verdade que isso poderá abrir o caminho à múmia, mas também não é menos verdade que cada país tem os governantes que merece...

Dúvida

Será que não poderei passar o meu crédito à habitação para um bad bank e esperar que o Estado se encarregue dele?

De preferência já jantadas

Deixar o filho na escola às sete e meia da manhã e voltar a vê-lo às sete da tarde é despejar a crinça no depósito e abdicar do acompanhamento do seu crescimento. Dirão que a sociedade e o ritmo de trabalho frenético isso obrigam mas ter uma criança é antes de mais um opção de vida. Eua admito que o meu egoísmo me impede até de pensar num yuppizinho. Era bom que outros o fizessem...

Ainda o BPN

Depois ver isto, lembrei-me imediatamente disto.

3 de fev. de 2009

O apoio cobarde

Santana Lopes é um péssimo candidato à Câmara de Lisboa. Previsivelmente sairá derrotado e isso significará um duro revés na direcção nacional. O que levará então o CDS-PP a ponderar um apoio ao candidato Social Democrata? Cobardia e a possibilidade de arranjar o bode espiatório que precisa. A candidatura de Teggie é fraca tambem, e Portas sabe quanto vale (entre 3 a 4% e longe da possibilidade de eleição para a vereação). Prestando apoio a Santana o PP ganha visibilidade, ainda que colado a uma candidatura perdedora, mas safa-se da má imagem de uma derrota. É pouco para um Partido que se diz alternativa...

Até onde vai o buraco?

Em toda esta crise ficou sempre uma pergunta sem resposta. Até onde vai o buraco? Podemos acrescentar, será que tem fundo? A abordagem ao problema revelou isso exactamente com a sucessiva apresentação de meias-soluções. Primeiro a liquidez, depois o reforço de capital e agora o bad-bank. Para já, a crise ainda está longe ou pelo menos retida na alfândega mas chegará a Portugal e ainda não sabemos que efeitos trará. O BPI fruto da política rigorosa e avessa ao risco apresenta bons indices de solvabilidade. O BES fruto de um aumento de capital doido tambem. Resta o BCP, o Banco que Santos Ferreira não deixou cair mas que anda sobre fio de navalha. As suspeitas e os receios são mais que muitos e um aumento de capital parece inevitavel. A pergunta que fica por responder é a mesma de sempre. Tapará o buraco?

2 de fev. de 2009

bad bank

Ainda que o caso Freeport tenha distraídos as gentes, a crise continua a rondar e dos ecos de Davos chega a mensagem de que ela é mais grave do que se esperava. Não se falou muito de soluções - pois estas não existem ou estão difíceis de encontrar – mas ficou no ar a ideia de criação de um bad bank. Obama e a sua administração parecem seduzidos bem como a zona euro (em bloco ou individualmente é problema para depois). A ideia é comprar tudo o que a banca não quer, a um preço que o mercado se recusa pagar e assim livrar a banca de passivos gigantes. Depois de um aval alargado para fazerem face aos problemas de liquidez e do acesso a verbas monstras para reporem rácios de solvabilidade (almofadas que permitem amortecer as perdas) a banca quer agora que lhe compremos tudo aquilo que ninguém quer. Se esta ideia vingar, e parece que vingará, será uma afronta à cautela e à boa gestão. O que se propões é mais ou menos o mesmo que permitir a um jogador de casino recuperar o dinheiro que jogou no final e ainda ficar com os lucros que foi ganhando…

A caminho do Afeganistão?

Pode ler-se hoje no Público que uma parte substancial das tropas sairá [do Iraque] antes do final do ano. Lê-se tambem que um atentado, dos mais violentos [num passado recente], matou 21 policias. Parece fácil prever a notícia que se segue...

1 de fev. de 2009

Contas rápidas

Comprar um apartamento a pronto pressupõe que tenhamos disponivel a verba necessária. Contas muito rápidas dizem que para um apartamento de 72 000 contos (assim foi escriturado) com um rendimento anual de 250€ (???) teremos de esperar 1440 anos - velhinha a Senhora não? - ou ter um filho querido...

French Weekend Passions



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Falta personalidade mas vai bem tipo bacalhau... com todos.

31 de jan. de 2009

Sampaio is back?

É público que não simpatizo com Anibal Cavaco Silva. Simpatizo ainda menos com o Presidente da República. Falta de carisma e cobardia são dois dos defeitos que lhe aponto. Para o país, é mais grave, muito mais grave, o segundo. O caso Freeport é disso prova. Cavaco escusa-se a comentar o caso dizendo apenas que este é um ssunto de Estado. Certissimo. Até aqui estamos de acordo. Mas exactamente por ser um assunto de Estado, da maior importância, é que exige uma tomada de posição de Cavaco Silva. Ou bem que diz que até prova em contrário Sócrates está inocente e legitimamente à frente do executivo, prestando-lhe assim o apoio institucional que Sócrates e o país precisam, ou bem que aceita as suspeitas como fundadas e dissolve a Assembleia convocando eleições antecipadas e acabando com este meio-estado que não é frio nem quente. Com esta postura Cavaco é responsavel pela manutenção de um constante estado de suspeição que nos desvia de questões fundamentais. Arrisca-se ainda a ver o seu comportamento comparado ao de Sampaio que manteve o governo de Santana em banho maria o tempo suficiente para a organização do PS (até podem ser coincidências mas a cronologia encaixa). Tenho dito várias vezes que mais do que liquidez, incentivos e apoios, o país, a Europa e o Mundo, precisam de confiança. Cavaco tem feito o contrário e isso só pode ser classificado como um péssimo serviço a Portugal...

A desgraça de uns, a salvação de outros

Em ano de crise, de desemprego e outras desgraças, a IURD última o seu "templo" na cidade do Porto. Visão ou ajuda divina?

30 de jan. de 2009

Porque hoje é sexta

é importante fazer o balanço da semana que se pode resumir nestes 4 pontos essenciais:

1. 345 567 manchetes com Sócrates/Freeport;
2. 345 567 conferências de imprensa, comunicados e afins sobre Sócrates/Freeport;
3. 345 567 novos desempregados anunciados;
4. 345 567 oportunidades perdidas na resolução da crise por estarmos com a atenção focada onde não devemos.

O que vale é que é sexta e o fim de semana está mesmo à porta.

29 de jan. de 2009

Vergonhoso e só possivel nesta balburdia de governo

O Citius e o Habilus, sistemas informáticos onde são "carregados" os processos judiciais, está sob a alçada do Ministério da Justiça. Segundo um manifesto (notícia TSF) apresentado e subscrito por diversos magistrados, estes sistemas podem ser acedidos por funcionários do Ministério existindo inclusivamente, a hipotese de alterar o que nos processos e despachos está escrito violando o principio de independência entre poderes e o próprio segredo de justiça. Quero acreditar, quero mesmo, que esta sitação foi criada por pura incompetência e não deliberadamente. De uma ou de outra forma, a situação é grave e exige correção imediata, não dispensando o apuramento de responsabilidades.

O silêncio de MFL

peço desculpa mas não resisti...


Note-se a data de criação do twitter e a declaração de intenções. Possivelmente o twitter nem terá sido criado por ela. Se assim fôr fica só a piada...

28 de jan. de 2009

A dura realidade

Talvez publicado no Finantial Times e em Inglês, tenha mais credibilidade:

“Behind this is the broader issue of loss of competitiveness on Europe’s southern fringe. Unable to devalue their currency, weaker economies can only restore competitiveness by cutting jobs and real wages”

via sedes

Não é voltar a bater no ceguinho...

... mas espanta-me, a sério que me espanta, que pessoas tão ingénuas e tão distraídas que nem saibam o que é seu e o que não é - talvez aqui resida a resposta - cheguem tão longe e alcancem tanto sucesso.

Nem por acaso (act)

Ontem falava com o Justiceiro sobre o medo que tinha de o meu twitter ser uma super-máquina geradora de spam. Hoje recebo isto (entretanto já bloqueado)... salvam-se os fartos seios.
act - entretanto recebi este... na minha opinião, melhoraram o modelito (tambem já bloqueado).

Finalmente o reconhecimento mediático

Dias Loureiro (link) e Sócrates (link) batem-se pelo destaque no Público online. O PSD finalmente, na ribalta.

Jurista ou Ex-Ministro?

Ficamos sem saber se Freitas emite a sua opinião como jurista ou como ex-Ministro de Sócrates (Público).

27 de jan. de 2009

Bodas de diamante

É isso não é? 75 sessões sempre a baixar. A Euribor está em minimos de há 3 anos. Apesar de a sua margem ser cada vez mais reduzida, uma vez que se aproxima da taxa referência do BCE e não se vislumbram novos cortes, as Euribor continuam o seu trajecto descendente, hoje pela 75ª vez consecutiva. Desde 10 de Outubro de 2008 a descida supera já os 200 pontos, and counting... A acompanhar a descida das Euribor estão tambem os créditos à habitação que vão sendo revistos. O cenário pior são os Créditos revistos em Novembro com Euribor a 6 meses. Esses, vão ter de esperar até Maio pra ver a sua prestação diminuir.
Euribor 3 meses - 2,130%
Euribor 6 meses - 2,239%

A capacidade de só discutir o acessório

Quem já viu uma Ficha (Europeia) de Informação Normalizada para um Crédito Habitação (CH)sabe o quanto é dificil interpretá-la se não existirem conhecimentos previamente dquiridos na área financeira. A sua compreensão torna-se mais dificil quanto menor fôr o conhecimento (titulos académicos à parte) do ou dos contratantes. Essa franja da sociedade, mais susceptivel de ser levada pelo léxico do "especialista" que tem à frente e pelas impecáveis simulações em formato pdf não foi, nem o será com estas novas propostas, defendida. Tão somente porque a vergonha impede-os de perguntar e quando perguntam, o "especialista" consegue enrolar e dar a volta. Uma questão tão simples, mas vital, como são as simulações para euribor +1 e euribor +2, é normalmente resolvida com um marcador fluorescente que só destaca a simulação actual. Qualquer contratante de um CH só deve avançar se sentir confortável a pagar uma prestação com euribor+spread+2%. É que a euribor tambem sobe. Hoje está a descer mas amanhã pode subir. Se pensarmos que um CH é normalmente feito a 30 ou mais anos é fácil de prever as dificuldades que passará quem não levar em conta o potencial agravamento da prestação.
Mas algo mudou desde Agosto de 2008. São hoje os bancos, os primeiros a acautelar os clientes. Não por altruismo, palavra que nem figura nos seus dicionários, mas para evitar a todo o custo o mal-parado, razão primeira das dificuldades porque passaram,... e passam. Parece-me pois, que a desinformação se resolveu, não por intervenção de terceiros, mas por comunhão de interesses de ambas as partes. No entanto, tal não afasta nem dispensa uma observação atenta por parte do reguldor.
Há ainda um outro aspecto, no projecto de Aviso sobre Deveres de Informação no Crédito à Habitação que hoje é noticiado, que me cusa alguma confusão. A obrigação de comunicação com 30 dias de antecedência da alteração as condições de empréstimo, taxas de juro no essencial. Ou eu não percebi bem ou o que o projecto pede é impossivel de satisfazer tão somente porque a revisão de euribora aplicar no empréstimo é feita com base nos valores obtidos no mês anterior à revisão. Na melhor das hipóteses, esse valor é sabido na manhã do último dia útil. Ora, só os bancos que cobram nos primeiros dias do mês conseguem cumprir tal prazo e mesmo assim, terão de ser lestos no processamento de euribor e envio para os clientes. Bancos como o Millennium que cobram normalmente por volta do dia 22 não terão hipótese de o fazer. E não se espantem que esta nova obrigação, a juntar ao extrato mensal enviado venha a ser cobrada...

26 de jan. de 2009

estão de volta os amigos de Adrianse

Paulo Assunção afirma ter sido ameaçado com um tiro no joelho se não renovasse com o F C Porto. (via Público) Diz tambem ter presentado queixa na Policia o sucedido. Como até, não se soube de nada oficialmente, presumo, ou quero presumir, que o caso ainda está em investigação. Já vai sendo tempo da corja que gravita e parasita em torno d F C Porto pagar pelos seus actos. Não há lugar no futebol para animais... que ainda por cima têm a simatia, ou pelo menos o silêncio, da administração.

Do nexo de causalidade (act)

O Barclays bateu o pé à nacionalização e efectuou amortizações no valor de 8,5 mil milhões de euros. Segue hoje a valorizar acima dos 45%. Há coisas fantásticas não há? Está a ver onde anda o dinheiro Director?
act: A valorização acabou por ser de 70% (setenta por cento para que não restem dúvidas)

Conversa de metro

Às vezes a sabedoria popular tem os seus momentos. Hoje de manhã no Metro do Porto, alguém se saiu com esta pérola sobre a crise: "Esta crise é uma tanga. O dinheiro que havia há um ano atrás desapareceu? Foi queimado? Não! Está é todo no bolso de meia dúzia de azeiteiros!" Ora assim de repente...

Do rigor

Talvez seja importante chegar ao fim da notícia para se perceber o rigor com que o banco de Fernando Ulrich é gerido. Até lá chegarmos, percebemos que Rendeiro apostou muito em bolsa, era esse o core business do banco, e que perdeu tambem muito do que apostou, - as apostas são mesmo assim. É natural que empresas alavancadas na bolsa sintam sérias dificuldades quando esta atravessa períodos de fortes perdas, como foi e está a ser o caso mas já é menos natural que não tenham reservas alocadas em produtos de menor risco para fazer face a esses tempos de dificuldade, - a ganância explica uma parte. O que não é nada natural, ilegal até, é a engenharia financeira e maquilhagem das contas. Este é o ponto fulcral de toda a história BPP e onde Rendeiro pode ficar mal, pior será mais adequado, na fotografia. Uma empresa falida é grave e deve ser ajudada. Ao contrário, uma empresa falida com burla e ilegalidades dev ser fechada e os responsaveis responsabilizados.
No canto oposto, temos o BPI, um banco que tem em Ulrich e Santos Silva, dois responsáveis que pautaram a sua acção bancária pela discrição e pelo rigor. Não foi surpresa saber que o BPI não vai recorrer, pelo menos nos tempos mais próximos, à garantia do Estado e que os seus rácios de encontram acima dos impostos por lei e bastante acima dos congéneres. Tambem não surpreende que o BPI esteja a executar a divida da Privado Holding forçando a venda dasações da Brisa. É a luta contra o compadrio e o espelho do rigor.

Da petulância

Um tipo que está sentado numa mesa de reunião com um futuro Primeiro-Ministro e não se lembra disso passados uns anitos, ou é muito distraído ou muito petulante. Ou não quer contar a história toda...

25 de jan. de 2009

O pau de três bicos

A cada vez que Trichet baixa a taxa, facilita a vida a milhares de pessoas, ao mesmo tempo que retira incentivos à poupança noutros milhares. É uma balança onde a subida ou descida dos dois pratos é impossível. O benefício de um é necessariamente, o prejuízo de outro. O lucro da banca, no essencial, está no diferencial entre o preço de venda do dinheiro – empréstimos – e o preço de compra – depósitos e aplicações. Com a taxa directora fixada nos 2% diminuiu substancialmente os prémios de depósito desincentivando a poupança. Num cenário de ameaça de deflação este até poderia ser um estímulo ao consumo mas a crescente descrença numa recuperação rápida da economia vem anular esse efeito. Se lhe juntarmos também a crescente desconfiança na banca e sistema financeiro em geral, é fácil de perceber, que a intercepção de todos os parâmetros resulta num conjunto que poupa à parte do sistema bancário e financeiro ou na melhor das hipóteses em aplicações de muito curto prazo. Para além de limitar a acção das políticas monetárias abre espaço à franja menos ética da sociedade, leia-se “banqueiros de sarjeta”. Juros baixos nos depósitos e milhares de Portugueses com a corda na garganta são sangue para os tubarões que começam a dar à costa. O perfil destes novos predadores é algo diferente do do usurário típico. Os juros praticados são substancialmente mais baixos mas as garantias dadas para o empréstimo são altíssimas (cobrem-no, duplicam-no e mesmo triplicam-no) e as ameaças para que todos os pagamentos sejam cumpridos são levadas muito a sério (para não dizer mais). Isto enoja-me…

24 de jan. de 2009

Russian Weekend Passions

site clicando na foto

the one and only...

23 de jan. de 2009

Agulha em palheiro

Há já algum tempo que o faço mas por estes dias, é uma tarefa hérculea encontrar notícias positivas nos jornais. Comecei então a usar a técnica de as procurar nas secções mais improváveis mas por mais que procure, acreditem que até no JN procuro, na necrologia faltam sempre as fotos que esperava encontrar.

Que pague a Standard & Poor's

"A descida do ‘rating' da República portuguesa vai custar ao Estado mais 32 milhões de euros em juros da dívida pública. O valor resulta da diferença entre o agravamento do spread médio do mercado e o do spread português desde que foi colocado sob vigilância negativa".

É tempo de parar de discutir números

Um jantar com amigos seguido de um copo com amigos e uma interminavel, e boa, conversa com amigos, fez com que o acordar fosse algo problemático. Ao pequeno almoço, substituí a meia-de-leite por um café, comi uma barra de cereais e rematei com um sumo de laranja. Estava quase recuperado, leia-se meio-morto porque afinal de conts hoje é sexta-feira, quando ponho os olhos neste artigo, onde Vitor Constâncio continua a debitar pérolas e a desdenhar de quem não concorda com os seus números. Números, discussão de números, números, concordância com números, números, discordância dos números. É tudo quanto temos feito, como é óbvio, eu incluído. Seja 0,8 como aponta o Governo, seja o 1,6 defendido pela Comissão Europeia, seja um qualquer número que Constâncio atira entre os dois primeiros números o dado essencial é a certeza de que Portugal, a Europa e o Mundo entraram em recessão e não se vislumbra que dela saiam tão cedo. É hoje dificil saber o número do tombo e quantificar perdas mas sabemos que elas são uma realidade. Vamos então discutir saídas e rumos e esquecer a quantificação - em números - da nossa desgraça. Um país que contrai 0,8, 1,6, ou qualquer outro número abaixo de zero é igualmente um país com a economia em colapso. Interessa quantificá-lo? Talvez, mas não hoje...

22 de jan. de 2009

Me, myself and I

Os posts do Sociedade e outras bocas... no twitter.

Conversa da treta

Digam o que disserem, atirem-me com os argumentos mais rebuscados, façam teses de mestrado sobre o assunto. A verdade é que a tanga do rating passar de AA- para A+ é apenas mais um monumental embuste dos mercados financeiros e do muito que parasita à sua volta. E o estado português devia processar a Standard & Poor's. Porque quando o que se precisa é confiança, muito mais que liquidez, delírios económicos deste género não ajudam nada. Porque isto são delírios, são treta de gabinete. Digam o que disserem...

A Igreja contra-ataca

Lembram-se daqueles cartazes que começaram a circular por Londres (nos autocarros) onde se questionava a existência de Deus? Pois bem, a igreja inglesa decidiu contra-atacar e lançou uma campanha subordinada ao tema (vejam bem): «There are some question that can´t be answered by Google». Assim tem piada, não é ó Policarpo?

Estarão de saída?

Ventura Leite, deputado Socialista, a exercer o seu primeiro mandato na Assembleia - que pode coincidir com o último - teceu duras criticas à actuação de Mário Lino e Manuel Pinho, - noticia o Público. Inexperiente e negligente são os melhores adjetivos que encontramos na descrição da condução do processo de aquisição dos aviões Airbus. As criticas vêm agora de dentro o que debilita ainda mais a imagem dos dois ministros. E é aqui que a teoria da conspiração pode entrar.
Sócrates sabe que TGV e novo aeroporto são projectos muito discutiveis. Sabe também que Manuel Pinho e Mário Lino são chacota nacional variadas vezes. E sabe, melhor que ninguem, que as eleções legislativas se irão realizar numa conjuntura que não lhe é favorável. Se com este relatório Sócrates conseguir enterrar estes dois ministros, oferecendo-lhes por exemplo, um cargo na administração da Caixa ou na PT, consegue atrasar as obras faraónicas e deitar por terra uma das bandeiras do PSD. Consegue ainda um upgrade de imagem enorme num deputado eleito num circulo onde o PS só conseguiu eleger 8 dos 17 deputados.
Outra opção é crucificar Ventura Leite pelas verdades que disse, e não o colocar nas listas para as próximas legislativas. Perde-se um deputado que parece querer mesmo o bem da nação mas poupa-se uma reforma choruda...

21 de jan. de 2009

O Estado e não só...

A acompanhar o corte de rating do Estado Português, está também a Parpublica, a holding responsável pelas participações empresariais desse mesmo Estado, - Portugal. As reformas deixadas a meio e a leviandade com que Teixeira dos Santos e José Sócrates, muito por força do compromisso eleitoral do último, levaram-nos a esta situação que nos coloca em paralelo com Itália e Chipre e acima da Grécia. Esta é a grande e unica conclusão que podemos tirar desta baixa de rating que vem ainda dificultar mais a resposta à crise pois todo o financiamento estrangeiro fica agora mais caro.
A Parpublica é aqui apanhava por arrasto e graças às últimas políticas de defesa da banca e conseuqentes aumentos de capital para tapar o buraco por elas criado. É o resultado de "salvaremos todos quanto pudermos" afirmado por quem não tem a minima ideia do que deve ser salvado e de quanto há, ou pode haver, para salvar.

É a crise é...

“Seguramente que neste contexto o Governo não vai cumprir o seu objectivo de a economia portuguesa gerar 150 mil postos de trabalho. Seria algo de absolutamente espantoso que nos colocaria de certo como um exemplo único na economia mundial”
As frases são de Vieira da Silva e foram proferidas numa entrevista concedida hoje à TSF. Nela, deixa transparecer a ideia de que foi a crise que impediu este governo de atingir a meta (utópica logo à partida) e não a ineficácia das suas políticas. É bom lembrar que em inicios de Setembro, ainda antes do estoirar da crise, e a anos luz desta ser assumida pelo executivo, o emprego criado situava-se nos 100 mil postos. Ou seja, a um ano do fim da legislatura faltava um criar um terço do objectivo. Está bom de ver que se não fosse a crise (de costas largas) lá chegaríamos...

Do grande anúncio aos 30 milhõezitos

Os FIIAH foram uma das medidas mais badaladas do OE 2009. Sócrates e Teixeira do Santos disseram estar a apresentar a salvação para inúmeras familias e vaticinaram enormes sucessos para a medida. Foram longos meses a preparar a sua implementação que aconteceu ontem pelas mãos da CGD. Por muitas virtudes que estes fundos possam ter, e têm algumas, é importante dizer que é um produto de fim de linha, - implica a alienação da casa, obriga ao cumprimeto escrupoloso do contrato de arrendamento e pára a amortização de capital em divida e ainda existem dúvidas quanto ao preço a pagar na recompra caso seja essa a vontade do arrendatário. Do outro lado da balança, está a diminuição da despesa quer por força da inexistência de seguros e condominios quer pela amortização de capital (o que nem sempr pode ser compensatório - ver post) e o conforto de um contrato de "valor fixo". Para se tomar uma decisão objectiva e vantajosa, as contas são mais que muitas e os parâmetros imensos. A escassez de fundos da proposta da CGD poderá ser aqui positiva, na medida em que todos os processos serão analisados meticulosamente, tal como deixou antever o comunicado de ontem.
Mas deste anúncio ressalta uma conclusão óbvia. Estes fundos, na generalidade, não são vantajosos nem para a banca nem para o cliente e apenas podem ser aplicados numa pequena minoria, passe a expressão. E isto conclui-se pela ausência de fundos privados o que prova que não é aliciante entrar no negócio. Prova ambem que não é aliciante para o cliente pois se o fosse, seria consequentemente aliciante para a banca privada. Conclusão, mais uma vez tem de vir a Caixa limpar a borrada do Engenheiro e companhia...

da estranheza

Estranho que até ao momento ainda não tenha vindo nenhuma figura de proa, ou a própria líder do PSD queixar-se sobre o tempo de antena dado ontem a Barack H. Obama nos três principais telejornais da televisão Portuguesa, em detrimento do partido laranja...

20 de jan. de 2009

FIIAH no terreno

A Caixa Geral de Depósitos lançou hoje o seu Fundo de Arrendamento, que se insere na proposta inscrita no Orçamento de Estado como "Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional".
No comunicado é escrito que agora se segue o "trabalho com clientes para ver se é possivel e se é a mehor solução" o que antevê um estudo atento e personalizado de cada processo. Acrescentando que esta não será a melhor solução para todos os casos a CGD pretende difundir os 30 milhões iniciais do fundo por todo o território nacional. À partida o fundo parece curto pelo que, caso esteja interessado, deve acelerar a recolha de documentação e a apresentação da sua candidatura junto do banco.
Mais tarde, se o tempo me permitir, tentarei debruçar-me com mais atenção, ao Fundo agora criado.
Fica o link de um estudo (superficial) que fiz aqui no Sociedade que pode dar logo a indicação da vantagem ou desvantagem do Fundo no seu caso particular. Outras questões no Negócios.

Parolos, há-os por todo o lado

As maciças mobilizações públicas só podem ter duas razões: greves ou parolice. A fé poderia ser outra mas como, para mim, redunda na segunda vou deixá-la de parte. Nos Estados Unidos vivem-se momentos de fé e parolice. A esperança e a confiança no "Messias" levam a que milhares estejam já a dirigir-se para o capitólio - é ainda madrugada em Washington - para conseguir um "bom lugar" na tomada de posse bem ao estilo de uma inauguração IKEA em Portugal. E é sempre bom lembrar que quanto maior é a expectativa maior é a desilusão...

O partido dos ex's

Luis Filipe Menezes é ex-líder do Partido e não pára de pedir a cabeça de Manuela. Passos Coelho é ex-candidato a líder estando agora "ao lado" de Manuela mas contrariando-a a cada esquina. Manuela é a líder a prazo que tem de lidar com estes dois - e outros - militantes descontentes até às legislativas. Depois, bem, depois será ex-líder.

Permitam-me que arescente o nome do ex-ex-candidato à Câmara Municipal de Olhão, ontem apoiado pela estrutura local. Ou será que Manuela, a futura ex-lider vai fazer pevalecer a sua opinião e colocar Gonçalo Amaral na posição de ex-candidato a candidato?

da Irritação

A carneirada que anda atrás de Sócrates é mais fiel que uma beata. Fazem de tudo para proteger o líder, censura inclusivé. É ridiculo que o façam e vai contra tudo o que apregoam. Qual Standard & Poors, coloquei hoje vários blogues sobre observação...

É pouco

Esta deverá ser a primeira reacção à OPA lançada pela Visabeira. A oferta apresentada pelo grupo Viseense não cobre sequer as perdas acumuladas que os actuais accionistas têm visto aumentar. Do ponto de vista económico, aceitar a OPA será o assumir de perdas avultadas mas também o livrar de problemas sérios. A alienação das ações pode fazer com que CGD, BCP e BPI - cada um detém cerca de 20% - limpem do seu activo, ações tão tóxicas quanto um crédito subprime. Já quanto aos outros accionistas, é previsivel que não queiram vender e esperem pela reestruturação do grupo. Mas tambem estes, poderão estar interessados na alienação uma vez que a crise pode obrigar à realização, ainda que baixa, de capital. Previsivelmente, só mesmo os herdeiros da familia Pinto Basto deverão querer manter a posição na empresa criada pelo seu antepassado, José Pereira Pinto Basto.

19 de jan. de 2009

É chato não ter onde os despejar

O mundo actual é mesmo assim. Das 9 às 5, os putos ficam na escola. Para os pais, mais importante do que aprenderem é estarem à guarda de alguem...

Quantos as boas são más noticias

Não, este não é mais um post sobre o lesbianismo de Lindsay Lohan mas... encaixava.

Fala-se de défices, desemprego, crescimento, contração, deflação, etc, etc. Em Portugal, já encomendamos tudo aos potes, mais desemprego, menos cresciento e um défice externo nos píncaros. Mas não somos os maiores, aliás, nunca somos. Os nossos vizinhos, aqueles a que muitos chamam de país irmão está pior. O nível de desemprego ameaça tocar os 20%, a contração da economia superior a 2% e o défice orçamental poderá dobrar o máximo permitido pelo pacto de estabilidade e crescimento (lol). Com tanta tristeza no vizinho, era de esperar um Porugal risonho, que é pródigo alegrar-se com a desgraça alheia, mas estas noticias não auguram nada de bom aqui para o rectângulo. Espanha é o nosso principal comprador e está bom de ver que não será pela via da exportação, pelo menos para a Europa, que nos safaremos. A exportação é mesmo um dos grandes entraves à resolução desta crise. Estados Unidos, Europa e agora Ásia estão mergulhados num mesmo marasmo e esta é mesmo uma crise global não existindo muletas de suporte para que uma ou outra economia se erga. Esta conclusão vem tambem ajudar na defesa de que esta é uma crise de confiança, não obstante de tambem ser económica, e é aí que todas as atenções devem estar focadas.

Síndrome Medina Carreira

Os americanos perceberam rapidamente que não valia a pena estar a chorar sobre o leite derramada. Assumiram a crise e em pouco tempo viraram os olhos para o futuro. Basta dar uma vista de olhos pelos noticiários das principais cadeias de televisão dos EUA disponíveis no cabo para perceber que a preocupação dos americanos é saber como vão dar a volta à questão. Na Europa, e em Portugal, é precisamente o contrário. Dias negros, anos difíceis, a desgraça ao virar da esquina, cenários dantescos. Vem isto a propósito das últimas previsões de Bruxelas sobre a economia portuguesa. Aumenta o desemprego, aumenta o défice público, contrai-se a economia. Mas há alguém que ainda não soubesse disso? É assim que se injecta confiança na economia? Não me parece. Mas a pièce de resistance destas previsões é que a Comissão Europeia tornou-as públicas sem ter em consideração quer a proposta de Orçamento Suplementar para 2009, quer a revisão do PEC português. Não valia mais estarem calados e voltarem a fazer as contas?

Agora mais a sério

A história recente da Vista Alegre tem sido muito conturbada. Criada no Séc. XIX, em Ilhavo, Aveiro, pela familia Pinto Basto, atravessou períodos aureos e granjeou sucessos até poucos anos atrás. Uma fábrica obsoleta e investimentos mal dirigidos para alem de megalómanos, vieram mudar o curso da história e colocar em grandes dificuldades a maior referência do sector. Sujeita a fusões, aquisições e entradas e saídas de accionistas-chave, a Vista Alegre perdeu a sua identidade e tambem o fulgor económico. A sua venda é conversa recorrente há anos mas a ganância de accionistas e a situação da empresa não têm permitido a conclusão dos negócios, fazendo com que a fábrica que já foi orgulho nacional definhe lentamente, até à desgraça final. Agora, que surge mais um comprador, credível acrecente-se, a ganância volta a atacar e aposta-se tudo na valorização final. É um golpe de "chico-esperto" e de pés de barro, que alías, já partiram. A CMVM foi a primeira a alertar para um volume anormal de transações e uma valorização tremenda, suspendendo os títulos e fazendo soar todos os alarmes. Provavelmente, não será ainda desta feita que a fábrica de Ilhavo verá a solução... que o empo provará ainda se existe...

17 de jan. de 2009

Home Weekend Passions

dia frio, sofá, jornais, e claro... "fast-food"

16 de jan. de 2009

Temos a mascote refém

E não é que a nossa mascote na bolsa está suspensa!!! O anormal volume de transações, 20 vezes superior à média, levou a CMVM a suspender os títulos até que exista comunicação ao regulador da razão para tal movimentação? Shortselling preparado ou mais uma empresa ao charco?

Depois do cão e do fotógrafo

Parece que a empregada de quarto de Obama na Casa Branca se chama Maria. Ainda não está confirmado se é descendente de portugueses, porto-riquenhos ou de Kennedy...

Um post à militantezinhos que têm a mania que têm piada (e que, às vezes, de facto, têm)

O timming e os temas da entrevista de Manuela Ferreira Leite mostram que ela está a tentar roubar espaço a Alberto João Jardim.

Ainda a Comissão de Inquérito ao BPN

Ontem foi mais do mesmo. Ou melhor, desta vez o inquirido, Miguel Cadilhe, falou mas não disse nada. Pelo menos, nada que já não tivesse dito. A saber, total e inexplicavel falta de supervisão por parte do BdP, tentativa de compra do BPN pela CGD e posterior "compra" encapotada pela nacionalização. Valeu pelos scones...

15 de jan. de 2009

É a inflação, estúpido!!!


Porque tudo o que poderia dizer sobre esta descida já o disse, deixo apenas o link.

Da série Nexo de Causalidade

É a crise é...

Como é que se protegem salários milionários dando como desculpa a crise? Simples: despedem-se 120 funcionários da arraia miúda. Foi esta a táctica de Joaquim Oliveira nos jornais do grupo. A delegação do Porto do 24 Horas pura e simplesmente desaparece. Os «iluminados», esses continuam por lá como se fossem os inventores do novo jornalismo...

A deflação ao virar da esquina

Portugal estará a viver um cenário de deflação se em Janeiro se mantiver a tendência de baixa de preços que se verificou em Dezembro último. Apesar da inflação em 2008 ser superior à de 2007 em uma décima, fixando-se agora nos 2,6%, a tendência do final de ano foi de baixa e correção dos picos de Julho e Agosto. Assim, quando comparados, Dezembro de 2008 e Dezembro de 2007, vê-se que os preços só cresceram 0,8%, o que só por si denota um forte abrandamento na economia. As suspeitas veêm-se confirmadas quando comparamos os indices de preços de Novembro e Dezembro de 2008. Aqui, vemos que os preços caíram 0,5% demonstrando definitivamente, que a economia está a abrandar. Sócrates dirá certamente que só com os dados de Janeiro poderemos ter certezas e agir em conformidade como apregoa ter vindo a fazer. Já eu digo, que os sinais estão aí todos e é mais tempo de agir do que de dizer que se age.

Olha quem fala, também

Francisco Assis reaparece na cena política, em ano de eleições. Não para falar da gestão do Porto, não para falar das mudanças na Europa, mas para falar... de Gaza (?!?).

Caro Director do BPN,

este blogue, os leitores e alguns dos que aqui escrevem, entendem o seu silêncio. Como já percebeu, eu não. Tenho sentido a falta dos seus posts. Sei que não é por falta de tempo, pois aí na cadeia deve ser o que não lhe falta, e sei também que não pode falar do caso, por ordem do juiz que o senhor não se importa de cumprir, contudo, não precisa de postar sobre o caso. Olhe o Benfica na frente da liga, o Expresso a colocar notícias do Onion (depois de ter colocado do Inimigo Público), olhe tanta coisa sobre a qual poderia escrever. Regresse homem!

Justiceiro

A lei e tal

Leiam tudo sobre "a existência de constrangimentos na operacionalização do regime de permeabilidade estabelecido pelo Despacho n.º 14387/2004 (2.ª Série), de 20 de Julho", no 5dias.

Ainda lá: "‘em lado nenhum do mundo os poderosos são condenados. Em que mundo pensava eu que vivia?’"

Comentam, comentam e eu não os vejo a fazer nada

Reacção possível de um alien ao ler esta caixa de comentários:




Beeing Marcelo Rebelo de Sousa

A comissão que investiga o BPN faz sentido?
Faz.
E o que é que vai investigar?
Nada.
Então mais valia não existir?
Não.
Acha que vale a pena?
Sim.
Para quê?
Para nada.
Acha que isso faz sentido?
Sim.
Mas quais serão os resultados dessa comissão de inquérito?
Nenhum.
Mesmo assim acha que deveria haver?
Sim.

14 de jan. de 2009

Ministro das Relações Públicas

Todos sabemos e todos nos revoltamos com este tipo de comportamento mas a verdade é que ele ainda se vai traduzindo em votos e manutenção de poder pelas piores vias. Pedro Santos Guerreiro é um habitué neste tipo de denúncias. 2 minutos bastam...

13 de jan. de 2009

Que conveniente...

PSD considera "legítimo" silêncio de Oliveira e Costa. Estará aqui a explicação?

Ouvido de Justiceiro

aaaaaa... hmmmhããããã... hmmm... hããããã... ãaaããh... o Paulo Bento hãããããããã.... mmmmm... ãããhãããã hãããã... hmmmhããããã... ãaaããh... Spôrengue... hmmmhããããã... hmmm... hmmmhããããã... ãaaããh... o presidente... ãããhãããã hãããã... hmmmhããããã... grupo de trabalho... aaaaaa... hmmmhããããã... hmmm... hããããã... ãaaããh... o João hãããããããã.... mmmmm... ãããhãããã hãããã... hmmmhããããã... ãaaããh... Spôrengue... hmmmhããããã... hmmm... hmmmhããããã... ãaaããh... o Miguel Veloso... ãããhãããã hãããã... hmmmhããããã... tranquilidade...

(conferência de imprensa de Paulo Bento)

Classificados


Oliveira e Costa foi autorizado pelo juiz a não falar. Ele próprio não quereria falar e se calhar alguns dos deputados que estavam na comissão de inquérito percebiam a agradeciam o silêncio e as suas razões. O banqueiro que poderá estar por detrás de uma das mais desastrosas gestões do erário dos seus accionistas, clientes e contribuintes pode ficar calado para não prejudicar a investigação do poder judicial (ou é o que presumo do que escreveu o juiz) mas, ao mesmo tempo, prejudicar a investigação do parlamento, do poder político e legislativo. O responsável directo ou distante, conforme as opiniões, pela injecção - num banco - de milhões de euros do contribuinte teve autorização para ficar calado. Estou aqui a conter-me o mais que posso para que a dignidade desta sociedade não seja posta em causa, acredito que todas as palavras feias que eu possa dizer estão na cabeça de todos os contribuintes que lêem estas linhas. Apenas fica uma pergunta, que caralho sabe o senhor Oliveira e Costa que não possa dizer aos deputados da Nação numa reunião que, recordo, foi à porta fechada? Um segredo de Estado? Iria revelar o nome de espiões? Iria indicar os locais onde os terroristas podem atacar? Iria... Os segredos de Estado são pior guardados que os segredos de uma pessoa que, apontam os indícios conhecidos, cometeu crimes? Eu não preciso de vociferar contra isto, acredito que estejam a pensar precisamente nos palavrões que me vieram à cabeça.

Links: I e II

A confirmação

A coisa já tinha sido badalada quando a CGD viu negado o empréstimo de 1,5 mil milhões de euros. A ideia de que o Estado Português estava hiper-endividado e incapaz de garantir o que quer fosse. Hoje, surge a confirmação, ou a ameaça da confirmação como diria Sócrates, pela Standard & Poor's. As agências de rating andam na mó de baixo no que toca a credibilidade mas neste caso, parece-me que acertaram na mouche. Anda um tipo a poupar e a pagar as continhas para depois um megalónamo que se acha salvador meter o nosso nome na lama. Resta a consolação de estarmos na mesma trajectória de Espanha, ainda que ela esteja largos degraus acima.

Apresentado o carro vencedor do próximo Mundial de Fórmula 1

é só mesmo para lembrar e dar uma espreitadela.

Viver à grande

O Benfica vai emitir 40 milhões de Euros em papel comercial, leia-se empréstimo concedido por quem subscrever tais títulos. O clube não consegue fazer face às suas despesas ficando as receitas reitaradamente abaixo dos gastos. A SAD procura assim consolidar a sua divida obtendo um empréstimo, que não é garantido pois terá de ser subscrito, com prémios mais baixos que os praticados na banca. Preocupante são os 12 milhões, dos 40 totais, "destinados à actividade corrente", que revelam a manutenção "custos operacionais" negativs. É tempo de o futebol perceber que não pode viver acima das suas possibilidades e que a boa vontade de sócios e simpatizantes tem limites. A constituição das SAD's visava uma gestão mais rigorosa e fundamentalmente, mais realista mas tem-se verificado exactamente o contrário. Veremos até quando.

O texto que aqui escrevo em relação ao Benfica, pode ser adaptado a qualquer clube Português sem grandes alterações.