21 de jan. de 2009

Do grande anúncio aos 30 milhõezitos

Os FIIAH foram uma das medidas mais badaladas do OE 2009. Sócrates e Teixeira do Santos disseram estar a apresentar a salvação para inúmeras familias e vaticinaram enormes sucessos para a medida. Foram longos meses a preparar a sua implementação que aconteceu ontem pelas mãos da CGD. Por muitas virtudes que estes fundos possam ter, e têm algumas, é importante dizer que é um produto de fim de linha, - implica a alienação da casa, obriga ao cumprimeto escrupoloso do contrato de arrendamento e pára a amortização de capital em divida e ainda existem dúvidas quanto ao preço a pagar na recompra caso seja essa a vontade do arrendatário. Do outro lado da balança, está a diminuição da despesa quer por força da inexistência de seguros e condominios quer pela amortização de capital (o que nem sempr pode ser compensatório - ver post) e o conforto de um contrato de "valor fixo". Para se tomar uma decisão objectiva e vantajosa, as contas são mais que muitas e os parâmetros imensos. A escassez de fundos da proposta da CGD poderá ser aqui positiva, na medida em que todos os processos serão analisados meticulosamente, tal como deixou antever o comunicado de ontem.
Mas deste anúncio ressalta uma conclusão óbvia. Estes fundos, na generalidade, não são vantajosos nem para a banca nem para o cliente e apenas podem ser aplicados numa pequena minoria, passe a expressão. E isto conclui-se pela ausência de fundos privados o que prova que não é aliciante entrar no negócio. Prova ambem que não é aliciante para o cliente pois se o fosse, seria consequentemente aliciante para a banca privada. Conclusão, mais uma vez tem de vir a Caixa limpar a borrada do Engenheiro e companhia...

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