26 de jan. de 2009

Do rigor

Talvez seja importante chegar ao fim da notícia para se perceber o rigor com que o banco de Fernando Ulrich é gerido. Até lá chegarmos, percebemos que Rendeiro apostou muito em bolsa, era esse o core business do banco, e que perdeu tambem muito do que apostou, - as apostas são mesmo assim. É natural que empresas alavancadas na bolsa sintam sérias dificuldades quando esta atravessa períodos de fortes perdas, como foi e está a ser o caso mas já é menos natural que não tenham reservas alocadas em produtos de menor risco para fazer face a esses tempos de dificuldade, - a ganância explica uma parte. O que não é nada natural, ilegal até, é a engenharia financeira e maquilhagem das contas. Este é o ponto fulcral de toda a história BPP e onde Rendeiro pode ficar mal, pior será mais adequado, na fotografia. Uma empresa falida é grave e deve ser ajudada. Ao contrário, uma empresa falida com burla e ilegalidades dev ser fechada e os responsaveis responsabilizados.
No canto oposto, temos o BPI, um banco que tem em Ulrich e Santos Silva, dois responsáveis que pautaram a sua acção bancária pela discrição e pelo rigor. Não foi surpresa saber que o BPI não vai recorrer, pelo menos nos tempos mais próximos, à garantia do Estado e que os seus rácios de encontram acima dos impostos por lei e bastante acima dos congéneres. Tambem não surpreende que o BPI esteja a executar a divida da Privado Holding forçando a venda dasações da Brisa. É a luta contra o compadrio e o espelho do rigor.

2 comentários:

Sibila Publicações disse...

O BPI tem tanto rigor, tanto rigor, que os lucros baixam e de que maneira. É um banco detestável.

Yuppie Boy disse...

E segundo o jorge c. ainda lhe dão cabo da conta à ordem. Sempre que vai ao MB lá está ela a diminuir. Não há direito.