13 de jan. de 2009

Que conveniente...

PSD considera "legítimo" silêncio de Oliveira e Costa. Estará aqui a explicação?

17 comentários:

Unknown disse...

O PS e a presidente da comissão disseram a mesma coisa. Aliás, Maria de Belém Roseira diz mesmo que é um direito que assiste a Oliveira e Costa, o que não faz com que se torne inútil a sua chamada. A comissão tem de chamá-lo na mesma, não pode adivinhar, porque a seguir vinham Louçã ou Bernardino Soares dizer que era uma vergonha não chamarem Oliveira e Costa.
O alarido parece-me desnecessário e até um pouco paradoxal.

Anônimo disse...

É absolutamente notável que sejam pessoas como o senhor Jorge C., que defende aquilo que o senhor Jorge C. defende no seu blog, a virem numa situação destas culpar partidos que os próprios consideram residuais e citar uma deputada secundária da Esquerda do PS para justificar não se percebe muito bem o quê. Chegar à conclusão que quem destrói as instituições tem todo o direito de o fazer, apenas para que a Esquerda (se calhar o problema é esse não é?) não ganhe uma luta em que (é mais do que óbvio) está envolvido o centrão, nomeadamente o PSD, é clubite. A sua defesa das instituições e a sua defesa dos cidadãos esbarra com a sua posição incompreensível neste caso. Lamento, porque até piada ao seu blog.

Yuppie Boy disse...

Há muito que se dizia aqui, que não iria longe este inquérito. O silêncio da testemunha mais importante é só mais uma acha...

Yuppie Boy disse...

E fcamos todos muito mais descansados ao saber que o dinheiro do Estado Português, ou de todos nós usando outras palavras, é gasto a calar as vozes da oposição...

jorge c. disse...

Bem, em primeiro lugar gostava de lhe agradecer por verificar que visita o meu pequeno e humilde blog. Sou todo gratidão, meu caro Justiceiro.
Em segundo lugar, e muito por causa disso, devo confessar que não esperava que fosse tão básico nas análises que faz do que eu digo. Se acompanha o que eu escrevo deve verificar que sou um democrata convicto e que acima de tudo compreendo a influência que a comunicação tem na opinião pública.
Posto isto, parece-me de alguma irresponsabilidade considerar esta situação da forma como os senhores o fizeram. Parece mais um daqueles gritos da ignorância rebelde "é tudo a mamar e o povo é que se lixa".
Não tenho qualquer simpatia pela deputada em si, mas citei-a porque é ela que preside a comissão e a legitimidade para isso é total. Há aliás, outros deputados que presidem comissões de quem não gosto absolutamente, um deles será Jorge Neto, por exemplo (sabe qual é o clube, não sabe?). Como vê quem não respeita as instituições é vossa excelência a quem só falta um archote a arder para ir queimar os bandidos da AR. Esse comportamento adolescente é interessante mas eu não alinho nele.
Eu posso discordar ideologicamente de muitos partidos, mas respeito as posições que tomam tentando sempre combatê-las da melhor forma. No entanto não posso concordar com posições de imprudência e falta de sentido de Estado.
O silêncio é um direito que assiste ao senhor em causa dado o estatuto que o protege. Está na lei, meu caro, não foi o "centrão" que o inventou. O "centrão" não é desculpa para tudo. Bem sei que a sua posição Robin dos Bosques é a mais confortável mas há que haver alguma responsabilidade no meio disto tudo. E quando ignoramos a lei mais vale estarmos calados em vez de andarmos armados em adolescentes gregos a queimar carros.
Não é da esquerda que estamos a falar. É da extrema esquerda que não tem interesse na sustentação do regime democrático e assente em regras previamente estabelecidas pela Constituição da República Portuguesa, um instrumento que V. talvez desconheça nestas alturas e que lhe sirva perfeitamente noutras. É a clubite, não é verdade? Eu pelo menos assumo o meu clube sem medos e sem desvios convenientes, o que não me impede de votar livremente em quem eu bem entender.
É exactamente por defender instituições e cidadãos que compreendo este silêncio, mesmo que esperado. A AR fez o que lhe competia porque não pode adivinhar, não se poderia basear na suposição que o homem não iria falar. A questão fundamental é esta, Justiceiro, não é essa história do centrão que V. tentou trazer à colação para camuflar a legitimidade democrática de tal acontecimento.
Quer fazer justiça popular, queimar gente na fogueira? Ó homem, força! Agora não tente é levar os outros por esse caminho. Porque uma coisa é discordarmos em várias circunstâncias, outra é usarmos os meios democráticos como nos interessa para dar o ar de que somos pelo povo. Bullshit! Farto desse pensamento pequeno-burguês estamos nós.

Anônimo disse...

Caro senhor,
antes de mais peço desculpa se o julguei mais novo.

O senhor é que está sempre a defender as instituições, daí ter encontrado no seu comentário a contradição, que este segundo comentário vem resolver, ou pelo menos tentar resolver, porque a contradição continua lá.

As instituições, e o parlamento, são para proteger o povo. Sim, e se calcam os calos ao povo ele, eu, você, nós, temos todo o direito de usar as armas que temos ao dispor para responder de volta. Se querem utilizar a imagem do fogo e brincar com o meu nickname está perfeitamente à vontade, aliás, ele não foi escolhido debalde.

E se leu bem o meu comentário ao comentário do Yuppie Boy no post anterior, o paralelismo que eu gosto de estabelecer nestes casos são com as democracias mais experientes. E citei ao YB o exemplo dos Estados Unidos e critiquei que se abuse da Justiça e da Lei com as tábuas das leis na mão.

E se o acusei de clubite, é porque se esqueceu que o PP também esteve ao lado da extrema-esquerda neste caso, porque, lá está, quem parece ganhar com este esmiufrar do pobre é precisamente o centrão.

Fique bem, é um gosto tê-lo neste blogue, mesmo com as suas contradições.

Justiceiro

jorge c. disse...

Ó Justiceiro de Fafe, acusar as pessoas de contradição de forma infundada é uma coisa muito má e desonesta.
Diga lá, o povo para aqui e o povo para ali, em que é que o povo não está protegido? É o julgamento de uma fraude que está em causa? Para que serve a comissão? Existe ou não existe o direito ao silêncio por parte desse cidadão? Esse cidadão é ou não é o povo? O povo é só você e a sua família ou é um elemento fundamental do Estado?
Ó Justiceiro, bullshit!

Julgo que estaria a brincar com a questão da idade. Espero que sim. Pelo menos a sua não é relevante. Se ficou ofendido coma expressão adolescente é bom sinal, é sinal que percebeu.

Anônimo disse...

(a)o povo para aqui e o povo para ali, em que é que o povo não está protegido?
- foram gastos milhões do seu bolso (do meu, do seu, do povo) e parece que não haverá culpados.

(b)É o julgamento de uma fraude que está em causa? Para que serve a comissão?
- como nos EUA, estas comissões deveriam servir para garantir que o bem comum está a ser seguido

(c)Existe ou não existe o direito ao silêncio por parte desse cidadão?
- existe, usar as tábuas das leis para fugir à lei

(d)Esse cidadão é ou não é o povo?
- espera ou não que ele seja julgado como tal?

(e)O povo é só você e a sua família ou é um elemento fundamental do Estado?
- não merece resposta

(f)idade
- apenas por uma questão de respeito, como parece ser mais velho do que eu, devo-lhe isso. mas não o acuso de retrógrado por ser mais velho, nem de infantil por ser mais novo

(g)contradição
- defender as instituições e aceitar que se usem mecanismos retorcidos perigando as próprias instituições.

justiceiro

Unknown disse...

Ó Justiceiro, não sei se as suas alucinações são por ter dormido mal ou não, mas eu só li 2 ou 3 alíneas e já fiquei elucidado. Você acha que Oliveira e Costa devia à Comissão Parlamentar que está a avaliar o caso BPN em relação à fiscalização e ser julgado logo como culpado com pena de prisão e tudo. E isso diz muito da sua postura aqui e da noção que tem do sistema democrático. Não sei se conhece o princípio da separação dos poderes. Terei todo o gosto em lhe explicar num café à beira mar, longe dos motins populares.
Em relação às contradições. Pense o que quiser, não perderei mais tempo a explicar uma coisa que V. simplesmente não quer entender por birra.

Anônimo disse...

Conheço bem a noção de separação dos poderes (apenas a noção pois a vida da lavoura não me permitiu mais do que a escolaridade obrigatória, peço desculpa) mas conheço também a noção da fiscalização dos diferentes poderes. A AR tem também essa função, até porque, a par do Presidente da República, foi eleita directamente. Espero que a actuação dela tenha isso em mente. Mais, a AR é também legislador, por isso, faria todo o sentido que percebesse, em primeira mão (e, lembro-lhe, à porta fechada) o que tinha corrido mal para, eventualmente, corrigir a lei que o senhor tanto gosta de apregoar. E não infira nestas afirmações uma crítica aos senhores que fazem a justiça.

Lamento tê-lo cansado, a conversa estava boa.

justiceiro

Unknown disse...

Ou seja, corrigir a lei à medida das circunstâncias e negar o direito de um cidadão. Muito bem! V. é um democrata dos 7 costados, ó Justiceiro!
Já agora a "noção da fiscalização dos diferentes poderes" não pode fazê-los colidir.

Anônimo disse...

Colidir tipo Sócrates/Cavaco? Espero bem que sim. A sociedade democrática é dialéctica, como demonstra esta caixa de comentários. O resto do comentário é graçola, devolvo-a: sabendo que uma lei tem buracos que leva o seu não-cumprimento deve o legislador ficar quieto? Claro que sim, em nome da democracia (!?!)

justiceiro

Unknown disse...

Não colidir no sentido de ingerir, violando o princípio da separação de poderes, meu caro.

Yuppie Boy disse...

Peço desculpa por interronper o diálogo mas não me parece que estejam a discutir o essencial, que para mim é uma comissão de interogatório sem nexo. E não tem nexo porque não tem meios, está de braços amarrados e para pouco mais serve do que beber um chá e comer uns scones à conta do catering da AR. Se há uma instituição chamada PGR - para não falar do BdP - que está a investigar o caso para quê duplicar esforços, despesa, etc. É que o caso é de policia não politico. A esta comissão, deviam responder, sem direito a silêncio, Sócrates e Teixeira dos Santos sobre a legitimidade e legalidade da nacionalização. Isso sim, seria serviço público

Unknown disse...

Eu já respondi a isso. Isso não faz sentido ser questionado. A comissão foi formada para apurar factos. Desses factos fazia parte Oliveira e Costa e foi chamado. Ponto final. Não falou mas podia ter falado e é nessa presunção que se basiea a Assembleia, não é na ideia cínica de que ele não vai responder. Isso é uma não questão que só pretende pôr em cheque "o centrão", sem fundamento, evidentemente.

Yuppie Boy disse...

Não é ideia cinica, é um facto.

Ao contrário do que diz, não me interessa pôr ninguem em cheque, muito menos o centrão até porque foi o PP quem propôs esta comissão. Interessa-me sim que os deputados não percam tempo na duplicação de tarefas e que ainda por cima apenas percam tempo pois os resultados estão e estarão à vista, ZERO (estarei cá para apresentar o pedido de desculpas se acontecer o contrário).

E ao contrário do que diz, parece-me lógico que quem não queira prestar declarações o possa afirmar anteriormente evitando a deslocação. Muito mais quando falamos de um preso preventivo e tudo o que a sua deslocação acarreta.

Unknown disse...

yuppie boy, eu compreendo o que quer dizer. Mas de facto a ideia disto é "ou fazemos ou morremos a fazer" e tem que se tentar que o senhor fale. Até porque ninguém podia prever que ele não respondesse a determinadas questões sobre a supervisão.