7 de jan. de 2009

As infelizes excepções

Diz-se agora que mesmo com a crise, os Portugueses vão aumentar o seu rendimento disponivel, ideia que Sócrates veicula com forças redobradas e Constâncio vem agora enfatizar. Porque baixam as prestações, porque baixa o petróleo e porque há aumentos nos salários. Mas será para todos? Não, obviamente.
Nem todos os Portugueses têm crédito habitação e dos que têm, nem todos têm os créditos indexados à Euribor. Os restantes créditos, auto, pessoal, etc, tambem não estão, por norma, indexados pelo que aqui a poupança será igual a zero.
No que toca ao petróleo, e ainda que num futuro recente seja preisivel a manutenção de preços baixos, nada garante que uma recuperação, ainda que ténue, na economia mais para o final do ano não traga aumentos fortes da matéria-prima. Tambem quem não usa viatura própria está fora desta benesse seja porque anda a pé, seja porque anda de transportes públicos que não baixaram de preço (pelo menos que eu saiba).
Por último, e falando de salários, só os funcionários públicos e quem recebe o salário minimo verá o seu poder de compra aumentar. Os primeiros são aumentados 2,9% este ano e os segundos, 5,6%, mas há mais Portugueses e esses, dificilmente serõ aumentados. Se o não forem, a inflação que se estima de 1% obriga-os a perder poder de compra. Para quem não trabalha para o Estado, há ainda a possibilidade de perder o emprego - a sua fonte de rendimento - ficando dependente do subsidio de desemprego se a ele tiver direito.
É mais dura a vida fora dos grandes gabinetes...

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