É isso não é? 75 sessões sempre a baixar. A Euribor está em minimos de há 3 anos. Apesar de a sua margem ser cada vez mais reduzida, uma vez que se aproxima da taxa referência do BCE e não se vislumbram novos cortes, as Euribor continuam o seu trajecto descendente, hoje pela 75ª vez consecutiva. Desde 10 de Outubro de 2008 a descida supera já os 200 pontos, and counting... A acompanhar a descida das Euribor estão tambem os créditos à habitação que vão sendo revistos. O cenário pior são os Créditos revistos em Novembro com Euribor a 6 meses. Esses, vão ter de esperar até Maio pra ver a sua prestação diminuir.
Euribor 3 meses - 2,130%Euribor 6 meses - 2,239%
5 comentários:
E qual é que pode ser o resultado disso?
Para quem vir o seu crédito revisto em Fevereiro e tiver uma Euribor contratada a 3 meses, pode significar uma poupança de 160 euros para o empréstimo tipo (100 000€, 30 anos, 0,7% de spread) isto porque os valores da Euribor em Janeiro estão em baixa e vêm substituir os de Ouubro onde se atingiu o máximo histórico. Já para a Euribor a 6 meses, a revisão anulará a de Agosto (que usou a média de Julho) e a poupança deverá ficar ligeiramente abaixo do valor para os 3 meses.
Estes valores são meramente indicativos pois ainda não existem todos os valores de Euribor para Janeiro pelo que foi feita uma interpolação de valores, que cientificamente é pouco válida na aproximação ao comportamento das Euribor.
Sim, mas o que é que isso afecta de futuro na escala nacional? Ou seja, se ela subir e descer e voltar a subir em que ponto ficamos?
A questão que não se explica nestas análises que eu até considero bastante sexy's é essa. É que todos nós percebemos o efeito imediato da Euribor.
A baixa da prestação, por força da baixa das Euribor fomenta o consumo nos privados e o investimento nas empresas. Baseado neste pressuposto, o BCE encetou o caminho de baixa das taxas tentando estimular estes dois motores do crescimento do PIB. Outro problema, sobre o qual escrevi no último post, prende-se com a incapacidade de pagar a prestação o que pode ser causado por múltiplos factores: gasto súbito, desemprego, etc, etc passando pela subida vertiginosa da Euribor - que é imediata mas devia ter sido precavida - que coloca o montante a pagar muito para além das possibilidades. Isto leva a incumprimento, penhoras e no limite perda do bem com prejuízo material para o particular, e para a banca, já para não falar de todas as outras consequências. Se de repente ela voltar a baixar, tudo estará diferente. A família estará sem casa, com o nome no BdP e porventura com processos em tribunal. A empresa estará fechada e os empregados passaram a desempregados.
A baixa da prestação, por força da baixa das Euribor fomenta o consumo nos privados e o investimento nas empresas. Baseado neste pressuposto, o BCE encetou o caminho de baixa das taxas tentando estimular estes dois motores do crescimento do PIB. Outro problema, sobre o qual escrevi no último post, prende-se com a incapacidade de pagar a prestação o que pode ser causado por múltiplos factores: gasto súbito, desemprego, etc, etc passando pela subida vertiginosa da Euribor - que é imediata mas devia ter sido precavida - que coloca o montante a pagar muito para além das possibilidades. Isto leva a incumprimento, penhoras e no limite perda do bem com prejuízo material para o particular, e para a banca, já para não falar de todas as outras consequências. Se de repente ela voltar a baixar, tudo estará diferente. A família estará sem casa, com o nome no BdP e porventura com processos em tribunal. A empresa estará fechada e os empregados passaram a desempregados.
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