6 de jan. de 2009

Da falta de coluna

"Preocupam-se mais com a reeleição do que com a governação prorpiamente."
Esta é uma expressão comum em discussões sobre política. Podia ser falsa ou sinónimo do bota-abaixismo de que o Primeiro fala mas não, é a mais pura das verdades. Um dos últimos casos gritantes, retirando os 31 567 do governo PS durante a passada semana, prende-se com a votação do orçamento de 2009 para Lisboa. Depois de classificar o referido orçamento como "tecnicamente errado”, “demagógico e eleitoralista” e que “agravará a situação económico-financeira da cidade”, o Presidente da Distrital de Lisboa pediu aos seus deputados para se absterem. Dizerem tanto mal quanto consigam mas no fim, no que verdadeiramente importa, abster-se, ficar calado, dar aval. O PSD está receoso de que um orçamento não aprovado abra portas à vitimização de António Costa e venha prejudicar Santana Lopes. Esta leitura até pode ser correcta mas a um deputado da Assembleia Municipal de Lisboa pede-se que defenda Lisboa e os Lisboetas, não um em particular. Se o documento é mau, devemos dizê-lo e agir em conformidade. Se o não fizermos, entramos no jogo, um jogo que nos devia envergonhar a todos sem excepção, - quer quem joga, quer quem, como eu, vê jogar.

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