12 de jan. de 2009

Dos cheques carecas e afins...

Na semana passada, julgo eu, andava por aí uma Associação a clamar aos quatro ventos que a banca cobrava ilegalmente comissões pelos descobertos. Esqueceram-se de dizer que a banca cobra juros, e só juros, a quem tem conta-ordenado e consequentemente descoberto autorizado e cobra multas/comissões a quem não os tem. Independentemente do preço cobrado, que difere de banco para banco, é importante dizer que quem incorre em falta primeiramente, é o cliente que tenciona pagar o que não pode. Como o próprio nome indica, as multas só são pagas caso exista infracção pelo que todos podem evitar bastando para isso contrair despesas inferiores aos rendimentos auferidos, leia-se ter provisão na conta no momento da compensação. É evidente que os bancos não adiantam o dinheiro por altruismo nem são o papá que salva o filho em apuros mas é preferivel pagar uma multa ao banco do que figurar na lista do Banco de Portugal.
Já na altura tinha achado a queixa descabida mas a falta de tempo não me deixou comentar. O passar dos dias fez-me esquecer mas a noticia de hoje do Jornal de Noticias, que apanhei no Negócios, reavivou-me a memória. Poupo-lhe o trabalho de a ler e faço o resumo: 2 mil cheques carecas chegam à banca todos os dias. Não sou advogado do diabo mas acreditem que dá trabalho e despesa processar estas recusas de compensação. E que dizer do coitado que deposita o cheque, fica sem o dinheiro e ainda paga as despesas de devolução? Esse teria mil vezes mais razões para protestar e não o faz. Porquê? Porque respeita o trabalho dos outros... algo que a falta de vergonha e sentido de responsabilidade de quem não honra os seus compromissos impede.

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