4 de fev. de 2009

Da perseguição

Os ratings de BPI, BES e BCP estão sob vigilância negativa na Standard & Poors. Depois de Estado, empresas do Estado e grandes grupos empresariais privados surge agora a banca. É incontornavel a crise financeira e as dificuldades que ela acarreta para todos. Existe mais dificuldade hoje em fazer face à divida do que há meio ano atrás, o que leva as agências de rating a rever em baixa os indices dos visados. Até aqui dou de barato. Mas se para Potugal as coisas estão complicadas, não estão melhores na Irlanda, a Bélgica vê a banca a esvair-se e França, Alemanha e Inglaterra é melhor nem trazer ao barulho. Já os números, esses dizem o contrário, - Portugal, Espanha, Itália e Grécia veêm os seus indices baixar ao passo que todos os outros se mantêm. Interessa-me Portugal e, neste post, a banca particularmente, que é só a que melhor se portou em toda esta crise ficando imune às maiores fraudes - muito por falta de fundos para investir - e com incumprimentos despreziveis quando comparados com a Banca Europeia e Norte-Americana.
Mesmo assim, os indices foram para nós revistos em baixa o que cria ainda maiores dificuldades à banca Portuguesa, vendo-se obrigada a pagar mais (o dinheiro que compra fica mais caro) por menos (fica mais dificil o acesso a financiamento estrangeiro). Escusado será dizer que quem paga tudo isto é o contratante de empréstimo bancário que tem visto o spread a aumentar desde o inicio desta crise. Ou seja, o spread que os bancos agora praticam englobam a sua margem de lucro e ainda o diferencial entre a taxa referência do BCE (2%) e o real preço a que pagam o dinheiro.

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