Tenha sido nacionalizado ou comprado, não importa para o caso, sabemos que é hoje a CGD que controla o BPN. O Banco estatal, um dos bancos mais alavancados da nossa praça e com um índice de Tier a rondar os 6% (as novas directivas recomendam 8%, valor já quase atingido por Santander, BCP e BPI) foi o escolhido para salvar o Titanic que José Oliveira e Costa criou. A salvação não se afigura fácil mas, e como já o escrevi, a ser conseguida, pode ser um bom negócio para a Caixa. Já para os Portugueses, vai ser um mau negócio de certeza, - a afectação da verba necessária ao saneamento do BPN, que vai ser paga pelo contribuinte de uma forma ou de outra, vai constrangir ainda mais os recursos para o financiamento de Investimento no momento em que ele é mais preciso.
Sabemos tambem que na génese de toda esta história, está uma Sociedade megalómana que colecciona quase tantas empresas, sabe dEUS em que estado, como irregularidades e um Banco, controlado por essa mesma sociedade. À semelhança da mãe, tambem a cria está pejada de irregularidades, - um balcão virtual e inúmeras operações no offshore de Cabo Verde são só dois exemplos.
A responsabilidade de toda esta tramoia é sem dúvida dos "donos" da SLN, principalmente de Oliveira e Costa, mas com um aval de "plenos poderes" por parte das Instituições a quem competia regular e fiscalizar. Neste campo, Procuradoria e Banco de Portugal ficam muito mal na fotografia passando uma imagem de incompetência brutal e deixando que tudo acontecesse bem debaixo das suas barbas. Mas o homem de quem se fala, Vitor Constâncio, está tranquilo e não assume qualquer responsabilidade, - é normal não regular e deixar andar para no fim "nacionalizar". Mas pior, é no fim, e no meio de queixas por falta de meios, vir anunciar os "prémios por denúncia" como solução para o problema... Estamos a brincar Dr Constâncio? A sua demissão de funções vai tão longe que até o trabalho de invetigação e regulação quer deixar para terceiros?
4 comentários:
Depois do que se ouviu, ou melhor do que não se ouviu, da boca do senhor, não sei se ainda concordo consigo, caro Yuppie, em que a demissão não decida nada. Tamanha desresponsabilização deve ter um custo. Se o senhor Constâncio não sabe o que está lá a fazer, ou o que faz precisamente o Banco de Portugal, se calhar simplesmente não deveria estar lá.
Desculpe a sobreposição de posts.
Ora essa, esteja à vontade. O que queremos é posts a cascar na malta...
O que digo é que um despedimento/substituição não pode servir para encobrir incompetência. Essa, tem de ser averiguada e punida, caso exista.
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