8 de mai. de 2008

Emigração, vaga ?ª

A crise que assola o país e principalmente as baixas expectativas dos Portugueses no crescimento da nossa economia têm levado a um êxodo anormal em busca de melhores oportunidades. As modas são realmente cíclicas e as vagas de 60 estão de novo aí.
Mas o que à primeira vista é um claro sinal de fraqueza deste rectângulo, tem sido uma rampa de lançamento para muitos. São já várias as empresas que colocam trabalhadores Portugueses lá fora. Espanha primeiro, França no presente, Inglaterra e Países Nórdicos brevemente. Esta nova classe de empresários rompe claramente com o dono do Mercedes que tem um pavilhão em Alter do Chão onde faz rebites a 0,05 cêntimos e os vende a 0,055 com 3% de desconto pp. Esta nova classe tem margens enormes e contas caucionadas maiores ainda, capazes de sustentar uma família durante uma vida inteira. São maioritariamente novos e a palavra risco aparece logo na primeira página dos seus dicionários. Em 2005 a sua “produção” era ligeiramente superior ao meu IRS, julgo que não trabalhava ainda. Hoje, são responsáveis por centenas de milhões de euros facturados. Com propriedade, podemos dizer, vá para fora cá dentro.

2 comentários:

Justiceiro de Fafe disse...

Estes são os senhores representados pelo senhor Vitalino Canas? Se calhar não, mas confesso que acho alguma graça ao conceito... assim como tráfico de escravos, sem ser bem tráfico e sem serem bem escravos. Ou isso ou não percebi o business.

Yuppie Boy disse...

Quando alguem emigra, fa-lo à procura de melhores condições de vida sabendo à partida que vai correr riscos. Aqui, a empresa que coloca os trabalhadores corre esse risco. Paga aos trabalhadores a tempo e horas com valores correntes no nosso país e recebe a 30, 60, 200 ou mais dias valores correntes no país onde estão a laborar. Quanto maior é o risco maior é o lucro. Neste caso, o risco é fazer face ao hiato temporal entre o pagamento aos trabalhadores e o recebimento do cliente.