7 de mai. de 2008

Casca de Carvalho

Muitos fazem do homem de direita - conservador - um monstro cinzento, uma ameaça à evolução. Não poderá haver nada mais de errado. O conservadorismo de direita é uma corrente política legítima que pensa, acima de tudo, na preservação do sentido de comunidade, na ponderação social e económica e na sua sustentabilidade.
Os povos são por natureza conservadores, como lembra e bem o Professor Eduardo Lourenço. Por isso tentamos lidar com os receios de todos de forma a unir. Uma comunidade unida é uma comunidade forte, solidária e empenhada.
Talvez daí justifique esta ideia - começo da minha participação neste blogue colectivo - com uma pequena passagem de uma obra importante para mim, do Dr. Jaime Nogueira Pinto - A Direita e as Direitas:
Entre o indivíduo ou o homem do democratismo individualista e o europeísmo centrípeto como versão regionalizada do mundialismo, a direita terá de continuar a afirmar o valor substantivo e funcional da nação. Não se trata de um radicalismo de eurofobia ou de uma estatolatria cega. Trata-se de uma leitura da realidade mundial após-guerra fria, onde as unidades políticas tendem para a fragmentação tribalizante e as variáveis económicas e financeiras para o globalismo individualista. Todos se relacionam e todos se conhecem, mas são poucas ou nenhumas as solidariedades. É uma «aldeia global» onde todos sabem de todos, mas ninguém quer saber de ninguém.

A partir de hoje, sempre que assim entender, tomarei uma posição nesta ou noutras linhas, porque o mundo não se quer preso.

Exílio
Quando a pátria que temos não a temos

Perdida por silêncio e por renúncia

Até a voz do mar se torna exílio

E a luz que nos rodeia é como grades


Sophia de Mello Breyner

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