18 de set. de 2008

AR II

Há uma coisa que se percebe na discussão do Código de Trabalho. Os governos portugueses tentam a todo o custo facilitar o papel das empresas para que estas cresçam mais rapidamente. O problema desse sistema é a irresponsabilidade de se encarar os trabalhadores como números para obter resultados.
De uma sociedade não se quer um resultado, quer-se que evolua estável. O resultado foi também um objectivo dos Estados Totalitários que se seguiam por uma filosofia de meta-narrativa. Enquanto o Estado olhar para os cidadãos como números o país não evolui, porque isso não é saudável e cria instabilidade social. Exige-se um equilíbrio. Por outro lado, sabemos que mais lei, menos direito; e as exigências de regulação excessiva também travam o crescimento. Mas o poder político é escorregadio.
Se há um problema por resolver é um problema de confiança. A confiança só se consegue com responsabilidade para dentro e para fora. Afinal, foi sempre este o objectivo da vida em comunidade.
Em suma, o problema é falta de princípio e de estrutura moral, que só pode ser dada por uma perfeita definição de filosofias. Se o Partido Socialista adopta um comportamento para a campanha, socialista, e depois comporta-se como um liberal a legislar, é evidente que temos ua problema de definição que o cidadão irá identificar como demagogia.

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