18 de set. de 2008

Só pode ser para rir...

O mesmo senhor que levou o raspanete de Andris Piebags, quando o Comissário Europeu da Energia disse que Portugal "tem de acompanhar melhor o mercado dos combustiveis" para "confirmar permanente que não há práticas de cartelização", vem agora mostrar posição firme na defesa do consumidor.
Já agora, importa mostrar alguns números. Números que Manuel Pinho conhece mas não pode mostrar.
4 Jun 16 Set Variação
Barril de Brent 91,95€ 63,27€ -31,2%
Tonelada de petróleo 826,44€ 636,95€ -22,9%
Preço do gasóleo (c/ taxas) 1,419€ 1,305€ -8,0%
Preço do gasóleo (s/ taxas) 0,5995€ 0,5045€ -15,8%
peço desculpa pela forma como estão expostos os dados mas não consigo fazer de melhor forma. Se alguem me puder ajudar...

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Yuppie,

Confesso alguns sorrisos quando leio os seus post's, principalmente porque me baralham (tenho assumidamente um problema com numeros,leitura de dados estatisticos e outros, desde que sejam numeros...).

No meio da informação que nos disponibiliza, diga-me (se for possivel)em quanto importa o montante de imposto de venda combustivel para o estado com os actuais preços?
Cartel (...monopólio de empresas, ou uma forma dissimulada) isso é novidade, erro ao pensar que é apoiado no consentimento do estado? - de vez em quando lá mostra a mão, em tom ameaçador, só para dizer que está presente.

E taxas e impostos,quanto reverte para o estado do preço cobrado pelas empresas, haverá alguma relação que justifique o "estado das coisas"?

Cump/.

Yuppie Boy disse...

O que importa reter da "tabela" é o efeito da quebra do preço do gasóleo com e sem taxas aplicadas pelo Estado. Se não existissem taxas (ISP) a descida teria sido de 15,8%. Como existem, a descida é só de 8%. Isto prova que à uma componente fixa do imposto que dificulta a baixa dos preços.

Já os dois primeiros mostram que nem sempre uma baixa no preço do barril se traduz na baixa do preço do petróleo já refinado. De 31,2 para 22,9 houve parte que foi perdida em aumento de custos de produção. Grosso modo poderemos dizer que são fruto da inflação crescente.

Quanto a carteis, parece-me óbvio que existem. Concertação de preços pelo menos. Manuel Pinho tambem o sabe, mas não o pode admitir e pior, controlar.