20 de ago. de 2008

BCE vs FED ou um pau de dois bicos

As recentes quedas nas bolsas americanas e as declarações de Kenneth Rogoff (antigo economista-chefe do FMI) vêm aumentar ainda mais as dúvidas quanto à recuperação da economia Americana. São claros os sinais de que algo vai mal na economia do Tio Sam. As bolsas caiem, os Write-downs são constantes, fala-se na nacionalização de gigantes do crédito habitação (o subprime ainda a fazer vitimas) e mesmo na falência de grandes instituições de crédito. Resumo, a economia ainda está em recessão e a bonança tarda.


Esta crise americana é correspondida na Europa. No entanto, a metodologia e abordagem na busca da solução são completamente díspares. A Europa, à custa de uma subida gravosa das taxas de juro, quer controlar a inflação, consolidar a economia e criar uma base sólida. Os EUA preferiram fugir para a frente com taxas de juro sedutoras perspectivando investimento e crescimento económico. Para já, só conseguiram uma inflação galopante e tapar buracos que anos de crescimento desenfreado foram cavando.

Os resultados provam que nem uma nem outra estratégias são adequadas. A solução está certamente num ponto entre estes dois limites. Mas de nada valerá encontrá-lo se não se conseguir incutir confiança nas duas economias. Sem falsas expectativas (expressão na moda em Pequim) e sem dramatismos, o discurso terá de ser rigoroso e verdadeiro. A informação é uma parte fulcral do sucesso. É importante que toda a população esteja ciente da realidade para com ela poder lidar.

9 comentários:

Casca de Carvalho disse...

Rapaz, a vida não descende da economia, mas sim o contrário. Se perceber bem este conceito verá que o seu post é inócuo.

Depois, acho piada à sua ingenuidade ou tentativa de dizer alguma coisa boa e pura.
"É importante que toda a população esteja ciente da realidade para com ela poder lidar." foi uma das frases mais interessantes que li nos últimos dez anos, para quem defende que os Estados são grandes empresas e que, por isso, o segredo é a alma do negócio. Se nem os políticos nos dão satisfações quanto mais grandes projectos financeiros.

Adiante. A parte que mais gostei foi a comparação de sistemas para alteração do sentido da economia, ou para controlo. A sede de dizer alguma coisa fê-lo esquecer uma coisa mínima, quase sem importância. Os EUA são um só Estado e a U.E. um conjunto de Estados que seguem uma mesma política económica (strictu senso).
Não sei se precisa que lhe explique...
Mas lá está, ao menos o texto está direitinho, e a fotografia é muito engraçada e estilosa.

Yuppie Boy disse...

Exactamente caro Crosta, numa empresa o trabalhador estará tão mais motivado quanto mais se sentir parte integrante do projecto. Se ele não souber se a saúde da empresa é boa ou má e se todos os grandes projectos lhe passarem ao lado, ele vai-se desinteressar e pior, não vai conseguir reagir quando lhe fôr exigido. Proporcione e entenderá o que quero dizer...

Quanto ao seu último post, só uma pergunta: - Politica Económica Comum diz-lhe alguma coisa?

Casca de Carvalho disse...

Você sabe ler ou só é burro?

Casca de Carvalho disse...

Ainda por cima você defende um sistema que precisa de uma base política consistente. Você nem a História dos EUA conhece e depois vem para aqui mandar postas armado em crítico de economia. Instrua-se, rapazote.
Não sabe do que fala, não tem noção do que é a vida no seu sentido comunitário objectivo e subjectivo. Quer dar ar de liberal mas não sabe para isso. Reduza-se ao seu lugar.

GRaNel disse...
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Anônimo disse...

Não gosto de ter razão em determinadas matérias, uma delas é precisamente a necessidade de o Estado, as pessoas, assumirem os erros de uns quantos. Dir-me-ão que é a consequência do mercado ser livre e eu concordarei, mas é no equilíbrio que se tem de encontrar a virtude. Sei que é um chavão que toda a gente pode dizer, e que até é um pouco o contrário do que defendo em relação ao que se passa no nosso país do centrão. É verdade. Mas parece-me ser a única coisa acertada para dizer no momento.

Justiceiro

GRaNel disse...
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Yuppie Boy disse...

O Estado deve entrar no mercado como mero regulador. Tudo o que ultrapassar esta participação será em condições extraordinárias como no caso da Fannie Mae e da Freddie Mac que serão assumidas pela FED caso entrem em insolvência e será sempre uma medida deturpadora do mercado.

Yuppie Boy disse...

"Os EUA são um só Estado e a U.E. um conjunto de Estados que seguem uma mesma política económica (strictu senso).

Esta sua afirmação caro Crosta, é falsa e errónea. Os diferentes estados dos EUA seguem todos politicas económicas diferentes. Acredite ou não, é a verdade.