28 de ago. de 2008

Segurança

Assaltos a bancos, assaltos a bombas de gasolina, carrinhas de valores que explodem em plena Auto-Estrada, assaltantes alvejados mortalmente são agora cenas banais do nosso dia-a-dia. O Portugal pacato e tranquilo é já passado. E o pior, ninguém faz nada. Absolutamente nada. O maior partido da oposição pede a demissão do MAI num comunicado onde só critica a postura de Sócrates e nem mais uma palavra – tirando Aguiar Branco que gosta de aparecer. Sócrates nem se dignou responder nem reiterou a confiança em Rui Pereira. Não é necessário. Ninguém ouve o PSD mudo. Mais radical, a esquerda critica as forças da autoridade e ignora a estatística. Entre o lado fracturante e o lado da razão escolhem sempre o fracturante. Ainda assim, sempre foi o garante de meia dúzia de poltronas na Assembleia. Do outro lado da barricada, grita o MMS que num discurso medieval apela a mais prisões preventivas, trabalho para os presos, fim do cúmulo jurídico, entre outras. Já o PP preferiu tentar encurralar o governo. Com o pedido de convocação de uma reunião extraordinária da Comissão Permanente, que a maioria PS inviabilizou, consegue duas coisas: - passa a ideia de poder marcar a agenda política (o PS mostra abertura para debater o assunto com Rui Pereira presente na CP do próximo dia 9) e consegue sacar a Ricardo Rodrigues (vice da bancada socialista) a declaração que a seguir transcrevo: “Não entendemos que a situação que se vive no país seja de tal forma extraordinária que fundamente a convocação extraordinária da Comissão Permanente” que só vem provar a alienação da realidade e receio em discutir o tema por parte do PS.

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