15 de out. de 2008

As 7 vidas do menino guerreiro

Parece que a comissão política distrital de Lisboa, do PSD, votou maioritariamente (ou quase por unanimidade, como diriam os populistas) a favor da candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara da capital.
Torna-se difícil dizer quantas vidas tem Santana Lopes ou até que ponto não tem sentido do real. A verdade é que Santana é mesmo um menino guerreiro, já que não foge do confronto político.
Muitas pessoas duvidarão da sua sobriedade ao atirar-se novamente para uma luta. Dirão até que Santana não sabe fazer mais nada. É possível que não saiba. No entanto, também é legítimo pensar que o homem acredita mesmo no seu potencial e nas suas capacidades políticas. Eu não desacredito. Bem sei que é mais fácil fazer aquela imagem de galã do Jet 7, de que o próprio é responsável, e uma imagem de incompetência baseada em pouca coisa. Mas o que é certo é que mais ninguém parece ter capacidade para disputar a CML com António Costa.
A Câmara Municipal de Lisboa é uma casa do tamanho do país e a eleição para a sua representação, além de mediática, envolve um grande arcaboiço político que Santana tem, indiscutivelmente.
Para a CML não são nada positivas estas investidas. A Câmara precisa de estabilidade, a cidade está um estaleiro, o turismo a aumentar substancialmente, o trânsito um caos, a administração uma confusão burocrática, as empresas públicas uma mixórdia sem sentido e é preciso uma resolução final. A candidatura de Santana vai levantar discussões de que a cidade não precisa e pouco colocará em causa a presidência de Costa, por um motivo simples: ir-se-á centrar no que Santana fez ou deixou de fazer.

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