A semana passada, dizia Paula Teixeira da Cruz que o que se passava no PSD em Lisboa era caso de polícia. Hoje, é a minha vez de dizer que o que se passa no BPN é, mais do que um problema financeiro, um caso de polícia. É verdade que financeiramente o BPN está pelas ruas da amargura e corria sérios riscos de deixar de cumprir as suas obrigações mas não é menos verdade que o reinado de José Oliveira e Costa foi um período de lucros record obtidos a partir de uma amálgama de empresas fora da área de negócio principal e de sucesso muito duvidoso. As áreas de acção vão da cerâmica à saúde, passando pelo turismo, agricultura e muitas outras (ver mais aqui). Quem conhece as empresas que constituem o grupo, sabe o quanto foi nelas investido e quanto elas poderiam facturar. A investimentos avultadíssimos, corresponderam sempre elefantes brancos, sorvedouros de dinheiro que estranhamente apresentavam lucros, -em algumas empresas do grupo, passam-se mesmo dias sem que seja carregado um camião. Não existia sequer o pudor de esconder o esquema. A administração de José Oliveira e Costa foi mesmo isso, - um esquema continuo alimentado por lucros fictícios na área empresarial e uma banca em grande expansão. É difícil de calcular o prejuízo que deixa a accionistas e contribuintes mas é uma certeza de que o valor desse prejuízo terá quase tantos zeros quanto negócios tem a SLN. Mas Oliveira e Costa é um intocável. Faz parte do grupo que acompanhou Cavaco em dois mandatos à frente do Governo Português. Um grupo onde a maioria andou sempre no limiar da ilegalidade. Uma corja que governou em tempo de vacas obesas em proveito próprio e espalhou o tentáculo pela sociedade Portuguesa. Sabemos onde é o lugar de Oliveira e Costa… Duvido que o país tenha tal sorte mas uma investigação célere e exaustiva é urgente e obrigatória.
3 de nov. de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Muito bem.
Pede-se apoio para esta proposta para melhorar o estado do país:
http://cabalas.blogspot.com/2008/11/proposta-para-melhorar-o-estado-do-pas.html
Seria interessante ouvir a opinião do Prof. Anibal Cavaco Silva, que na qualidade de Presidente da República, não se tem coibido de vir a terreno pronunciar-se sobre outros acontecimentos passados neste cantinho à beira-mar mal frequentado, assuntos esses bem menos importantes do que a nacionalização de um banco.
Como exemplo, o estatuto dos Açores, que até deu direito a uma mobilização geral dos portugueses, em época de férias, transmitido em horário nobre, para ouvir, quase nada de relevante.
Sobre o BPN, administrado por rapaziada amiga do PSD, e que pertenceu aos seus Governos, será que iremos ouvir alguma coisa?
Aguardemos serenamente!
Postar um comentário